Todas as mães saudáveis são capazes de amamentar. Quantas vezes você não ouviu essa frase, antes mesmo de engravidar? E, também, que o leite materno é o melhor (e único) alimento que o bebê precisa até os seis meses de vida. Mas, por mais que tente, seu filho parece continuar com fome depois das mamadas, fazendo intervalos sempre menores. E quando a mamãe fica sem leite? Isso pode acontecer?
Acontece, sim. Na maioria dos casos, por medo, ansiedade, cansaço e outros fatores emocionais, a produção do leite diminui, sendo insuficiente para satisfazer o neném. Ele chora, fica irritado e a mamãe, cada vez mais aflita. Até que não consegue mais amamentar.
Linha de produção
A partir do quinto mês de gestação, o corpo começa a produzir o colostro (substância rica em nutrientes e anticorpos), que vai alimentar seu filho logo após o nascimento e até mais ou menos o terceiro dia de vida. É quando, em geral, o leite materno desce, estimulado pela queda no nível da progesterona, que acontece depois do parto, com a saída da placenta. Agora, o que vai determinar o maior ou menor volume de leite são as mamadas do bebê: quanto mais ele mama, mais leite você terá. Isso porque a sucção aumenta a produção de ocitocina - o hormônio que estimula a descida do leite.
Já a capacidade de armazenamento do leite (não da produção) varia entre as mulheres e mesmo entre um seio e outro, sendo proporcional ao tamanho deste. E costuma ser determinante na freqüência das mamadas.
Inimigos do leite
A autoconfiança, a segurança e serenidade funcionam como estímulos ao sucesso do aleitamento. Já o estresse, o medo e a ansiedade, relacionados diretamente com a liberação de mais adrenalina na corrente sangüínea, bloqueiam a ação do hormônio responsável pela secreção do leite. Muitas vezes, a mulher não consegue amamentar, mesmo estando com as mamas repletas de leite. Neste caso, a dor e o desconforto tornam ainda mais difícil o processo.
Um dos medos mais comuns é o de que o leite possa acabar. Aí, para economizar a mãe reduz o número de mamadas. E, conseqüentemente, a produção diminui. Pode diminuir, também, quando o bebê não pega direito o mamilo, sugando menos do que sua mãe tem a oferecer. Ou se, por preguiça, a mulher não amamenta durante a noite. Tudo isso causa o entupimento dos dutos mamários e o empedramento do leite.
O bebê não mamou o suficiente quando
Você percebe que ele chora muito; quer mamar em intervalos pequenos; faz mamadas muito longas; não ganha peso adequadamente (- de 20 g por dia); faz pouco xixi (menos que seis vezes ao dia); faz pouco coco e as fezes são secas e duras; apresenta sinais clínicos de desidratação.
Não confunda
Nem sempre ele não atinge o peso esperado para a idade porque o leite é insuficiente, mas porque há algo errado no aleitamento. Para tirar a dúvida, consulte o pediatra. Acompanhando a curva de peso, ele poderá decidir se o bebê necessita de complemento. Antes, porém, pedirá que a mãe amamente no consultório. Para observar se a posição está correta, se a criança abocanha direito, se o tempo da mamada é o bastante, etc. Algumas não conseguem sugar direito e, por isso, mamam menos leite do que deveriam. Desta forma, estimulam pouco a produção pela mamãe. Resultado: não ficam satisfeitas e a oferta é cada vez menor também.
Atenção!
Antes de concluir que seu filho chora muito porque tem fome, observe se não está sentindo cólica, frio, calor ou qualquer outro tipo de desconforto, como fraldas sujas, por exemplo.
O que impede (mesmo) a amamentação
Bebês com fissura lábio-palatina (lábio leporino) e/ou freio de língua curto ou que sofreram asfixia neonatal.
Crianças com síndrome de Down, disfunções neuromusculares ou algumas doenças do sistema nervoso central.
Se a mulher sofre de hipotireoidismo, diabetes não tratado, alguns tumores, deficiências endócrinas, uso de determinados medicamentos.
Cirurgias de mamas (aumento ou restrição) podem reduzir a síntese do leite, assim como o fumo.
O que não fazer
Ouvir a opinião das amigas antes de conversar com o pediatra pode não ser a melhor solução quando o assunto é a saúde do bebê. As experiências são individuais e o que funcionou para uma, não necessariamente, será o melhor para você. Também, e de forma alguma, comece a oferecer complementos alimentares sem a liberação do médico. Isso só vai apressar o desmame e, com isso, seu filho perderá todos os benefícios que somente o leite materno oferece.
O que fazer
• Massagear a região em torno do bico do seio, imitando o movimento de sucção do neném.
• Aumentar a freqüência das mamadas, desde que a criança aceite. Evite forçar, se ela não quiser mais.
• Deixar seu filho mamar pelo tempo necessário para esvaziar as mamas.
• Se perceber que ele está sonolento e não suga vigorosamente, experimente trocar de seio e, depois, voltar ao anterior, até esvaziar os dois.
• Alimentar-se bem, seguindo uma dieta balanceada. • Ingerir líquidos em quantidade suficiente (pelo menos três litros ao dia) e manter-se, o mais que possível tranqüila e descansada.
Consultoria: Dr. Paulo Roberto Lopes, pediatra. Médico da Unidade Materno-Infantil do Hospital dos Servidores/RJ
Acontece, sim. Na maioria dos casos, por medo, ansiedade, cansaço e outros fatores emocionais, a produção do leite diminui, sendo insuficiente para satisfazer o neném. Ele chora, fica irritado e a mamãe, cada vez mais aflita. Até que não consegue mais amamentar.
Linha de produção
A partir do quinto mês de gestação, o corpo começa a produzir o colostro (substância rica em nutrientes e anticorpos), que vai alimentar seu filho logo após o nascimento e até mais ou menos o terceiro dia de vida. É quando, em geral, o leite materno desce, estimulado pela queda no nível da progesterona, que acontece depois do parto, com a saída da placenta. Agora, o que vai determinar o maior ou menor volume de leite são as mamadas do bebê: quanto mais ele mama, mais leite você terá. Isso porque a sucção aumenta a produção de ocitocina - o hormônio que estimula a descida do leite.
Já a capacidade de armazenamento do leite (não da produção) varia entre as mulheres e mesmo entre um seio e outro, sendo proporcional ao tamanho deste. E costuma ser determinante na freqüência das mamadas.
Inimigos do leite
A autoconfiança, a segurança e serenidade funcionam como estímulos ao sucesso do aleitamento. Já o estresse, o medo e a ansiedade, relacionados diretamente com a liberação de mais adrenalina na corrente sangüínea, bloqueiam a ação do hormônio responsável pela secreção do leite. Muitas vezes, a mulher não consegue amamentar, mesmo estando com as mamas repletas de leite. Neste caso, a dor e o desconforto tornam ainda mais difícil o processo.
Um dos medos mais comuns é o de que o leite possa acabar. Aí, para economizar a mãe reduz o número de mamadas. E, conseqüentemente, a produção diminui. Pode diminuir, também, quando o bebê não pega direito o mamilo, sugando menos do que sua mãe tem a oferecer. Ou se, por preguiça, a mulher não amamenta durante a noite. Tudo isso causa o entupimento dos dutos mamários e o empedramento do leite.
O bebê não mamou o suficiente quando
Você percebe que ele chora muito; quer mamar em intervalos pequenos; faz mamadas muito longas; não ganha peso adequadamente (- de 20 g por dia); faz pouco xixi (menos que seis vezes ao dia); faz pouco coco e as fezes são secas e duras; apresenta sinais clínicos de desidratação.
Não confunda
Nem sempre ele não atinge o peso esperado para a idade porque o leite é insuficiente, mas porque há algo errado no aleitamento. Para tirar a dúvida, consulte o pediatra. Acompanhando a curva de peso, ele poderá decidir se o bebê necessita de complemento. Antes, porém, pedirá que a mãe amamente no consultório. Para observar se a posição está correta, se a criança abocanha direito, se o tempo da mamada é o bastante, etc. Algumas não conseguem sugar direito e, por isso, mamam menos leite do que deveriam. Desta forma, estimulam pouco a produção pela mamãe. Resultado: não ficam satisfeitas e a oferta é cada vez menor também.
Atenção!
Antes de concluir que seu filho chora muito porque tem fome, observe se não está sentindo cólica, frio, calor ou qualquer outro tipo de desconforto, como fraldas sujas, por exemplo.
O que impede (mesmo) a amamentação
Bebês com fissura lábio-palatina (lábio leporino) e/ou freio de língua curto ou que sofreram asfixia neonatal.
Crianças com síndrome de Down, disfunções neuromusculares ou algumas doenças do sistema nervoso central.
Se a mulher sofre de hipotireoidismo, diabetes não tratado, alguns tumores, deficiências endócrinas, uso de determinados medicamentos.
Cirurgias de mamas (aumento ou restrição) podem reduzir a síntese do leite, assim como o fumo.
O que não fazer
Ouvir a opinião das amigas antes de conversar com o pediatra pode não ser a melhor solução quando o assunto é a saúde do bebê. As experiências são individuais e o que funcionou para uma, não necessariamente, será o melhor para você. Também, e de forma alguma, comece a oferecer complementos alimentares sem a liberação do médico. Isso só vai apressar o desmame e, com isso, seu filho perderá todos os benefícios que somente o leite materno oferece.
O que fazer
• Massagear a região em torno do bico do seio, imitando o movimento de sucção do neném.
• Aumentar a freqüência das mamadas, desde que a criança aceite. Evite forçar, se ela não quiser mais.
• Deixar seu filho mamar pelo tempo necessário para esvaziar as mamas.
• Se perceber que ele está sonolento e não suga vigorosamente, experimente trocar de seio e, depois, voltar ao anterior, até esvaziar os dois.
• Alimentar-se bem, seguindo uma dieta balanceada. • Ingerir líquidos em quantidade suficiente (pelo menos três litros ao dia) e manter-se, o mais que possível tranqüila e descansada.
Por:Regina Protasio
Consultoria: Dr. Paulo Roberto Lopes, pediatra. Médico da Unidade Materno-Infantil do Hospital dos Servidores/RJ
Fonte:blog Dr. Leonardo Messa http://drleonardomessa.blogspot.com/2010/03/pouco-leite-veja-por-que.html"
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