Segundo um novo estudo, uma terapia com feixes de prótons é segura e eficaz, podendo ser superior a outros tratamentos mais convencionais na fase inicial do câncer de pulmão de células não-pequenas (CPCNP) inoperável.
A terapia com feixe de prótons é um tipo especializado de teleterapia que utiliza feixes de radiação focados para atingir um tumor bem definido. Para administrar a dose de radiação com uma precisão extrema, a terapia se baseia em imagens detalhadas, planejamento informatizado e tridimensional, e configuração exata.
O câncer de pulmão é a causa número um de morte por câncer entre homens e mulheres. O tratamento padrão para estágios iniciais de câncer de pulmão é uma cirurgia para remover todo ou parte do pulmão. Porém, o tratamento padrão para os pacientes com câncer de pulmão inoperável é a radiação.
Assim, pesquisadores japoneses procuraram determinar se a terapia com feixe de prótons era uma boa opção de tratamento para pacientes com CPCNP inoperável, sendo que as outras terapias são a radiação convencional e a radioterapia estereotáxica.
Os pacientes foram tratados com a terapia de feixe de prótons de novembro de 2001 a julho de 2008, com diferentes doses dadas aos tumores localizados perifericamente e os tumores localizados centralmente. Os dois anos de sobrevivência para essas doses foram de 88,7 e 97%, respectivamente. A taxa de sobrevivência para a radioterapia estereotáxica foi de 54,7% em dois anos, e as taxas de sobrevivência para a radiação convencional variou de 6 a 31,4% em cinco anos.
Os pesquisadores chegaram à conclusão que a terapia com feixes de prótons é segura e eficaz, se não superior a outras modalidades não-cirúrgicas de tratamento de pacientes no estágio inicial de CPCNP inoperável. Porém, mais pesquisas e ensaios clínicos que comparem a terapia de feixes de prótons com a radioterapia estereotáxica são necessários para esclarecer os benefícios de sobrevivência. [ScienceDaily]
por Natasha Romanzoti
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