domingo, 22 de julho de 2012

Fibromialgia atinge cerca de 10% da população brasileira


A Fibromialgia é uma forma de reumatismo associada à sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso. É considerada uma síndrome porque engloba uma série de manifestações clínicas como b, fadiga, indisposição e distúrbios do sono.

Não existem exames que por si só confirmem o diagnóstico. Por isso, a experiência clínica do profissional que avalia o paciente com Fibromialgia é fundamental para o sucesso do tratamento.

“No Brasil, alguns trabalhos falam em uma prevalência da doença em torno de 10% da população, com maior freqüente no sexo feminino, que corresponde a 80% dos casos”, diz o reumatologista, Dr. Carmo de Freitas, que há 46 anos atua na área.
Segundo o médico, hormônios e substâncias que participam na transmissão da dor estão diretamente relacionados com a Fibromialgia. “A comunicação entre as diversas partes do cérebro é feita através de pequenas, mas importantes moléculas chamadas neurotransmissores. Elas são fundamentais na coordenação dos movimentos, na memória, no raciocínio, mas também no humor e no controle da dor”, explica Dr. Carmo de Freitas.

Uma dessas moléculas é a serotonina, que tem um importante papel na regulação do humor e da depressão. “Quando o seu nível está baixo nos centros cerebrais, é possível aumentá-los através de medicamentos, que têm um efeito terapêutico positivo e melhoram muito a qualidade de vida do paciente com Fibromialgia”, afirma o médico.

Outro neurotransmissor que tem importante papel no funcionamento cerebral do dia-a-dia, em especial, no controle das dores, é a Noradrenalina. “Quando algum estímulo doloroso atinge o nosso corpo, os níveis de Noradrenalina sobem para diminuir a intensidade da dor sentida”, explica o reumatologista, que é membro titular da Sociedade Brasileira de Reumatologia. Dessa forma, Serotonina e Noradrenalina, juntas, são a base de um sistema químico que ajuda no controle de dor. Pacientes com Fibromialgia possuem níveis diminuídos desses dois neurotransmissores.

É o caso de Veriana Freire, que há quatro anos convive com os sintomas da doença. “Já passei por vários especialistas e nenhum deles me apresentou um diagnóstico completo como o Dr. Carmo”, conta a costureira de 32 anos que, agora, volta a ter esperanças em função do novo tratamento que inicia.

A vez da Dopamina

Mais recentemente, um terceiro neurotransmissor tem sido alvo de pesquisas para tratamento da Fibromialgia. É a Dopamina, molécula bem conhecida pelos neurologistas, pois é a sua falta no cérebro que causa o Mal de Parkinson.
Estudos novos mostram que doses maiores de medicações contendo Dopamina podem ser úteis também na Fibromialgia.

Por Lais
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