terça-feira, 29 de setembro de 2009

Exame analisa pisada e ajuda a evitar problemas de saúde

29/09/09 - 09h25 - Atualizado em 29/09/09 - 09h38

Saber se está pisando da forma correta e encontrar o calçado adequado pode fazer toda a diferença quando o assunto é saúde.

Cada pessoa tem um jeito de caminhar e de pisar. Você sabe qual é o seu? Esta é uma informação preciosa, porque conhecer o formato do pé e a posição da pisada pode poupar de alguns problemas de saúde, como a dor nas costas, e problemas que podem até levar até a uma cirurgia no joelho ou no pé, por causa de um esporão calcâneo, por exemplo, que é uma calcificação que se forma no calcanhar e que dói muito.

Aprenda a fazer o teste da pisada

Um exame criado recentemente ajuda a entender melhor como as pessoas pisam e que tipo de calçado pode ajudar a corrigir o problema.

Quando você protege o seu pé você pensa no quê? Na correria do dia a dia, muita gente nem percebe, mas cada pessoa tem um jeito de pisar. Saber se está pisando da forma correta e encontrar o calçado adequado pode fazer toda a diferença quando o assunto é saúde.

"Eu tive esporão, que é uma coisa que dói muito”, conta o zelador e o maratonista Adonias Nunes. E ele fez um teste de nome complicado: baropodometria.

"Este é um exame novo que está ajudando muito até na confecção de palmilhas, porque tem muita gente que pressiona muito a parte de frente do pé. Então, forma muito calo”, explica a fisioterapeuta Mariana Machi.

O paciente pisa sobre uma plataforma. Sensores no equipamento passam as informações para um programa de computador. O sistema avalia a pressão nos pés. Pontos vermelhos indicam as áreas onde o pé sustenta maior peso. Depois, o paciente caminha, uma passada com o pé direito. Outra, com o esquerdo. Uma linha branca mostra o eixo da passada. Quanto mais para dentro, mais para fora é a pisada.

A pisada supinada é quando o pé vira um pouco para fora. O impacto é concentrado na parte externa. Dá para ver pelo desgaste na sola do calçado.

“Pode levar a dores no pé, dores na lateral do pé, riscos maiores de torções do pé e problemas de calcanhar, além de refletir problemas de articulações superiores ou mesmo na coluna”, aponta o ortopedista Fábio Ravaglia.

No caso da pisada pronada, o pé gira muito para dentro, força o dedão durante a passada. O desgaste no sapato se concentra no calcanhar e na borda interna.

“Existem tênis especiais que têm um amortecedor em que ele é um pouco lateralizado e, com isso, ele corrige”, explica o ortopedista Fábio Ravaglia.

O que se busca é a pisada neutra: quando o calcanhar toca o chão, o pé gira para dentro, mas só um pouco, fazendo com que o movimento seja distribuído por todo o pé. No sapato, o desgaste fica no calcanhar e na parte da frente.

E as mulheres? Elas vivem testando o equilíbrio.

“Eu preciso pra ter uma postura melhor. Tenho cara e tamanho de menina, mas o salto ajuda”, conta a vendedora Amanda Cordeiro.

“Na verdade, eu sinto um pouquinho de dor nas costa. Não sei se isso pode ter um pouco a ver também”, diz a vendedora Maria Luiza Filinto.

“O ideal é um salto com, no máximo, três centímetros, um salto de base larga, um sapato com bico mais redondo ou mais quadrado”, aconselha o ortopedista Fábio Ravaglia.

A pisada errada força os joelhos e a coluna. Com o tempo, a sobrecarga no esqueleto pode levar a problemas sérios e difíceis de corrigir. Então, é bom ficar de olho no jeito das crianças andarem. Não que elas precisem usar botas ortopédicas, mas o médico deve avaliar cada caso.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Brasil recebe remédio para tuberculose que melhora adesão ao tratamento


28/09/09 - 16h30

No país, doença é a quarta causa de mortes por doenças infecciosas.
Entre pacientes de Aids, é a primeira.
Do G1, em São Paulo

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (28) que recebeu o primeiro lote do novo medicamento para tratar pacientes com tuberculose, fabricado por um laboratório indiano. O novo tratamento, com menos doses diárias, é conhecido por dose fixa combinada (DFC) ou “quatro em um”. O objetivo da mudança é reduzir o porcentual de abandono da terapia, que não pode ser interrompida. A interrupção leva o bacilo do Koch (Mycobacterium tuberculosis), causador da tuberculose, a desenvolver resistência aos remédios. No Brasil, a doença é a 4ª causa de mortes por doenças infecciosas e a 1ª em pacientes com Aids.

O uso do DFC foi anunciado pelo ministro José Gomes Temporão em março . Apenas cinco países do mundo, entre eles o Brasil, não usavam o DFC no combate à tuberculose. Ele aumenta o número de drogas no mesmo comprimido e, por isso, diminui a quantidade de doses diárias, o que estimula os pacientes a continuarem o tratamento até o final.

Segundo dados do ministério, o Brasil reduziu o porcentual de abandono do tratamento da tuberculose de 11%, em 2001, para 8%, 2008, mas ainda está acima dos 5% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A meta é atingir este patamar até 2015. A incidência de casos novos da doença passou de 51,44 por cada grupo de 100 mil habitantes, em 1999, para 37,12, em 2008. Em números absolutos, o Brasil registrou 82.934 novos casos no final da década passada, contra 70.379 no ano passado. Segundo a OMS, 22 países concentram 80% dos casos de tuberculose no mundo. Nos últimos três anos, o Brasil passou da 14ª para a 18ª posição nesse ranking.

País teve 70.379 novos casos no ano passado
 A distribuição do novo esquema terapêutico aos estados será em outubro, informou a pasta. Foram comprados 20 milhões de comprimidos, ao custo de US$ 6 milhões.

O lote recebido agora, com metade da encomenda, é suficiente para tratar 100 mil novos casos da doença. O próximo lote chegará ao País em fevereiro de 2010.

“A mudança nos medicamentos que tratam a tuberculose fará o preço da terapia cair de US$ 40 para US$ 30”, afirma a nota do ministério. Cada comprimido do novo tratamento contém Rifampicina 150mg, Isoniazida 75mg, Pyrazinamida 400mg e Etambutol 275mg, medicamentos que atuam na eliminação do bacilo. A doença afeta vários órgãos, mas principalmente os pulmões. Os principais sintomas são tosse prolongada, cansaço, emagrecimento, febre e sudorese noturna. O bacilo é transmitido pelo ar, quando o paciente tosse, fala ou espirra.

Deficiência de vitamina D pode causar pressão alta em mulheres


Publicada em 28/09/2009 às 10h21m
O Globo

RIO - A carência de vitamina D no organismo feminino pode estar associado à hipertensão na meia-idade, indica estudo apresentado no último encontro da American Heart Association, nos Estados Unidos. A pesquisa, conhecida como "Michigan Bone Health and Metabolism Study", avaliou, durante quase duas décadas, 559 mulheres com idades entre 24 e 44 anos. Somente nos Estados Unidos, o percentual de mulheres com pressão alta aumentou de 6% para 25% nos últimos 15 anos. No Brasil, 15% da população são de hipertensos, e apenas 50% mantêm o distúrbio sob controle.

" Os resultados do estudo mostram que a vitamina D é importante para a saúde feminina "

O levantamento, coordenado pelo médico Flojaune C. Griffin, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan, nos EUA, mostra que a deficiência de vitamina D pode triplicar o risco de pressão alta a partir da pré-menopausa. A pressão alta, por sua vez, aumenta o risco de uma série de doenças, entra elas os derrames e os infartos.

- Os resultados do estudo mostram que a vitamina D é importante para a saúde feminina, e que as mulheres deveriam rastrear os níveis desta vitamina com mais frequência para evitar o risco de desenvolver pressão alta no futuro - afirmou Griffin no encontro da AHA.

Algumas formas de garantir bons níveis de vitamina D no organismo, segundo especialistas, são tomar sol com regularidade, manter uma dieta rica em vitaminas e usar suplementos apenas com orientação médica. Ainda não existe um consenso sobre a quantidade ideal de vitamina D que as mulheres devem ingerir diariamente. Alguns pesquisadores recomendam de 400 IU a 600 IU por dia, outros acreditam que o número deveria chegar a 5000 IU. A vitamina D é essencial para a saúde óssea, e estudos recentes têm ligado esta deficiência a um risco maior de alguns tipos de câncer, doenças autoimunes e distúrbios inflamatórios.

sábado, 26 de setembro de 2009

Pesquisa genética abre novas possibilidades contra o diabetes

Fonte: Comunidade diabetes


Cientistas do Imperial College de Londres identificaram o gene que controla a maneira com a qual o corpo responde à insulina, uma descoberta que abre novas possibilidades ao combate ao diabetes.

Os cientistas acham que uma variação genética deste gene está por trás da resistência à insulina, a principal causa do diabetes Tipo 2, a variedade mais comum da doença.

Identificar esta variação, destacaram os pesquisadores, ao divulgar seus resultados na edição on-line da revista científica "Nature", permitirá encontrar novos e mais eficazes tratamentos farmacológicos contra o diabetes.

A insulina controla a maneira com a qual as células absorvem a glicose do sangue e a utilizam para gerar energia, mas, no caso do diabetes Tipo 2, embora o pâncreas continue produzindo este hormônio, não funciona da maneira adequada.

A variação do citado gene, o primeiro relacionado à resistência à insulina, foi encontrada depois que os cientistas estudaram o DNA de mais de 14 mil pessoas.

Identificaram milhares de variações no código genético associado com a doença e foram descartando até que encontraram a que prevalecia no processo de resistência à insulina.

Esta variação era a que afetava um gene chamado substrato 1 do receptor de insulina (IRS-1), alterando a quantidade de proteína que gerava, e que, consequentemente, provocava a doença.

O professor Philippe Froguel, um dos pesquisadores do Imperial College de Londres, afirmou: "estamos muito esperançosos com estes resultados. É a primeira evidência genética de que um defeito na maneira na qual a insulina atua nos músculos pode influir no diabetes".

"Os tecidos musculares precisam produzir mais energia usando glicose do que outros tecidos. Achamos que, desenvolvendo um tratamento para o diabetes que melhore a maneira pela qual a insulina funciona nos músculos, poderá ser de grande ajuda para as pessoas que têm diabetes Tipo 2", disse Froguel.

Segundo Froguel, outra conclusão deste estudo é que, frente à prática atual de combinar o uso de diversos remédios para controlar a doença, "agora poderão ser desenvolvidos tratamentos mais diretos e com um objetivo mais claro".
Fonte: g1.globo.com

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Vacinação contra poliomielite termina nesta sexta

Sexta-Feira, 25 de Setembro de 2009, 09:59


De A Tribuna On-line

A campanha de vacinação contra poliomielite termina nesta sexta-feira. No último sábado, 19, foram vacinadas 2,5 milhões de crianças menores de cinco anos. Todas as regiões do Estado ficaram com cobertura acima de 80%. A meta é vacinar 95% da população infantil, o que corresponde a 2,9 milhões de crianças.

Os menores de cinco anos devem ser levados aos postos de saúde para receber a dose de reforço. Além da vacina contra a poliomielite, as crianças poderão colocar em dia sua caderneta de vacinação. Estarão disponíveis vacinas como a Tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche), Tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) e contra hepatite.

Há 21 anos o Estado de São Paulo não registra casos de paralisia infantil, mas a vacinação de crianças continua sendo importante porque o vírus da pólio ainda circula em países da África e da Ásia, representando, portanto, uma ameaça à população mundial.

Causada pelo poliovírus selvagem, a poliomielite é caracterizada por febre, mal-estar, cefaléia e pode causar paralisia. A vacina é segura e os efeitos colaterais são extremamente raros.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Comida japonesa e a dieta

Fonte:Bem Paraná

(foto: Divulgação)
Apesar de saudável e completa, a culinária japonesa também oferece preparações que devem ser evitadas, como as frituras, tão tradicionais
 22/09/09 às 20:29

Imaginem a dificuldade dos primeiros imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil no Kasatu Maru, em 1908. Idioma, hábitos alimentares, modo de vida e diferenças climáticas ... Na mesa, a comida brasileira era rica em gordura de porco e farinhas de milho e mandioca, verdadeiros mistérios para os japoneses. Mais próximo do cardápio japonês, encontraram somente o arroz, que para surpresa dos imigrantes era combinado com feijão, que em sua terra natal, era usado como ingrediente para doces.

Tão comum na culinária cotidiana do Japão, o peixe era exceção na mesa brasileira. No interior de São Paulo, só era possível consumir peixes pescados em rios e córregos. Podemos imaginar, então, o que representava para esses primeiros imigrantes trocar o...leia matéria completa

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Impacto do álcool na adolescência

Impacto do álcool na adolescência
Em estudo feito com animais, pesquisadores da Universidade de Washington demonstram que abuso precoce de álcool tem influência danosa no processo de tomada de decisão na vida adulta (divulgação

Divulgação Científica

22/9/2009
Agência FAPESP – O abuso de bebidas alcóolicas na adolescência pode ter efeitos danosos no processo de tomada de decisão na vida adulta. A afirmação é de um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, que será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
Na pesquisa, ratos adolescentes ingeriram boa quantidade de álcool inserido em gelatinas. O consumo se deu durante 20 dias do período de crescimento dos animais, que tinham entre 30 e 49 dias, fase correspondente à adolescência em humanos.
Três semanas depois, os ratos foram colocados em um ambiente em que podiam escolher entre dois locais para se alimentar, ambos acionados por alavancas, um que tinha sempre duas balas de açúcar ou outro que poderia ter quatro balas ou nenhuma.
O grupo deu preferência para a área de alimentação incerta. Um segundo grupo, que não ingeriu álcool, foi colocado em ambiente semelhante e os animais preferiam escolher o local em que sabiam que sempre haveria as duas balas.
Os animais que ingeriram álcool na adolescência continuaram a optar pela incerteza na recompensa, mesmo quando as vezes em que eram colocadas mais balas diminuíram de 75% para 50% e, finalmente, para 25% do total. Ou seja, ainda que em apenas uma a cada quatro vezes o alimentador oferecesse mais balas, os ratos continuavam a optar por pressionar tal alavanca. O resultado é que os animais do outro grupo se alimentaram constantemente e melhor.
O objetivo do estudo, que teve apoio financeiro dos institutos nacionais de Abuso de Drogas e de Abuso de Álcool e Alcoolismo do governo norte-americano, foi verificar se o consumo de álcool em níveis elevados durante a adolescência poderia afetar futuramente as áreas no cérebro envolvidas no processo de decisão.
De acordo com os autores, os animais que consumiram álcool enquanto jovens se mostraram mais propensos a tomar decisões arriscadas do que os demais.
O teste de recompensa, com a alimentação constante e com a desconhecida, foi repetido quando os animais atingiram os três meses de vida, com resultados semelhantes.
“Sabemos que a exposição precoce ao álcool e outras substâncias é um indicador de posterior abuso químico em humanos. É um conceito novo pensar que a exposição na adolescência pode ter efeitos cognitivos de longo prazo, mas não podemos testar isso em pessoas”, disse Nicholas Nasrallah, um dos autores do estudo.
“Mas nosso modelo, que envolveu o uso de ratos, corrobora a relação causal entre o uso precoce do álcool e o posterior aumento nas tomadas de decisões arriscadas”, afirmou.
“O modelo animal que utilizamos permite estabelecer essa relação. Estudos apontam que regiões do cérebro, incluindo aquelas envolvidas na tomada de decisões, demoram para se desenvolver e o processo se alastra pela adolescência. Nosso estudo indica que as estruturas envolvidas nesse desenvolvimento tardio são afetadas pelo abuso do álcool”, disse Ilene Bernstein, professora de psicologia da Universidade de Washington, outra autora do estudo.
O artigo Long-term risk preference and suboptimal decision-making following adolescent alcohol use, de Ilene L. Bernstein e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da Pnas em www.pnas.org.

Alzheimer dispara à medida que população mundial envelhece



Fonte: AFP

WASHINGTON — Os casos de Alzheimer e outras formas de demência vão aumentar nas próximas décadas ,devido, principalmente, ao aumento da expectativa de vida nos países em desenvolvimento, indica um relatório da Associação Internacional de Alzheimer (ADI), que reúne associações de portadores dessa doença em todo o mundo.

Normalmente a demência afeta os mais idosos e, como resultado das melhorias da medicina que aumentam a expectativa de vida da população mundial, tem uma maior proporção de pessoas idosas, junto com os desafios que isso implica.

Cerca de 36 milhões de pessoas sofrerão de demência em 2010, um aumento de 12 milhões em relação aos que padecem de algum tipo de demência em 2005, segundo o estudo.

Espera-se que os índices de demência se dupliquem a cada vinte anos, para alcançar cerca de 66 milhões de doentes em 2030 e mais de 115 milhões em meados do século.

O relatório define a demência como uma "síndrome causada pela enfermidade do cérebro, usualmente crônica, caracterizada por uma deterioração progressiva e global do intelecto, que inclui a memória, a aprendizagem, a orientação, a linguagem, a compreensão e o julgamento".

Cerca de 60% dos 36 milhões de pessoas que deverão sofrer de demência em 2010 se encuentra em países em vias de desenvolvimento, onde a doença aumentará com maior impacto que nos países ricos, afirma o informe.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Lesão no hipotálamo pode ser uma das causas da obesidade

Fonte: Ciência e Tecnologia em Foco

Dieta rica em gorduras saturadas causa lesão que leva a perda do controle da fome e do gasto energético
Por: Cristiane Paião

Uma pesquisa inédita realizada na Universidade Estadual de Campinas indica que dietas ricas em gorduras saturadas, como as presentes nas carnes bovina e suína, lesionam uma região do cérebro chamada hipotálamo, responsável pelo controle da fome e do gasto energético, e levam a perda deste controle neural. Segundo o estudo, algumas pessoas, quando expostas a dietas hipercalóricas, perdem gradativamente este controle e passam a consumir mais calorias do que gastam, tornando-se obesas com o decorrer do tempo. A descrição de uma lesão neurológica induzida por fatores nutricionais, que leva ao desenvolvimento da obesidade, é inédita na literatura médica. Até alguns anos atrás acreditava-se que a obesidade se devia, em grande parte, ao valor energético dos alimentos que os indivíduos ingeriam. Embora se saiba que há uma forte relação entre a ingestão de gorduras e o ganho de peso, sabe-se também que entre os indivíduos que consomem dietas ricas em gordura, há os que engordam e os que não engordam. Diante deste questionamento, as cientistas Marciane Milanski e Juliana Contin, foram buscar em modelos animais outras explicações para a gênese da doença. Os estudos foram realizados dentro do Laboratório de Sinalização Celular, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. Orientadas pelo Prof. Dr. Lício Augusto Velloso, as doutorandas investigaram a influência de ácidos graxos no funcionamento do hipotálamo, e descobriram que as gorduras saturadas possuem propriedades moleculares que ativam uma resposta inflamatória especificamente nesta parte do cérebro. Uma vez inflamado, o hipotálamo perde parte de suas funções e permite que ocorra um desequilíbrio entre ingestão de alimentos e gasto de energia na forma de termogênese . Os estudos mostraram que tal inflamação é desencadeada por um receptor do sistema imune denominado Toll-Like Receptor 4 (TLR4). Para investigar os efeitos de dietas hiperlipídicas no hipotálamo, Marciane Milanski testou em animais de laboratório três tipos de gorduras comuns na mesa do brasileiro: um grupo de animais foi alimentado com ácidos graxos presentes no óleo de soja, outro com ácidos graxos de gorduras de origem animal, e um terceiro com gordura monoinsaturada do azeite de oliva. “Vimos que a dieta rica em gordura animal é a que mais influencia para o desequilíbrio entre o que uma pessoa come e o que ela gasta de energia”, diz Marciane. A pesquisadora focou seu estudo no TLR4, receptor do sistema imune inato que nos protege de infecções primárias ao provocar uma inflamação que sinaliza à célula quando há bactérias invasoras a serem combatidas. “A literatura mostra que ácidos graxos saturados ativam o TLR4 para desenvolver diabetes e obesidade, mas em tecidos periféricos. Fui investigar se este receptor estava presente também no sistema nervoso central, se era ativado e por qual tipo de gordura”. Marciane Milanski focou seu estudo no TLR4, e explica que quando o TLR4 é ativado, produz citocinas que causam inflamação no hipotálamo, o que interfere na sinalização dos hormônios responsáveis pelo controle da fome e do gasto energético. Ela acrescenta que qualquer perturbação nesta região delicada do cérebro pode fazer com que o indivíduo sinta uma fome intensa ou, ao contrário, nenhuma fome. “Concluímos que nos animais que receberam dieta saturada este prejuízo na sinalização foi praticamente irreversível”, diz Marciane.
De acordo com os pesquisadores, a exposição aos ácidos graxos saturados, quando prolongada, pode levar à morte de neurônios – processo chamado de apoptose - e a perda desses neurônios que têm função central no controle do peso pode selar o destino do indivíduo, fazendo com que ele tenha uma dificuldade cada vez maior de controlar sua fome. A pesquisadora Juliana Contin observou em sua pesquisa que os animais com dieta hiperlipídica apresentavam processos de indução de morte celular, e especificamente de neurônios do hipotálamo, quadro não registrado em animais alimentados com ração normal. “Depois da ingestão por certo tempo de ácidos graxos saturados em excesso, ocorre a ativação do TLR4 de forma exacerbada, levando a uma sinalização que culmina em apoptose. Há uma inflamação altíssima, com a morte de neurônios-chaves no controle da fome. Como o neurônio tem pouquíssimas chances de se regenerar, sua função é perdida”. Entretanto, segundo Juliana, caso a exposição à alimentação hiperlipídica continue indefinidamente, o próprio TLR4 apresenta um mecanismo de autocontrole em que sua sinalização é atenuada. “O hipotálamo continua inflamado, gerando perturbações no equilíbrio do seu funcionamento, mas trata-se de uma inflamação protetora, já que a apoptose é diminuída e os neurônios deixam de morrer. De qualquer forma, muitos neurônios já foram perdidos”, diz a pesquisadora. De acordo com O Prof. Licio Velloso, as pesquisas feitas por Marciane Milanski e Juliana Moraes elucidam aspectos importantes para a compreensão dos mecanismos que levam ao desenvolvimento da obesidade, contribuindo com futuras pesquisas que ajudem a conter a doença, já considerada um dos principais problemas de saúde pública no mundo. “Mais de 300 milhões de pessoas são obesas e este número deve aumentar substancialmente nas próximas décadas, de acordo com projeções da Organização Mundial de Saúde”, diz Velloso. Segundo Velloso, a perda definitiva destes neurônios do hipotálamo deve explicar por que pessoas obesas que se submetem a dietas rigorosas, ainda que consigam emagrecer nas primeiras semanas, voltam a engordar algum tempo depois. “Hoje podemos afirmar que gorduras saturadas contribuem para o ganho de peso não apenas por seu valor calórico, mas também por causa de propriedades moleculares que esses nutrientes possuem. O efeito depende da carga genética de cada indivíduo. Nos experimentos, vimos que animais com predisposição à obesidade perdem mais neurônios”, diz Velloso.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Testosterona nos Idosos


 

Esclareça suas dúvidas sobre o papel da testosterona no organismo masculino em seus diversos ciclos, inclusive na terceira idade.

O que é testosterona?

Chama-se de testosterona um pool, ou seja, um conjunto de hormônios. A testosterona é o principal hormônio masculino secretado pelo testículo, e é produzido em quantidade próxima a 7 mg/dia. Em torno de 95% da testosterona provém dos testículos, e o restante é originário da suprarrenal. Este hormônio é também presente nas mulheres, porém em escala bem menor, representando em média 20% do padrão masculino.

Como ela age no organismo do homem?

A testosterona exerce seus efeitos nos diferentes órgãos, agindo diretamente sobre estes, como androgênio, ou após conversão a um metabólito ativo à diidrotestosterona, ou também pode servir de precursor para o estradiol (hormônio feminino) e desta forma induzindo efeitos estrogênio-símiles, ou seja, acarretando feminilização.

A testosterona é o principal hormônio para manutenção do tônus muscular, desenvolvimento da massa muscular, é essencial para densidade mineral óssea, para presença de caracteres sexuais secundários masculinos, é fundamental para vitalidade, auxilia na formação de células vermelhas, dessa forma impedindo anemia, tem importante ação no núcleo de prazer hipotalâmico, tornando o indivíduo menos propenso à depressão, é determinante na libido e na função erétil.

Com o avanço da idade os níveis de testosterona diminuem?

Sim, à medida que os homens envelhecem, a produção de testosterona declina, porém, essa diminuição é muito lenta, em média 0,3% ao ano. Diferentemente das mulheres, não existe nos homens uma redução abrupta na secreção de hormônios gonadais. Há, isto sim, um decréscimo gradual que se inicia no adulto jovem e que progride através de décadas. Inúmeros estudos demonstram regressão dos níveis séricos de testosterona total, testosterona livre e SHBG, com o envelhecimento masculino. Isso acarreta o que se convencionou chamar ADAM (Androgen Decline in the Aging Male), ou Declínio Androgênico do Envelhecimento Masculino, DAEM. Vários trabalhos clínicos mostram que a prevalência do hipogonadismo masculino aumenta com a idade. Nos Estados Unidos da América, há dados demonstrando que a doença afeta 2 em cada 10 homens com idade superior a 50 anos, sendo que se estima de 3 a 4 milhões de homens com DAEM, dos quais somente 5% estariam sendo tratados.

O que a falta de testosterona pode provocar no organismo?

As manifestações da produção deficiente de testosterona dependem da época do início do hipogonadismo e da sua gravidade. Caso ocorra entre o 2º e 3º mês do desenvolvimento fetal, teremos graus variados de ambiguidade de genitália e pseudo-hermafroditismo masculino. Se surgir durante o 3º trimestre gestacional, pode acarretar criptorquidismo e micropênis. No período pré-puberal, a deficiência androgênica normalmente leva ao desenvolvimento inadequado dos caracteres sexuais masculinos, tais como: pênis e testículos pequenos, sem o desenvolvimento da rugosidade escrotal puberal e hábitos eunucoides, a voz permanece fina e a massa muscular não se desenvolve plenamente, escassos pelos pubianos e axilares, ausência de pelos da face e tórax, o estirão puberal não acontece, acarretando crescimento desproporcional dos ossos longos dos membros inferiores e superiores, ocasionando envergadura maior que a altura.

A deficiência ou declínio androgênico que aconteça na idade adulta pode gerar quadro clínico com: diminuição da libido, disfunção erétil, baixa de energia, diminuição da pilificação facial ou corporal, atrofia testicular, rugas finas nos cantos da boca e dos olhos, aumento da gordura visceral, diminuição da massa e da força muscular, redução da densidade mineral óssea, maior predisposição à depressão e irritabilidade, aumento da resistência à insulina e maior possibilidade de desenvolvimento de síndrome metabólica.

Quais os sintomas que o baixo nível de testosterona pode provocar?

Os sintomas são geralmente os acima citados, porém dependem da faixa etária em que ocor-rem e do padrão hormonal.

Como é o diagnóstico?

Inicialmente deve-se fazer uma cuidadosa anamnese e exame físico, e havendo suspeita clínica, solicitar avaliação laboratorial dos eixos hormonais de hipófise, tireoide, suprarrenal e gônadas. Nos casos de hipogonadismo hipogonadotrófico, testosterona baixa, com LH e FSH normais ou baixos, deve-se solicitar como complementação diagnóstica imagem da região hipotalâmica-hipofisária. Nos pacientes com hipogonadismo-hipergonadotrófico, testosterona baixa com LH e FSH elevados, pode-se realizar teste agudo com HCG para avaliação testicular. Nos indivíduos com suspeita de DAEM, correlacionar hábitos de vida e exames bioquímicos de lipídeos e glicídios.

O baixo nível de testosterona pode provocar falta de apetite sexual?

Os efeitos dos baixos níveis séricos de testosterona em homens geralmente acarretam diminuição da libido e favorecem a disfunção erétil.

Como é o tratamento hormonal? Há efeitos colaterais?

O objetivo do tratamento é a manutenção da função sexual e dos caracteres sexuais secundários masculinos, bem como melhora da qualidade de vida destes indivíduos. Isso é possível, na maioria das vezes, através da administração de testosterona, porém é muito importante frisar que cada situação clínica é individualizada, portanto, não há um tratamento único.

Os suplementos de testosterona podem provocar câncer de próstata?

Essa pergunta motivou vários estudos nas últimas décadas. A etiologia do câncer de próstata, infelizmente, ainda está longe de ser totalmente decifrada, mas sabe-se que é multifatorial. Existe, ainda, muita polêmica com relação à reposição de testosterona e câncer de próstata. No estudo Androgens and Prostate Cancer Risk: A Prospective Study, publicado em 2007, pacientes entre 40 e 60 anos de idade foram acompanhados periodicamente durante 20 anos, e um dos focos desse estudo foi avaliar a relação entre os níveis de testosterona e o câncer de próstata. Não houve, no entanto, nenhuma diferença estatisticamente significativa. Além disso, quando a análise foi feita por quartis, ou seja, quando se dividiu os pacientes de acordo com os níveis séricos de testosterona, os resultados não demonstraram correspondência.

Outro importante estudo foi uma metanálise publicada em 2006, com o título Prostate Cancer and Prostatic Diseases, pelos autores Gould e Kirby, que compilaram os principais estudos nesta área em todo o mundo, totalizando análise de 2.283 pacientes acompanhados durante 15 anos, e observou-se que 22 indivíduos recebendo testosterona apresentaram diagnóstico de câncer de próstata, representando uma taxa de aproximadamente 1%.

Existem outras formas de tratamento?

O tratamento deve ser sempre individualizado e de acordo com o diagnóstico. Não há um tratamento-padrão ou imutável, muito pelo contrário, é necessário monitoramento contínuo do quadro.

Há prevenção?

O hipogonadismo tanto pode ser primário como secundário, e de apresentação diferente em períodos etários distintos, porém, vias de regra, as medidas preventivas são individualizadas em cada contexto clínico. Já o DAEM é uma patologia multifatorial e de evolução gradual, desta forma, possibilitando diagnóstico precoce e adoção de medidas preventivas.
Por Dr. Eduardo Freire Vasconcellos

Fonte: http://www.idmed.com

Dicas e receitas de doces para crianças com diabetes



 

Na maioria das vezes ao se diagnosticar uma criança ou adolescente diabético, devido à idade precoce e até falta de conhecimento dos pais, a fase inicial se torna muito traumática.

Quando temos um diabético em casa é visível à transformação na rotina de todas as pessoas que convivem e participam da vida deste indivíduo. Toda dinâmica familiar é afetada, e quando o diabético é criança parece que a gravidade toma proporções ainda maiores. Mas como passarmos por todas estas transformações sem causar mais danos do que aqueles que realmente teremos que passar.

A primeira coisa que devemos fazer é conversar abertamente com o médico e tirar todas as dúvidas sobre o tratamento, tanto medicamentoso como dietético. Outro fator que ajuda bastante é colocar a criança a par da situação, fazer ela entender que ela precisa tomar insulina e fazer uma alimentação especial, pois ela é uma criança especial. Esconder os reais motivos de ela ter uma vida tão diferente da dos seus amigos só vai agravar a situação e deixá-la mais revoltada. Quando a criança entende que ela é diferente das outras e que não estamos simplesmente proibindo-a de comer ou de fazer algo que gosta, o tratamento segue mais facilmente.

A alimentação possui um peso grande no tratamento e controle do diabetes e sabe-se que pacientes que controlam melhor suas glicemias têm mais sucesso no retardo das complicações do Diabetes (ex: problemas de visão, problemas renais, doenças do coração). Mas como fazer este controle?

Primeiro passo respeitar os horários para se alimentar, comer a cada 3-4 horas evitando períodos prolongados de jejum e não pular nenhuma refeição (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia);

Fazer a escolha certa dos alimentos e evitar excessos de carboidratos como: pães, massas, biscoitos, bolachas. Para não errar na hora de montar uma refeição principal pegue um alimento de cada grupo alimentar, ex: carboidrato (pão, bolacha, biscoito, macarrão, arroz, batata), reguladores (verduras, legumes e frutas), protéicos (leite, derivados de leite, carnes, ovo).

Os açúcares devem ser substituídos por adoçantes artificiais e não devem ser consumidos doces. As frituras também devem entrar no controle e devem ser consumidas com bastante moderação.

BOLO DE CENOURA DIET

02 cenouras;
1/2 xícara de chá de óleo;
02 ovos;
01 xícara de farinha de trigo;
02 colh. ( sopa ) de adoçante Tal e Qual;
01 colh. ( sopa ) rasa de fermento.

Bater tudo no liquidificador.

Cobertura:

02 colh. ( sopa ) de achocolatado diet;
01 colh. ( sopa ) de margarina;
03 colh. ( sopa ) de leite ou chocolate diet derretido;

BOLO DE FUBÁ DIET

Bater no liquidificador:

03 ovos;
03 colh. ( sopa ) de adoçante Tal e Qual;
1/2 copo de óleo.

Tirar do liquidificador e juntar 01 copo de farinha de trigo, 01 copo de fubá. Depois, 01 copo de leite fervendo, 01 colh. ( sopa rasa ) de fermento.

BOLO DE MAÇÃ DIET

02 maçãs;
1/2 xícara de chá de óleo;
02 ovos;
01 xícara de farinha de trigo;
02 colh. ( sopa ) de adoçante Tal e Qual;
01 colh. ( sopa ) rasa de fermento.

Bater tudo no liquidificador.

Acrescentar na massa pronta, pedacinhos de maçã e levar para assar. Polvilhar com 1 colh. chá de canela em pó.

GELADO DE ABACAXI DIET

01 Caixa de gelatina de abacaxi diet;
2 fatias de abacaxi;
250 ml de leite desnatado frio;
adoçante.
Picar o abacaxi em cubinhos. Cozinhar, acrescentar 2 envelopes de adoçante e reservar.

Diluir a gelatina em 250 ml da água do cozimento do abacaxi (quente). Acrescentar o leite desnatado e o abacaxi. Levar para gelar em taças individuais.

GELADO DE MORANGO DIET

01 Caixa de gelatina de morango diet;
1 xícara de chá de morango picado;
250 ml de leite desnatado frio;
adoçante.

Diluir a gelatina em 250 ml da água quente. Acrescentar o leite desnatado e o morango picado. Levar para gelar em taças individuais.

MANJAR DIET

Manjar:

01 vidro de leite de coco light;
1/2 litro de leite desnatado;
02 colh. ( sopa ) de maisena;
10 envelopes de adoçante.

Calda:

02 xícaras ( chá ) de água;
10 ameixas pretas secas sem caroço;
02 envelopes de adoçante.

Modo de preparo:

Manjar: Misture o leite de coco, o leite desnatado e a maisena. Leve ao fogo até engrossar. Retire de fogo e misture o adoçante. Coloque em formas umidecidas e coloque para gelar.

Calda: Leve ao fogo a água e as ameixas, até que fiquem macias. Retire e bata no liquidificador, junto com a água e o adoçante. Sirva sobre o manjar.

Rendimento: 8 porções.
Por: Adriana Zupo Domeneghetti

Fonte: www.idmed.com

Aumentam os casos de doenças do coração em jovens


 

As doenças cardiovasculares têm afetado pessoas cada vez mais jovens e surgem, em média, dez anos mais cedo. Na década de 80, os infartos eram menos frequentes em pessoas com 50 anos. Atualmente é comum pacientes na faixa dos 40 anos com problemas no coração. Hoje chegamos até a encontrar pacientes com idade em torno de 20 a 30 anos em UTIs com diagnóstico de Infarto Agudo do Miocárdio. Além disso, a Hipertensão Arterial vem, cada vez mais, acometendo indivíduos mais jovens.

Fatores de risco como tabagismo, obesidade, hipertensão, estresse, sedentarismo, diabetes e predisposição genética estão fazendo com que as doenças do coração atinjam pessoas mais jovens. Segundo Lise Bocchino, cardiologista do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica/DASA, até pessoas de 20 anos podem sofrer estreitamento significativo das artérias. Um alerta neste 25 de setembro, Dia Mundial do Coração.

Lise lembra que pessoas cada vez mais jovens sofrem hoje também por conta da obesidade. "E a obesidade na infância é o mais importante fator de risco para doenças cardiovasculares na vida adulta. Cerca de 60% dos adultos obesos foram crianças obesas", afirma a médica. A parcela de pequenos hipertensos também fica em 5%, ligando o problema com o aumento de peso.

Pesquisas do Ministério da Saúde mostram que a população de obesos está crescendo no Brasil. Em 2006, o levantamento apontou um total de 11,4% de pessoas obesas. No ano seguinte, esse percentual subiu para 12,9%. No ano passado, foram registrados 13% de adultos obesos, sendo o índice maior no grupo de mulheres (13,6%) do que no de homens (12,4%). O segmento de crianças e adolescentes acima do peso corresponde a 5%.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, uma hora ou mais por semana de atividade física moderada a intensa, como correr, já pode reduzir o risco de doença cardíaca. "Trinta minutos diários de caminhada reduzem efetivamente o risco de doenças do coração e AVCs. Consumir cinco ou mais porções de frutas, legumes e verduras por dia, aumentar o consumo de grãos integrais, reduzir a quantidade de gorduras saturadas e evitar as gorduras trans são medidas que demonstraram melhorar a saúde do coração em crianças e adultos", reforça Lise Bocchino.

Mas a cardiologista lembra que o governo e a sociedade também podem adotar estratégias conjuntas para minimizar este problema. "Campanhas de educação alimentar voltadas para crianças nas escolas públicas e privadas, por exemplo, serviriam como estímulo para os pais. Não podemos permitir que o apelo da TV e do computador seja maior do que o da prática de exercícios físicos", finaliza.
Carolina Vasconcellos e Carolina Guerrero

Imagem Corporativa

As unhas podem revelar muito sobre sua saúde


 

Confira algumas perguntas e respostas sobre a influência das unhas em sua saúde.

É verdade que as unhas podem revelar o estado de saúde de uma pessoa?

Sim. Dependendo do estado das unhas, podemos saber se existe algum problema interno com a pessoa.

O que significa:

Manchas brancas pequenas: pequenos traumas. Às vezes você bate a unha e isso interfere na linha de produção de células. As que saem com defeito desenham as manchas. Como a unha cresce devagar, você nem se lembra que havia batido.

Manchas grandes brancas: às vezes elas aparecem na ausência de zinco no organismo.

Manchas amarelas ou unhas amareladas: Podem aparecer nas pessoas que tomam antibiótico por muito tempo seguido e naquelas que fumam muito.

Manchas arroxeadas: Por algum trauma , micose ou outra infecção.

Fracas, quebradiças, com descamação: Falta de proteínas e vitaminas no organismo (provavelmente vitaminas do complexo B, vitamina C e vitamina E).

Verruga ao redor da unha: verrugas virais também chamadas de verrugas vulgares. Existem alguns tumores que se parecem com verrugas e devem ser examinados pelo médico. Devem ser retiradas cirurgicamente.

Unhas deformadas: Onicosquizia é o nome que se dá a unhas deformadas. Podem aparecer por traumas na base da unha e pelo uso exagerado das unhas no trabalho.

Linhas: Podem representar carência vitamínico proteica.

Unhas pálidas: Se for próximo da matriz, pode representar uma doença auto-imune, como o lúpus, por exemplo.

Unhas fracas: Falta de vitaminas e sais minerais como o ferro e o cálcio.

Unhas encravadas: Alteração anatômica ou cortes errados. Devem ser tratadas adequadamente.

Ondulações: Podem representar alterações de personalidade (traumas contínuos) ou podem representar outras doenças.

Unhas meio a meio: comum na insuficiência renal crônica.

Unhas côncavas: possível falta de ferro.

Unhas convexas e sem brilho: podem indicar problemas cardíacos ou pulmonares.

Como fazer o auto-exame das unhas?

Devemos olhá-las sempre com a luz natural ou mais próxima do natural. Verificar as bordas e as pontas para observar aberturas.

Esmaltes e produtos especiais para fortalecer as unhas funcionam?

A forma de esmalte pode ser usada para administrar medicamentos como a tretinoina, que endurece as unhas.

Que cuidados devem ser tomados para evitar o contágio de bactérias nas unhas?

A limpeza é essencial. Não usar instrumentos de outras pessoas (alicate, afastador de cutículas, etc) e não deixar machucados abertos e sem tratamentos.

É recomendado usar luvas ao lavar louça?

Sim. É muito importante usar uma luva de borracha, mas só durante o ato da lavagem. Ela deve ser retirada logo após para evitar o suor.

Cutículas podem ser retiradas?

Não devem, pois elas são a defesa que a unha tem para que não entre nenhum ser vivo sob elas. O máximo que deve se fazer é afastá-las.

Como a unha deve ser lixada?

Não importa muito como ou qual lixa usar. Já se lixava as unhas 2000 anos antes de Cristo. O único problema é que a lixa deve ser individual.

É recomendado usar esmalte constantemente, sem deixar a unha "respirar" por uns dias?

A unha é porosa, então ela pode ressecar se ficar coberta por esmalte constantemente. O ideal é deixar dois dias entre cada oito.

Que cuidados com a alimentação devem ser tomados para preservar a saúde das unhas?

As unhas são feitas de queratina que é uma proteína, portanto necessita de aminoácidos, vitaminas e sais minerais encontrados em uma alimentação equilibrada, com carnes, leites e vegetais verde escuro.
Prof. Dr. Valcinir Bedin é dermatologista, tricologista e nutrólogo, Diretor do Cipe (Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento), diretor do IPTCP (Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele) e Presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo.

Fonte: www.idmed.com

Leite como aliado!

Alto consumo de laticínios na infância aumenta expectativa de vida, diz estudo
Fonte:emagrecendo.com

Crianças que consomem muitos produtos derivados do leite têm expectativa de vida maior, afirma um estudo.

Pesquisadores traçaram, 65 anos depois, o paradeiro de 4.374 crianças analisadas em por estudo nos anos 30 na Grã-Bretanha. Eles descobriram que as crianças que tinham alto consumo de laticínios e cálcio na infância mostraram maior resistência a derrames e outras doenças letais.

Apesar de laticínios conterem gordura e colesterol, o alto consumo dos produtos não aumentou os riscos de doenças cardíacas.

O levantamento analisou dietas familiares. As dietas ricas em cálcio e laticínios – sobretudo com alto consumo de leite – diminuiu pela metade a mortalidade.

O consumo de pelo menos 400 miligramas de cálcio – presente em menos de meio litro de leite – reduziu em 60% as chances de morte por derrame.

Para consumir a quantidade de cálcio sugerida diariamente, uma pessoa deve tomar um copo de 200 mililitros de leite, uma porção de iogurte e um pequeno pedaço de queijo.

Os pesquisadores sustentam que há indícios de que o alto consumo de cálcio é bom para a pressão sanguínea.
Alta pressão sanguínea contínua aumenta o risco de derrames. O consumo de laticínios pode influenciar o coração e a circulação através do hormônio IGF-1 (Indulin-like growth factor 1, em inglês).

Estudos anteriores tentaram mostrar ligações entre câncer e produtos laticínios. No entanto, não foi possível se chegar a resultados conclusivos. Algumas pesquisas mostraram que produtos derivados do leite levam a um aumento no risco de câncer, e outros mostraram o oposto.

Segundo o Nutricionista Emex Vicente Junior, realmente o leite é um alimento rico em cálcio e faz parte dos hábitos alimentares do brasileiro consumido sob diversas formas: puro, batido com frutas, com achocolatados, com chás, em bolos, em tortas, como doces, etc.

O cálcio é um nutriente muito importante para o metabolismo humano desempenhando diversos papéis, entre eles, o relacionado à participação na regulação do peso corpóreo e prevenção da obesidade, principalmente em adolescentes do sexo feminino.

Mesmo assim, estudos populacionais mostram que a ingestão atual desse nutriente tende a ser inferior às recomendações em grande parte da população brasileira. Devendo ser adequada individualmente por meio de um acompanhamento nutricional, estimulando o consumo de laticínios e também introduzindo outros alimentos fonte desse nutriente e até mesmo suplementação, quando necessário.

O que você sabe sobre desequilíbrio nutricional?

Fonte: Emagrecendo.com

Você sabia que o desequilíbrio nutricional pode levar a obesidade?
Muitos trabalhos científicos comprovam que o desequilíbrio nutricional está relacionado a diversas doenças crônicas como, por exemplo, a obesidade, diabetes e hiperatividade e, também, a alguns sintomas como cansaço, desânimo, insônia e enxaqueca.

No caso da obesidade, o processo de aumento de peso não pode ser visto simplesmente como um acúmulo de gordura, esse processo também implica em uma mudança e sobrecarga das funções do organismo como um todo. A qualidade da alimentação além dos excessos, claro, é um fator importante para o ganho de peso uma vez que, nos dias de hoje, é deficiente em vários nutrientes.  Esse déficit nutricional leva o organismo a um desequilíbrio e conseqüente sobrecarga de suas funções desencadeando assim processos alérgicos e de intolerância alimentar.

A compulsão por determinado alimento é um sinal clássico de desequilíbrio orgânico e intolerância ou alergia alimentar, ou seja, você é intolerante geralmente ao alimento que mais gosta. Aqui está, talvez, o maior desafio para a reversão da obesidade, pois se trata de um claro quadro de ciclo vicioso. Por exemplo, a grande necessidade de açúcar pode estar ligada a intolerância ao açúcar, ao desequilíbrio do consumo de sal e conseqüente déficit de nutrientes ligados ao consumo excessivo de açúcar.

Como alimentação adequada pode ajudar:

• Procure consumir alimentos frescos, de preferência orgânicos e sem agrotóxicos e aditivos químicos.
• Aumente o consumo de verduras e legumes crus (sucos, saladas) ou no vapor.
• Adquira o hábito de consumir azeite de oliva extra virgem, castanhas, nozes, amêndoas, semente e óleo de gergelim, óleo e semente de linhaça, semente de abóbora, semente de girassol, gordura de peixe, gordura de coco.

É necessária a ingestão de suplementos alimentares?

Geralmente sim, porque a obesidade é também uma manifestação de uma má alimentação e freqüentemente há déficits de vitaminas do complexo B, vitamina C, E, magnésio, oligoelementos como Cromo, Vanádio, Zinco, selênio, ácidos graxos essenciais (ômega 3 e 6). Além de corrigir os déficits, os nutrientes em doses adequadas, são fundamentais para o equilíbrio nutricional.

Chocolate amargo emagrece!

Fonte: Emagrecendo.com

Sim, além de ser uma delícia, o chocolate amargo ajuda a emagrecer, segundo trabalho científico!
O chocolate com maior concentração de cacau aumenta a sensação de saciedade. Esta ótima notícia foi publicada pela revista científica International Journal of Obesity e veio de uma pesquisa coordenada pelo médico dinamarquês Arne Vernon Astrup, chefe do Departamento de Nutrição Humana da Universidade Real de Copenhague.

Além disso, o chocolate amargo também concentra compostos que inibem a degradação da anandamida, substância que prolonga a sensação de bem-estar, afirma a nutróloga Tamara Mazaracki, do Rio de Janeiro.

Outros benefícios do chocolate amargo:

• Ajuda a reduzir a pressão por ter ação vasodilatadora.
• Impede a oxidação da gordura ruim (LDL), evitando que placas se acumulem nos vasos sanguíneos
• Aumenta a imunidade, estimulando as defesas de nosso organismo contra vírus e bactérias.
• Ajuda na proteção dos neurônios contra doenças degenerativas, como o mal de Parkinson e o de Alzheimer.
• Reduz alguns sintomas da TPM, como depressão, e contribui para suprir eventuais carências de minerais, como magnésio, comuns nesse período do mês e também durante fases de estresse agudo.

A dose diária recomendada é uma barra pequena por dia, cerca de 30 gramas.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Largue o cigarro e melhore sua saúde

Fonte: Equipe Bem Estar
Baixa imunidade, tosse, resfriados, febre e outros são sinais de que a saúde está sendo prejudicada pelo fumo...

O cigarro aumenta o risco de desenvolver câncer, hepatite, cirrose, gastrite, úlcera, problemas cardíacos, hipertensão arterial e danos cerebrais. É responsável por 75% dos casos de enfizema e por 25% dos infartos. É causa importante de doença aterosclerótica e um dos principais fatores de risco para doença arterial coronária.

As conseqüências do vício do fumo nas mulheres são mais devastadoras do que nos homens. A fertilidade das mulheres fumantes pode diminuir em até 40% com relação às não fumantes. Na fumante, a atividade do ovário cessa de dois a quatro anos antes da não fumante, antecipando a menopausa. Uma mulher fumante tem quatro vezes mais chances de sofrer um infarto do que uma não fumante. Fumantes que fazem uso concomitante de anticoncepcionais correm dez vezes mais risco de ter um infarto e quatro vezes mais chances de ter um derrame.

Para parar de fumar, a maioria dos dependentes do tabaco precisam da ajuda de um médico e de um psicólogo, que, nestes casos, tem papel fundamental, pois sabe se que os programas multidisciplinares, ou seja, que envolvem profissionais da saúde de várias áreas, são os mais eficientes. O primeiro passo para o sucesso do tratamento é o profissional da saúde não criticar o fumante, nem desaprovar sua atitude. A melhor forma de abordar o problema é com compreensão, motivação e sensibilização para os malefícios do cigarro.

Para o tratamento, os psicólogos usam a terapia Cognitiva-comportamental, são realizadas de seis a oito sessões, com grupos de cinco a dez pacientes e o sucesso, em um ano, tem sido de 60%. Basicamente associa-se o atendimento médico ao psicológico, incluindo avaliação do perfil do fumante, detecção dos gatilhos que levam ao cigarro, medicação a base de bupropiona associada ou não ao adesivo de nicotina, acompanhamento do paciente, preparação para alta e prevenção de recaída.

Por Suzi Castanheira

Bota pra assar!

Fonte: menshealth.abril.com

Carne bovina, você sabe, é boa para os músculos. quer mais? Ela tem papel fundamental na evolução do homem: é boa para a inteligência e até para o seu desempenho sexual

Por: Phillip Rhodes, Alex Salkever e Adriana Toledo
Publicado 15/09/2009

Os homens se juntam em volta da churrasqueira, suco gástrico borbulhando. Nas narinas, o pó do carvão. A carne está em alta, depois da vida mansa das vacas nos anos 90, quando a proteína preferida do homem encabeçava a lista de alimentos “perigosos”. A carne vermelha era considerada gordurosa e cheia de colesterol – enfarte à espreita. A doença da vaca louca ameaçava se espalhar pelo mundo. No fim da década, o frango era rei; a soja, o príncipe herdeiro.
A verdade crua é a seguinte: a carne vermelha está mais limpa e magra do que nunca, e, por isso, é uma fonte de proteína por excelência. Primeiro, por uma questão de mercado. “O excesso de gordura é condenado pelo consumidor brasileiro. É nossa responsabilidade tornar a carne mais magra e saudável”, diz o pecuarista Paulo Leonel, um dos diretores do Instituto Pró-Carne. Médicos e nutricionistas avalizam a informação. “Nosso gado não é confinado, ele pasta e, por isso, gasta energia. Não tem gordura entre as fibras”, diz o cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni, consultor do Instituto de Metabolismo e Nutrição (Imen) e cardiologista do Hospital do Coração (SP). Licinia de Campos, nutricionista do Serviço de Informação da Carne, lembra que “o capim contém ácido fólico, que, entre outras funções, protege as artérias e atua no tratamento de anemia”. Contém também betacaroteno, nutriente bom para a visão e uma arma contra os radicais livres. O melhor: os pesquisadores de nutrição continuam revelando que a carne nos deixa mais inteligentes, mais fortes e esbeltos – até melhores de cama. Uau!
Carne: o criador aprova
Dá para dizer que o churrasco é um dom de Deus. Lembra daquele trecho no Gênesis que fala do nosso domínio sobre os animais da Terra? Pois a teoria da evolução tem um argumento ainda mais forte. Esses dentes pontudos de cada lado do seu sorriso – os caninos – foram especialmente desenvolvidos para abocanhar comidas que oferecem resistência.
“O único primata realmente predador é o humano. Se todos os outros podiam comer nozes e frutas, por que nós mudamos e viramos este predador feroz?”, pergunta Leonard Shlain, cirurgião do Centro Médico da Califórnia no Pacífico, em São Francisco (EUA), e autor da obra antropológica Sex, Time and Power (“Sexo, Tempo e Poder”). A resposta dele vai direto ao coração de todo homem: “Porque nós queríamos sexo!”
A teoria do dr. Shlain é a seguinte: as mulheres pré-históricas tinham desejo de carne vermelha, rica em ferro, porque perdiam montes desse nutriente com as menstruações. Logo, um naco de um bovino selvagem sangrando dava o que o corpo delas desejava... E elas davam algo em retribuição aos homens que forneciam isso.
Os primeiros homens não precisavam de muito cérebro para entender os benefícios da transação sexo-por-comida. Os benefícios chegavam até as células. Crua ou cozida, a carne vermelha é pulsante de aminoácidos – os tijolos moleculares da arquitetura corporal. Esses aminoácidos inundavam os músculos dos nossos ancestrais, que sofriam ao caçar o jantar nas planícies. A creatina, uma enzima encontrada em níveis máximos na carne vermelha, fornece energia às fibras musculares cansadas. Ou seja, funcionava como uma injeção de ânimo para aqueles homens das cavernas arrastarem trocentos quilos de carne crua até a cova. E esse trabalho criava ainda mais músculos – um crescimento que as parceiras em potencial eram condicionadas a notar.
Com tanto benefício, nós até desenvolvemos genes específicos para combater os altos níveis de gordura e colesterol da carne vermelha. “Há um conjunto de genes que não têm precedentes em outros primatas. Eles nos permitem comer muito mais carne sem os efeitos tóxicos e, ao mesmo tempo, ter mais longevidade”, diz Caleb Finch, gerontólogo da Universidade do Sul da Califórnia (EUA), co-autor de um relatório sobre como os humanos viraram onívoros, publicado no respeitado Quarterly Review of Biology, no começo de 2004.
Mas o salto evolutivo mais importante que a carne trouxe foi o desenvolvimento de um cérebro maior. “As gorduras são essenciais ao crescimento do cérebro”, explica o dr. Shlain. “Tirando a água, o cérebro é 60% ácidos graxos.” Sabe qual era a fonte primária desses ácidos na dieta dos primeiros homens? Adivinhou: carne vermelha. Os humanos são incapazes de fabricar facilmente os ácidos graxos que o nosso cérebro precisa; a dieta fornece a única fonte. “Quanto mais carne eles comiam, mais espertos eles ficavam. E, quanto mais espertos, mais carne eles comiam”, diz o dr. Shlain. Por isso que, ao ver aquele vermelho no supermercado, você fica automaticamente atraído. A relação carne-massa cinzenta continuou praticamente intacta até maio de 1995. Foi quando Stephen Churchill, um inglês de 19 anos, virou a primeira vítima humana da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), ou mal da vaca louca.
Logo depois, outros nove britânicos morreram. Era como se, tendo sabidamente alimentado o gado com sobras dos matadouros, a gente já esperasse alguma vingança de filme de terror. Os relatos da nossa desgraça iminente se comprovaram exagerados. A variedade do mal da vaca louca que pode atingir os humanos nunca pegou no Brasil. Na verdade, está a milhas e milhas de distância. Literalmente! “Nunca houve nenhum caso no país”, garante Jamil Souza, diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura. “A única forma de contágio é a ingestão do príon, seu agente causador. E ele só poderia estar presente em animais vindos da Europa, onde houve casos da doença, ou em rações feitas de carne e ossos. Ambos estão proibidos no Brasil. Fazemos uma inspeção muito rigorosa.” Antes que você se pergunte sobre a febre aftosa, fique sossegado. “Ela não causa nenhum mal ao ser humano”, afirma Jamil.
Guerra aos germes
Nos últimos anos, uma série de novas tecnologias vem combatendo a ameaça de bactérias bovinas perigosas. Essas tecnologias surgiram, em grande parte, das pesquisas em resposta ao grave surto de Escherichia coli da cadeia de fast-food americana Jack in the Box, em 1993, que matou quatro crianças e deixou centenas doentes em cinco estados do oeste dos EUA. Uma das novas abordagens passa a carne literalmente por uma espécie de “lava-rápido” para remover germes. As carcaças são pulverizadas com ácido lático, o que inibe o crescimento de algumas bactérias. Outro spray recobre a carne com proteínas sem cor e sem gosto, para os germes não entrarem mais.
“A carne bovina é e está cada dia mais segura”, diz Keith Belk, estudioso de ciência animal na Universidade do Estado do Colorado (EUA), especializado em questões ligadas à carne. Além do lava-rápido de carcaças, há desde o processo de pressão hidrodinâmico, no qual os cortes de carne recebem terapia de eletrochoque para serem reduzidos os níveis de bactéria, até gado resistente a bactérias geneticamente modificado, produzido pela primeira vez em 2004 por cientistas coreanos.
No Brasil, essas tecnologias não são utilizadas, mas nossos métodos de prevenção de bactérias são bem seguros. De acordo com Jamil Souza, no Brasil o boi é abatido no próprio frigorífico, onde a carne é inspecionada, resfriada e de lá segue para ser comercializada rapidamente, o que também diminui os riscos. Por isso, é aconselhável procurar sempre pelo selo de inspeção federal, estadual ou municipal na embalagem, pois eles atestam a qualidade do produto.
A melhor forma de evitar os germes que podem sobrar na sua carne, porém, é armar a sua cozinha com um termômetro específico.
A grande maioria de todas as mortes causadas por alimentos não resultou da comida, e sim de falhas no manuseio correto dela, de acordo com David Klurfeld, professor de nutrição da Universidade Wayne State (EUA). “O maior problema está no preparo”, diz ele. “Você pode culpar a carne, mas, se você não cozinhá-la o suficiente, a culpa é sua.” Outra boa dica é observar a coloração da carne após o cozimento. “Ela deve estar cinza, e não vermelha. Isso significa que ela atingiu 70 graus em seu interior, necessários para eliminar eventuais microorganismos”, ensina o microbiologista de alimentos Eneo Alves da Silva Jr., diretor da Central de Diagnósticos Laboratoriais e coordenador da Comissão Técnica da Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas, a Aberc. Carne crua é suscetível a germes como salmonela, Escherichia coli, Clostridium, listéria e tênia, que podem causar, no mínimo, uma diarréia daquelas. Quanto às sobras das refeições, devem ser guardadas em pequenas porções na geladeira e consumidas em, no máximo, três dias.
Seguindo todas essas recomendações, não há o que temer. O hambúrguer suculento do seu sanduíche pode ser mais seguro do que a alface que vai em cima dele. “Isso porque o calor elimina seguramente as bactérias, mas o mesmo não se pode dizer dos cuidados de higiene, por mais que eles sejam feitos adequadamente”, diz Eneo.
É o que há de bom
Comer carne aumenta o colesterol a ponto de levar a um ataque cardíaco? Claro, se você devorar, todo dia, meio quilo de bife de lombo de vaca. “As pessoas não engordam por comer carne, mas por comer demais”, diz Klurfeld. De todos os desserviços atribuídos à carne nos últimos anos, a reputação de gordurosa talvez seja o mais injusto. Cerca de metade da gordura da carne vermelha é monoinsaturada – o mesmo tipo de gordura saudável encontrado no azeite de oliva. Há também a gordura poliinsaturada, que não provoca o aumento do colesterol ruim. “O que sobra de gordura nociva é comparável à quantidade presente no frango”, garante a nutricionista Licínia de Campos. E você pode reduzir o conteúdo de gordura ainda mais se escolher o corte certo. Dezenove cortes de carne nos Estados Unidos estão na categoria das carnes magras, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), com conteúdo de gordura saturada abaixo de 3 gramas por porção. E todos eles, quando consumidos em porções de 85 gramas, e como parte de uma refeição balanceada, ficam bem dentro das recomendações de dieta do Usda de 20 gramas diários de gordura saturada.
E a carne brasileira é ainda mais magra. Até nosso clima tropical conspira a favor.
“O clima frio de inverno nos Estados Unidos faz com que o gado desenvolva uma capa de gordura mais espessa, como proteção.
Ela fica entremeada na carne, deixando-a mais gorda”, diz o pecuarista Paulo Leonel. Já o boi brasileiro não precisa dessa defesa natural. A pouca banha que apresenta pode ser retirada no prato, sem dificuldade.
A ausência de hormônios na pecuária brasileira é outro motivo para comemorar. “Após o abate, é feito um exame residual.
A presença de hormônios é punida severamente, como crime inafiançável”, assegura Leonel.
Na opinião de Licínia de Campos, a única vantagem da carne americana é que lá o gado é abatido mais novo, por isso não dá tempo de adquirir músculos. Isso faz com que a carne na Terra do Tio Sam seja mais macia que a nossa.
Entre os benefícios da carne, não se pode esquecer que ela é, disparado, a maior fonte de ferro entre todos os alimentos. “Essa substância, tão importante para a formação do sangue e para o transporte de oxigênio, é encontrada em quantidade muito maior na carne do que em qualquer vegetal”, afirma Licínia.
“Ela também contém vitamina B12, que ajuda a absorver esse nutriente.” Em outras palavras, o ferro da carne é muito melhor aproveitado pelo organismo do que o proveniente de outras fontes.
Obesidade, o alvo
Há um composto encontrado na carne que pode ajudar a vencer algumas batalhas na guerra à obesidade. A carne bovina contém altas concentrações de ácidos linoléicos conjugados (CLA, em inglês). Em vários estudos, as pessoas com dietas ricas em linoléicos acabavam perdendo peso e mantendo mais músculos magros, comparadas às pessoas que evitavam carne. Martha Belury, professora de nutrição na Universidade do Estado de Ohio (EUA), estudou extensivamente o CLA. “Na minha pesquisa, as pessoas que consumiram CLA perderam peso”, diz ela. Carne bovina, vitela e leite são as melhores fontes desse ácido. E a boa notícia para os brasileiros: a carne do gado alimentado com capim, em vez dos grãos como a maioria do gado dos EUA, tem duas vezes mais CLA, de acordo com o Journal of Animal Science (EUA).
Então, pronto. Encaramos a morte olho no olho e descobrimos não um diabo chifrudo, mas uma fonte nutricional quase perfeita. Carne bovina não é a vilã da obesidade. Não dá doença. E não mata. Então, bom apetite.
O viagra natural?
A carne vermelha pode ser a melhor coisa que aconteceu ao sexo depois da internet. Dentro daquela picanha está uma descoberta que é um tesouro: o aminoácido arginina, que ajuda o corpo a formar óxidos nítricos – compostos que relaxam os vasos sangüíneos de uma forma semelhante às pílulas para ereção. “Arginina é um potente Viagra natural. Ele põe o seu equipamento para funcionar”, diz Eric Braverman, autor de Male Sexual Fitness (Boa Forma Sexual Masculina). “E a carne é onde se encontram os maiores níveis de ocorrência natural de arginina.” – P.R.
De olho no frango
Não é só a carne bovina que passa por um controle rígido do Ministério da Agricultura. Os responsáveis pelo setor estão ainda mais preocupados com a ameaça da gripe aviária, que vem pipocando em vários países. “Adotamos as mesmas precauções de fiscalização para barrar a entrada de aves provenientes de lugares que apresentem riscos”, afirma Jamil Souza. “A gripe aviária está restrita aos animais. O único risco é que o vírus seja trazido por aves migratórias, mas estamos tomando os cuidados necessários para impedir que isso aconteça.” Não se tem notícia de transmissão da doença entre humanos.
Abaixo a gordura saturada!
Conheça os cortes brasileiros mais magros

1 Filé mignon 2,9 gramas de gordura. É o corte bovino mais macio. Suculento e bastante saboroso, é perfeito para o preparo de bifes, estrogonofe e refogados.

2 Músculo 2,2 gramas de gordura. Pode ser moído ou cortado em tiras. É uma carne saborosa, indicada para entrar na receita de molhos, ensopados, refogados e sopas.

3 Acém moída 2,7 gramas de gordura. É o maior pedaço e também o mais macio da parte dianteira do boi. Deve ser cozido e pode ser preparado ensopado, assado ou na panela.

4 Patinho 2 gramas de gordura. Magro e saboroso, pode ser preparado moído e refogado, como bife à milanesa ou como escalope.

5 Coxão mole 3,9 gramas de gordura. É uma carne macia que pode ser utilizada em ensopados, assados, picadinhos, escalopes ou moída para refogados e molhos.

6 Contrafilé 2,7 gramas de gordura. Suculento, macio e saboroso, é ideal para churrasco ou para grelhar. Também vai bem cozido em receitas feitas na panela.
7 Coxão duro 3 gramas de gordura. Tem fibras rígidas e é revestido de gordura. Exige cozimento lento. É recomendável para assados de panela, cozidos e como carne recheada. 8 Lagarto 2,3 gramas de gordura. Tem formato arredondado, fibras longas
e magras. O preparo típico é o de panela, como carne desfiada. Também pode ser usado em assados e rosbifes.

É bom não exagerar

Eis os cortes que contêm mais gordura saturada
PICANHA Ninguém precisa sofrer ao comer a picanha, considerada corte gordo: basta não fazer churrasco todos os dias Picanha 6,1 gramas
Contrafilé de costela 6,7 gramas
Língua
6,8 gramas
Cupim
6,8 gramas
Fraldinha 7,3 gramas
Peito 8,2 gramas
Costela 14,9 gramas

A generosidade da vaca: os benefícios dos laticínios
Combate abdome flácido - Pesquisadores da Universidade do Tennessee (EUA) relataram que adultos obesos com dietas com muito cálcio de laticínios low-fat não só perderam mais peso do que os que se submeteram a dietas com suplemento de cálcio, mas também perderam duas vezes mais gordura abdominal.
Deixa o cólon à prova de câncer - Pesquisadores de Harvard (EUA) que examinaram as dietas de laticínios de mais de meio milhão de pessoas dizem que o cálcio parece bloquear a série de sinais que mandam as células saudáveis do cólon virarem cancerosas.
Arma os dentes - Queijos com buracos ajudam a evitar cáries. Pesquisadores de odontologia do Instituto Forsyth, em Boston (EUA), dizem que comer tipos duros de queijo – o suíço, o cheddar maturado, por exemplo – neutraliza os ácidos que corroem o esmalte formados na saliva depois que você come doces.
Garante imunidade - O iogurte pode turbinar as defesas do corpo. As bactérias benignas que você come a cada colherada aumentam a atividade das células combatentes, e também a produção de proteínas que iniciam a resposta imunológica, segundo pesquisa da Universidade Tufts (EUA).
Alivia a pressão - As futuras prescrições para pressão sangüínea alta podem incluir leite. Pesquisadores irlandeses descobriram que a caseína e o soro, duas proteínas do leite, estão carregadas de fragmentos menores chamados peptídeos, que trabalham como inibidores de ACE – drogas que diminuem a pressão sangüínea bloqueando um hormônio que estreita os vasos sangüíneos. O legal do peptídeo do leite: bebidas fortificadas e em pó já estão chegando.

Cega por 9 anos, americana recupera visão com cirurgia inovadora

Da EFE


Miami, 16 set (EFE).- Uma americana que ficou cega durante nove anos recuperou a visão ao passar por uma operação em que o médico, por um buraco aberto no espaço deixado por um dente removido, inseriu uma lente plástica e, depois de um tempo, a conduziu até os olhos da paciente.

O procedimento, criado na Itália, foi realizado pela primeira vez nos Estados Unidos, no Bascom Palmer Eye Institute of Miami (Flórida) da Universidade de Miami, como informaram hoje os médicos em coletiva de imprensa.

Sharron Thornton, de 60 anos, agora poderá ler com a ajuda de óculos e deve recuperar totalmente a visão quando se restabelecer completamente da operação, disse Víctor Pérez, médico que liderou a equipe de cirurgia.

Pérez explicou que o procedimento pode servir para os pacientes cujo corpo rejeite o transplante de uma córnea artificial.

"Estamos muito entusiasmados. Achamos que muitos pacientes podem se beneficiar", comentou.

Sharron Thornton perdeu a vista em 2000 após sofrer a síndrome Stevens-Johnson, uma doença que destrói as células na superfície do olho.

O procedimento começou com o cirurgião-dentista Yoh Sawatari, que extraiu um dente da paciente, perfurou um buraco e enxertou uma lente acrílica. Depois, a implantou debaixo da pele da clavícula de Sharron por três meses e, em seguida, a levou ao olho. EFE

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Como Elevar a Testosterona Naturalmente

emforma.net
Sendo eu um atleta natural tentei sempre encontrar mais alternativas para aumentar os meus níveis de testosterona naturalmente. A questão que sempre perguntei a mim mesmo foi quais são as variáveis, que determinam a quantidade de testosterona disponível.
Eu já li vários artigos no passado, dando alguma evidência de que a minha vida do dia a dia faz com que os meus níveis de testosterona subam e desçam. Após várias pesquisas intensivas não encontrei um artigo explicando em detalhe como o processo ocorre, e sobretudo como posso manipular directamente no meu sistema a testosterona para obter os efeitos desejados – nomeadamente não e exclusivamente, níveis elevados de testosterona circulante mas também quanta dessa testosterona estará disponível para os correspondentes receptores das paredes celulares. Além disso, eu queria saber tudo isto em relação ao culturismo natural.
Então decidi ler mais um pouco para depois colocar todas as variáveis juntas de modo a que todos os interessados pudessem mais tarde usar a compilação feita por mim.
Sem perder mais um minuto, vou começar a descrever o que é a testosterona e o que ela faz no corpo humano. A testosterona é uma hormona esteróide com propriedades anabólicas e androgénicas. É a principal hormona, responsável pelo aumento de massa magra, aumento de libido, energia, formação óssea, e função imunitária.
A testosterona é segregada nos testículos dos homens e nos ovários da mulher. Pequenas quantidades são também formadas mas glândulas supra-renais. A testosterona é derivada do colesterol. Os níveis de testosterona num homem variam entre 350 e 1000 nanogramas por decilitro (ng/dl). Depois dos 40 anos esses valores descem cerca de 1% por ano.
Na circulação sanguínea a testosterona circula em grande percentagem em direcção ás chamadas proteínas de ligação. SHBG (Sex Hormone Binding Globulin) é aquela que nos fornece o melhor. Porquê? Porque esta é a principal razão porque a testosterona pode não estar disponível para chegar ao receptor da célula. Quando a testosterona se liga ao SHBG, já não é possível utilizar as suas funções anabólicas.
O que eleva o SHBG: Anorexia nervosa, Hipertiroidismo, Hipogonadismo (homens), Insensibilidade ou Deficiência Androgénica, Cirrose hepática (homens), Cirrose Biliar (mulheres).
O que suprime o SHBG: Obesidade, Hipotiroidismo, Hirsutismo (mulheres), Acne, Ovários Poliquísticos, acromegalia, tumores nos segregadores androgénicos dos ovários.
Menos de 1% da testosterona circulante está numa forma livre nos homens ( menos de 3% nas mulheres). Apenas quando está numa forma livre esta hormona pode usufruir as suas propriedades ligando-se aos receptores androgénicos nas paredes celulares. Baseado num estudo 14 a 50 por cento da testosterona está ligada ao SHBG nos homens e 37 a 75 nas mulheres. O SHGB tem uma grande afinidade para se ligar a testosterona. Por isso, qualquer mudança nos níveis do SHGB influencia notavelmente os níveis de testosterona disponíveis.
Vamos falar agora um pouco sobre o que é a disponibilidade da testosterona. Excepto o SHGB existem duas proteínas ligantes de testosterona, também chamados transportadores. Uma delas é a albumina. É uma proteína ligante com baixa afinidade, deste modo a testosterona ligada a ela é considerada disponível. A albumina liga-se á testosterona num intervalo entre 45 a 85% nos homens (25 – 65 nas mulheres). O terceiro transportador é a globulina ligante do cortisol, que liga também com pouca afinidade com menos de 1% da testosterona em circulação.
O índice de androgéneos livres (IAL) indicam a quantidade de testosterona livre. O IAL é o somatório da testosterona livre, albumina e globulina ligante do cortisol. Ou é o Total de testosterona menos a testosterona ligada ao SHGB.
Agora está óbvio que devemos ter atenção ás propriedades do SHGB. Os níveis desta proteína ligante aumentam quando existe excesso de estrogéneo presente. Inversamente, os níveis de SHGB descem quando a testosterona está elevada. Aqui devo mencionar que o SHGB tem maior afinidade com testosterona do que com estrogéneos. Agora prestem atenção…
Testosterona
Testosterona
É bem conhecido que a testosterona é um precursor de estrogéneos – vai ser convertida em estrogéneos através da influência da enzima aromatizante. Nada que não soubéssemos já. Aqui é que se torna interessante, suponham que temos testosterona em níveis normais e não soframos de nenhum problema de saúde que influencia o SHGB. Isto significa que os valores de SHGB estão normais também.
Pensemos agora. Se mais desta testosterona for convertida para estrogéneo devido a valores anormais dos níveis de aromatização, o SHGB também vai aumentar. O SHGB, estando mais ligado a testosterona, vai nos deixar com excessos de estrogéneo no sistema, que vai estimular a produção de SHGB pelo fígado. Este processo amplifica a quantidade de estrogéneos. O estrogéneo depressa se liga aos receptores androgénicos das células limitando a capacidade para se ligarem a testosterona livre. Ainda mais importante, o estrogéneo é o mensageiro que avisa o cérebro para diminuir a produção de testosterona.
Bem, esta história toda leva-nos a uma conclusão que a nossa tentativa deve ser de manter a testosterona bastante disponível.
Assim um atleta natural deve:
• Prevenir os níveis de testosterona estarem baixo
• Tentar aumentar a testosterona total
• Bloquear os efeitos de ligação da testosterona ao SHGB
• Diminuir os níveis da enzima aromatizante – menor conversão de testosterona para estrogéneo.
1. Como prevenir os níveis de testo de ficarem baixos?
- Obesidade. Baseado no mecanismo de como funciona testosterona – estrogéneo, o aumento de estrogéneos vai fazer com que diminuam os níveis de testosterona circulante. Gordura excessiva faz produzir mais estrogéneos devido a as células de gordura. Então, quanto mais gordura há, mais estrogéneo existe no sangue e menos testosterona.
- O abuso do uso de drogas e álcool. O álcool tema propriedade de inibir a nossa habilidade de remover o estrogéneo do sangue por acção stressante no sistema nervoso central e também pelo decréscimo dos níveis de zinco.
- O stress eleva os níveis de cortiscoroides no sangue, que causa decréscimo dos valores de testo no sangue.
- Medicamentos. Alguns medicamentos, incluindo estrogéneos e progesterona, diminuem os níveis da hormona luteinizante (LH). LH é a hormona responsável pela produção das hormonas esteróides.
- Diabetes. Estudos sugerem que há uma ligação entre a diabetes tipo II e níveis de testosterona baixos.
- Hipertensão e níveis altos de colesterol. Estes dois podem fazer com que haja diminuição de fluidez de circulação do sangue, assim diminuindo a circulação de sangue até aos órgãos de produção de hormonas sexuais.
- Idade. É um facto que depois dos 40 a testosterona desce cerca de 1% por ano. Não podemos fazer muito acerca disso. No entanto podemos tentar manipular a testosterona de outras maneiras.
- Dietas Low fat. O consumo de poucas gorduras provoca o aumento de SHGB, o que significa uma coisa – menos testosterona livre. É considerado que gorduras monosaturadas tem um papel importante nos níveis de testosterona e na sua disponibilidade,
- Overtraining pode contribuir para quebras até 40% nos níveis de testo. É por isso que é importante que se repare nos primeiros indícios de overtraining e dar ao corpo uma semana ou duas de merecido descanso.
- Falta de descanso/sono. Se não estás a dormir o suficiente o corpo não recupera bem, o que causa menos testosterona e mais corticosteroides a serem libertados. Só para mencionar corticosteroides como o cortisol são de facto hormonas catabólicas o que significa que usam massa muscular para dar energia ao cérebro e coração. A Vitamina C. Ela suprime a libertação do cortisol. Cortisol faz baixar os níveis de testo. Logo se houver menos cortisol, mais testosterona.
2. Como elevar os níveis de testosterona
- Incorporar movimentos básicos que envolvem vários grupos musculares na tua rotina de treino. Os melhores serão agachamento, peso morto e prensa militar. Os exercícios básicos (compostos) mostraram um papel importante nos níveis de testosterona.
- O melhor treino relativa á produção de testosterona ocorre com pesos muito pesados e poucas repetições, estudos mostram que o melhor é utilizar 85% da tua repetição máxima (RM).
- Tribulus terrestris é um suplemento natural, que mostrou em alguns estudos ter a capacidade de aumentar os níveis da hormona luteinizante (LH). Como mencionado acima, uma das funções da LH é estimular a produção de testosterona.
3. Bloquear os efeitos de ligação á testosterona do SHGB
- Raiz de urtiga num extracto concentrado mostrou ser efectiva em se ligar ao SHGB e assim permitir mais testosterona livre. Actua também como inibidor da 5-alfa-reductase. Esta é a enzima, responsável pela conversão da testosterona em DHT (dihidrotestosterona), uma forma mais potente da hormona sexual masculina, que causa hiperplasia da próstata e pode acabar em cancro. O extracto de urtiga pode mesmo baixar os níveis de SHGB, que é outra forma de aumentar a testosterona livre.
- Pygeum (prunus africana) é uma outra erva conhecida como ameixoeira Africana, conhecida pela sua acção como bloqueadora dos efeitos da ligação da testosterona ao SHGB. Extractos de Raiz de urtiga e Ameixoeira Africana são também benéficos no tratamento de hiperplasia benigna da próstata ambos por bloquear a 5-alfa-reductase.
- Avena Sativa é um extracto da aveia. Funciona libertando a testosterona ligada, que aumenta a testosterona em circulação.
4. Diminuindo os níveis de aromatização
- Zinco. O mineral Zinco inibe a enzima aromatizante que converte a testosterona em excesso de estrogéneo. A dose recomendada para inibir a aromatização é 80mg diários. Assim, ter em atenção há quantidade de zinco utilizada em todos os suplementos que estás a tomar para não ires além desta quantidade.
- Crisina é um bioflavonóide que mostrou ser um potente inibidor de aromatização. A crisina é muito pouco absorvida no nosso sistema. Descobriu-se que quando tomada com Piperina, a crisina mostra uma muito melhor absorção. suplementação com crisina e peperina provavelmente trarão bons resultados na redução dos níveis de aromatização.
Como é que tudo isto se aplica no desporto natural do culturismo?
Vamos assumir que és um individuo que faz exercício regularmente e que consideras não tomar esteróides anabolizantes de forma a adicionar testosterona exógena. Com outras palavras és um atleta “natural” ou um entusiasta deste desporto, que deseja manter os seus níveis naturais de testosterona no máximo, mantendo a boa saúde e aumento de massa magra.
Aqui está o que podes fazer:
  • Se estás com peso a mais começa a pensar uma dieta e uma rotina de treino imediatamente, de modo a perder o máximo de gordura mantendo o mais possível a massa muscular.
  • Considera também reduzir a ingestão de álcool a um mínimo absoluto, se queres que os teus esforços para manter a testosterona elevada não sejam em vão.
  • Começa a treinar técnicas de relaxamento e auto-controlo. Isto fará com que o excesso de níveis de stress não interfiram na tua vida.
  • Toma medicação apenas se forem absolutamente essenciais para a tua saúde e quando prescritos por um medico. Falar com alguém especializado de modo a saber se é possível substituir a medicação que usas por algum tratamento com suplementos naturais.
  • Mantém a tua pressão arterial controlada e o Colesterol também.
  • Come gorduras saudáveis em quantidade suficiente na tua dieta. Gorduras boas significam as monosaturadas e ómega-3 e ómega-6 polisaturadas.
  • Não treines demais. Dorme o suficiente para conseguires recuperar. Sinais de OVT (overtraining) são perda de apetite, cansaço, irritabilidade, falta de motivação, dificuldade de concentração, períodos de recuperação muito longos..
  • Começa a apostar nos exercícios básicos. Treina com poucas repetições normalmente entre 5-8 repetições serão suficientes para elevar a testosterona (com um peso bem pesado).
  • Só te fará bem se decidires experimentar estes produtos naturais: mistura de crisina e peperina, extracto de urtiga, ameixoeira Africana (pygeum), extracto de avena sativa e tribulus terrestris. Sigam as indicações dos produtos para os melhores resultados.
  • E nunca deves sequer pensar em treinar sem suplementar a tua dieta com Vitamina C suficiente (pelo menos 1g dia) e Zinco (15mg mínimo). Toma a Vitamina C com o teu multivitamínico depois do pequeno almoço, e depois do treino na refeição sólida. O Zinco deve estar presente no teu multivitamínico mas não é suficiente em regra. Toma ZMA (zinco + magnésio + vit. B6) antes de ires para a cama de estômago vazio.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Café pode prevenir a cirrose

Fonte/ equipe Bem Estar
Saiba o que diz essa pesquisa feita nos estados Unidos.

Você , como a grande maioria dos brasileiros, tem o hábito de beber um cafezinho? Então aí vai uma boa notícia: tomar café com regularidade pode auxiliar na prevenção da cirrose hepática causada pela ingestão excessiva de álcool.

É o que revela um estudo feito nos Estados Unidos por pesquisadores da Associação Médica Americana. O teste foi feito com cerca de 125 mil pessoas entre os anos de 1978 e 1985 e mostrou que para cada xícara bebida por dia, o risco de desenvolver a cirrose cai em 22%.

A maior parte dos pesquisados, que ingeriam café regularmente, não apresentou qualquer tendência ao desenvolvimento da cirrose hepática. O consumo excessivo e prolongado de álcool é a causa mais comum desta doença.

Mas os médicos advertem que não adianta beber muito café para tentar “cortar” os efeitos do álcool no organismo. O cafezinho pode ajudar, mas para se ver realmente livre de qualquer possibilidade de desenvolver a doença, é necessário controlar o consumo de bebidas alcoólicas.

Por Marco de Cardoso

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