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Esses são alguns dos dados apontados na pesquisa do Datafolha Saúde masculina: o homem e o câncer de próstata, encomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), com o apoio da AstraZeneca, e divulgada nesta terça-feira (17), Dia Nacional de Combate ao Câncer de Próstata. O levantamento foi feito com 1.061 homens de 10 capitais brasileiras (Belo Horizonte, Belém, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo) e Distrito Federal, no período de 2 a 7 de outubro de 2009.
A pesquisa apontou que 56% dos homens já fizeram algum dos exames preventivos do tumor da próstata. Segundo o presidente da SBU José Carlos de Almeida, a pesquisa mostra que o preconceito ainda é grande em relação ao exame de toque e que os homens preferem fazer o exame de sangue. "Mas é preciso ressaltar que os dois são complementares no diagnóstico do câncer de próstata e um não substitui o outro. Em até 20% dos casos, o exame de sangue pode ser normal em uma pessoa com câncer", alerta o médico.
De acordo com a pesquisa, 99% dos homens já ouviram falar sobre o câncer de próstata, porém 39% desconhecem os sintomas da doença, presentes somente quando o o tumor já está em estágio avançado.
Quanto mais escolarizado e de classe econômica mais alta, aponta o levantamento, maior é o cuidado com a saúde: 79% dos homens com nível universitário já foram ao urologista, enquanto 46% dos que têm ensino fundamental foram ao especialista. Homens das capitais do Sudeste são os que mais vão ao urologista (62%), enquanto os das capitais do Norte são os que menos vão (36%).
Cerca de 74% dos homens entrevistados das classes D/E nunca fizeram exame de PSA para detectar o câncer de próstata. Em relação ao exame de toque, o índice sobe para 84%. Já nas classes A/B a taxa foi de 60% para o PSA e 42% para o exame de toque.
A maioria dos homens (77%) concorda totalmente que “os homens não fazem exame de toque retal por preconceito”, contra 54% que percebem que “os homens têm medo do exame”. Mas ao falar de si, os resultados são diferentes: apenas 8% admitem preconceito em relação ao toque, enquanto 13% afirmam descuido, preguiça, relaxo e falta de tempo, e 15% alegam falta de sintomas.
Insistência da mulher
A pesquisa mostrou ainda que a principal fonte de informação sobre a saúde dos homens é a TV (50%), principalmente a TV aberta, enquanto 29% buscam informações com médicos em postos de saúde e 28% em jornal impresso.
A família e os amigos também têm influência: 80% acreditam que os homens vão ao médico por insistência de parentes e amigos. Para os entrevistados, a esposa ou a companheira (66%) é a que mais influencia na procura por um médico para prevenir e tratar o câncer de próstata.
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