Várias pessoas que se submeteram ao tratamento de transplante de células tronco conseguiram sobreviver sem injeções de insulina por até dois anos e meio. Depois o tratamento tradicional teve que ser retomado.
A técnica foi usada em 23 pessoas até agora – diagnosticadas com o tipo 1 de diabetes.
Após o transplante de células-tronco, 20 dos 23 pacientes tornaram-se livres da insulina por, pelo menos, alguns meses ou anos. A média foi de 31 meses.
E, apesar do que pode parecer, essa não é uma pesquisa (pelo menos não completamente) estrangeira. Todos os transplantes foram feitos em um hospital brasileiro.
De acordo com Richar Burt, um dos pesquisadores, os resultados são muito encorajadores. “Mas é necessário um estudo maior. Eu nunca disse a palavra ‘cura’ relacionada a diabetes, mas temos que esperar para ver os resultados no final das pesquisas” explica Burt.
Há aqueles que não aprovam o tratamento. Como o Dr. Mohamed El-Shahawy, um nefrologista, que afirma que o tratamento é muito arriscado. “Os pacientes são expostos a um tipo de tratamento cuja eficácia não foi comprovada” afirma.
A afirmação do médico vem da possibilidade de que, quando é feito um transplante de células tronco da própria pessoa, o sistema imunológico dela possa ser “resetado”. Então o paciente precisa passar por quimioterapia. Mas, quando isso ocorre, o sistema pode fazer com que as células produtoras de insulina do pâncreas se regenerem e voltem a funcionar.
De acordo com Christopher D. Saudek, da Johns Hopkins University School of Medicine, em Baltimore, não há cura para a diabete 1 e nem para a diabete 2, mas isso não quer dizer que os pacientes não possam fazer uso das terapias disponíveis atualmente.
“Um grande nível de mortalidade e da redução da qualidade de vida dos pacientes pode ser evitado, se as pessoas se tratarem corretamente, mesmo com as terapias disponíveis atualmente” explica Saudek. “Os resultados dos transplantes realmente são intrigantes e merecem mais investigação” completa. [WSJ]
Um video sobre diabetes tipo 1 e remissão com terapia de células-tronco:
fonte:http://hypescience.com/
por Cezar Ribas
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