Colonoscopia é a melhor forma de detectar o problema e evitar complicações
Os pólipos intestinais são lesões semelhantes a verrugas que surgem no cólon (intestino grosso). Tais lesões surgem a partir da proliferação desordenada de células do próprio cólon. Existem diversos tipos de lesões que podem se manifestar como pólipos, sendo estes classificados como neoplásicos (adenomas) ou não-neoplásicos (hiperplásicos, inflamatórios ou hamartomas).
Os adenomas são consideradas lesões "pré-câncer", sendo possível detectar no material colhido na biópsia um crescente grau de displasia (transformação) em direção ao adenocarcinoma, tipo mais comum de câncer de cólon. Em geral, o surgimento dessas lesões antecede em 10 ou 15 anos o aparecimento da lesão maligna.
A maioria dos pacientes com pólipos são assintomáticos, ou seja, não apresentam nenhum sintoma, e descobrem o problema com um exame de rastreamento, como a colonoscopia. O aspecto macroscópico de um adenoma é indistinguível daqueles pólipos não-neoplásicos (não cancerígenos), sendo que todos aqueles encontrados em uma colonoscopia deverão ser retirados para serem analisados por um patologista.
É possível prevenir
O câncer colorretal preenche alguns critérios que o torna o protótipo ideal de um câncer prevenível por exames de rastreamento: a doença tem uma alta incidência, é altamente curável se diagnosticada precocemente e possui lesões pré-câncer com um longo tempo até se tornar invasiva.
Dentre os exames que se mostraram eficazes no rastreamento do câncer colorretal, a colonoscopia se mostra útil não só como ferramenta diagnóstica, mas também terapêutica, retirando pólipos no mesmo procedimento. A colonoscopia é recomendada a partir dos 50 anos na população geral, sendo que o intervalo até o próximo exame varia conforme seus achados, sendo de 10 anos naqueles com o exame normal.
A importância do diagnóstico precoce está em encerrar já no início o longo processo que leva a formação de um tumor invasivo a partir de um adenoma ou ainda de fazer o diagnóstico do adenocarcinoma ainda em estágios iniciais, quando há maior chance de cura.
fonte:minhavida.com.br
Dr. Tiago Biachi de Castria
Oncologia - CRM 141396/SP
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