O comprimido, aprovado esta madrugada nos EUA, fica sujeito a medidas de segurança rigorosas
Desde os anos 90, o comprimido azul tem movimentado milhares de milhões de euros e há muito que a indústria farmacêutica anseia replicar o êxito para o sexo feminino. O Addyi, que se propõe aumentar a líbido das mulheres, especificamente na pré-menopausa, foi finalmente aprovado nos EUA, mas envolto em rigorosas medidas de segurança.
Os alertas começam logo na caixa: tensão arterial perigosamente baixa e demaios, sobretudo se o comprimido for combinado com álcool. Os mesmos problemas podem ocorrer se for tomado juntamente com outros medicamentos prescritos frequentemente, como os vulgares antifúngicos.
O plano de segurança elaborado pela autoridade norte-americana do medicamento, a FDA, dita ainda que os médicos só possam prescrever o Addyi, nome comercial do flibanserin, após um processo de certificação online que requer aconselhamento aos pacientes sobre os riscos do medicamento. Também os farmacêuticos vão precisar de certificação para vender o comprimido e terão de lembrar as pacientes de que não poderão ingerir álcool.
No comunicado com que anunciou a aprovação do Addyi, a FDA acrescenta ainda que a toma, diária, deverá ser interrompida se não houver efeitos positivos no desejo sexual no prazo de oito semanas.
O medicamento agora aprovado já tinha sido rejeitado duas vezes, um facto que tem sido usado pelos que se opõem ao fármaco, alegando os efeitos secundários possíveis, que incluem ainda náuseas e tonturas.
"Não é um medicamento que se toma uma hora antes de ter relações sexuais. Tem de se tomar durante semanas e meses até ver algum benefício", argumenta Leonore Tiefer, psicóloga e terapueta sexual que organizou, no mês passado, uma petição para pedir à FDA que chumbasse, mais uma vez, o medicamento.
Há muito que a indústria farmcêutica tentava criar um comprimido para a falta de desejo sexual feminino, tentando influenciar desde corrente sanguínea ao sistema hormonal, mas sem sucesso. O flibanserin é o primeiro que atua diretamente no cérebro.
Às farmácias norte-americanas, o Addyi deverá chegar em meados de outubro, não havendo data prevista de introdução no mercado nacional.
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