Na Semana do Idoso, os conselhos dos especialistas para aceitar as rugas e viver bem
Por Maria da Luz Miranda
A Organização Mundial da Saúde faz alarde das estatísticas e considera como certo que o Brasil chegará em 2025 com mais de 30 milhoes de pessoas com mais de 60 anos. Quem já está nessa faixa tem de decidir, já, a melhor maneira de encarar os anos pela frente.
Cuidar do corpo, manter a mente esperta, alongar os círculos sociais. Quanto mais amplidão nos cuidados, melhores serão os resultados, atestam os especialistas. Pelo sim, pelo não, o certo é que os idosos brasileiros estão cada vez mais ativos. Boa parte das pessoas com mais de 65 anos continua trabalhando, chefia famílias, assume o orçamento doméstico.
Com a palavra, o especialista. "O aumento da longevidade não significa necessariamente aumento da qualidade de vida. Mas, hoje, há mais acesso à informação, o que pode representar um ganho, já que as pessoas, em tese, sabem o que fazer para viver mais. Mas ainda não dá para afirmar, categoricamente, que esse grupo está vivendo melhor", ressalta o geriatra Carlos Alberto Vicentini.
O engenheiro aposentado Fernando Pires, de 63 anos, é um caso típico dessa nova geração de idosos. Aposentado aos 57, não podia parar de trabalhar para não deixar o padrão da família cair. "Eu fui, de certa forma, convidado pela empresa a me aposentar. Foi estranho, foi ruim, mas eu consegui montar um escritório e, hoje, eu trabalho meio expediente e consigo complementar o que ganho da aposentadoria", conta.
O trabalho revigora e traz benefícios além do orçamento. "As pessoas já estão bem mais atentas à importância dos exercícios físicos e da prevenção. É fundamental mudar hábitos para viver mais e melhor. E a ocupação é essencial", afirma Vicentini.
Como é essencial, também, o lazer. Viajar, para quem tem folga no caixa; encontrar amigos no clube da esquina, para quem vive no aperto. "O importante é não deixar de buscar uma atividade prazerosa que, se realizada em boas companhias, fica muito atraente". Palavra do geriatra.
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