Por Luciana Galastri em 19.01.2011 as 23:24
hypescience.com Um problema misterioso que acometia alguns homens sempre foi um mistério para a medicina. Conhecido como Síndrome da Doença Pós-Orgásmica (ou POIS), fazia com que homens, após chegarem ao orgasmo, desenvolvessem sintomas de uma gripe – espirravam, ficavam com febre, o nariz soltava coriza e seus olhos ficavam com uma sensação de queimação – isso logo depois que ejaculavam. E os sintomas poderiam durar até uma semana.
Agora cientistas holandeses parecem ter achado a explicação para isso: esses caras seriam alérgicos ao próprio sêmen.
Mas se você já passou por isso, leitor, não se desespere, você não terá que fazer um voto de castidade. Os mesmos pesquisadores, da Universidade Utrecht, que descobriram a alergia afirmam que há um tratamento que pode amenizar esses sintomas.
Achava-se que a POIS era causada por problemas psicológicos nos homens, já que não havia nenhuma causa física aparente, e pacientes que sofriam com a síndrome se sentiam envergonhados de até mesmo comentar o assunto. E apesar de ser considerada uma doença desde 2002, a POIS é desconhecida até mesmo por grande parte dos médicos.
Até agora considera-se um problema raro, mas é preciso levar em conta que, por se sentirem envergonhados, muitos homens não admitem sofrerem os sintomas da POIS aos seus médicos, então certamente o número de pacientes é maior do que o registrado.
Os pesquisadores, que analisaram 45 homens que, comprovadamente, tinham POIS, constataram que se os pacientes tinham relações mas não chegavam a ejacular os sintomas não apareciam. No entanto, assim que tinham contato “exterior” com o sêmen, os clássicos sintomas de gripe se faziam presentes.
Os pacientes, então, passaram por testes de alergia – o sêmen de cada um era diluído e depois aplicado na pele de seu dono. Em 88% dos casos, a pele mostrou reações alérgicas, provando que o sêmen era o causador dos problemas.
Então os cientistas resolveram tratar dois desses pacientes usando uma terapia conhecida como hiposensibilização – os pacientes são expostos àquilo que lhes causa a alergia e essa exposição contínua reduz os sintomas. E ambos os pacientes apresentaram uma redução significativa dos sintomas. A má notícia é que o tratamento é demorado e pode levar até cinco anos. [Reuters]
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