As consequências da flutuação do peso podem ser ainda mais severas para quem já sofre com disfunções no coração
(Alex Silva/A2 Estúdio)
Pesquisadores do Centro de Pesquisa Clínica Cardiovascular, em Nova York, nos Estados Unidos, descobriram um ótimo motivo para manter o número da balança estável. Eles apontaram que portadores da doença arterial coronariana (DAC) que passaram por muitas variações de peso têm risco aumentado de derrame, ataque cardíaco e morte prematura.
A tal DAC é caracterizada pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias, o que faz com que o fornecimento de sangue para o coração fique comprometido. No Brasil, são 2 milhões de novos casos por ano.
Mais de 9 500 pessoas com o distúrbio foram analisadas no estudo, todas com idade entre 35 e 75 anos. Além disso, os participantes possuíam colesterol elevado e histórico de problemas cardiovasculares. Eles foram examinados 12 vezes durante quase cinco anos para, entre outras coisas, checar flutuações do peso.
Depois que os especialistas ajustaram outros fatores de risco, chegaram à conclusão que o grupo com maior variação na forma física tinha um risco 117% maior de sofrer um ataque cardíaco, 136% maior de ter um derrame e 124% maior de morrer ao longo do experimento. Não é pouca coisa.
“É importante perder peso. Mas os dados mostram que você tem que mantê-lo também”, disse Sripal Bangalore, autor da investigação, em entrevista ao jornal The New York Times. “Muitas vezes as pessoas ficam motivadas até emagrecerem, e aí sentem que podem relaxar. Talvez essa nova informação possa ser usada como estímulo”, completa. É claro que pequenas oscilações são até naturais. Contudo, o vaivém excessivo de fato deve ser evitado.
Por Ana Luísa Moraes
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