De acordo com um recente estudo norueguês publicado no British Journal of Sports Medicine feito na cidade de Oslo, capital da Noruega, onde o consumo de gorduras animais e o tabagismo são fatores de risco bem presentes, demonstrou que a atividade física regular, durante seis dias na semana, e na intensidade moderada ou superior, trouxe enorme benefício ao praticante.
Neste estudo, homens entre 60 e 70 anos, que rotineiramente faziam 30 minutos de exercícios por dia, durante seis dias por semana, diminuíram em 40% o risco de morrer, durante um período de acompanhamento de 12 anos, em comparação aos homens que eram sedentários. Mesmo pessoas ativas com idade superior a 73 anos viveram mais que os inativos fisicamente.
De acordo com o cardiologista e médico do esporte do HCor – Hospital do Coração, em São Paulo, Nabil Ghorayeb, o exercício foi tão benéfico entre os homens nesse estudo que os seus efeitos foram semelhantes com o de parar de fumar. As estratégias de saúde pública para idosos devem aumentar a atividade física, tanto quanto reduzir o comportamento de fumar.
O estudo começou com um check-up em 1.973, com 15 mil homens, que incluiu uma avaliação de peso, altura, colesterol, pressão arterial, tabagismo e quanto eles exercitavam por semana. Uma análise que começou no ano de 2.000 avaliou cerca de seis mil dos 15 mil homens sobreviventes, e isso resultou em novas descobertas. Foram repetidos exames e questionário, nos quais mantiveram a monitoração nos 12 anos seguintes.
Uma pequena quantidade de exercício (menos de uma hora por semana) de atividade física leve, não foi associada com o aumento da esperança de vida durante o estudo. Mas, em comparação com os homens sedentários, os homens que se exercitavam mais de uma hora por semana tinham 32% a 56% menos risco de morrer, dependendo de outros fatores.
“Homens com hábito de exercício diário com intensidades moderada a vigorosa viveram, em média, cinco anos mais do que os sedentários, mesmo quando foram controlados os riscos de doenças que aumentam com a idade, incluindo doenças cardíacas e acidente vascular cerebral. Ao todo, os homens que se exercitavam 30 minutos por dia durante seis dias por semana viveram mais tempo, independente do fato do exercício ser leve ou vigoroso”, esclarece Dr. Ghorayeb.
A importância da atividade física na terceira idade:
Adotar um estilo de vida sedentário pode fazer com que os idosos tenham perdas em quatro áreas importantes como a força, resistência, equilíbrio e flexibilidade. Pesquisas sugerem que exercícios físicos podem ajudar os idosos a manter ou restaurar parcialmente essas quatro áreas.
“Envelhecer não significa que a pessoa deva perder a habilidade de fazer tarefas diárias. Exercícios físicos ajudam os idosos a sentirem-se melhores até para aqueles que se acham fora de forma. Melhorar a força e resistência torna mais fácil subir escadas e carregar objetos e a melhoria no equilíbrio ajuda a prevenir quedas. Se o idoso fizer dos exercícios físicos parte de sua rotina diária, eles terão impacto positivo na qualidade de vida à medida que envelhece”, aponta Dr. Ghorayeb.
Segundo o médico do esporte do HCor, o envelhecimento fisiológico não acompanha necessariamente a idade cronológica, pois isto varia de pessoa para pessoa, levando em conta muitos fatores, mas principalmente o estilo de vida de cada um.
“Há pessoas de 60 anos com um condicionamento físico e qualidade de vida melhor do que algumas de 30 anos. O sedentarismo é, sem dúvida, um poderoso inimigo para quem deseja uma vida saudável. E o exercício físico também pode ajudar na manutenção e na melhora da memória, já que pela repetição e dificuldade na realização dos movimentos exigidos trabalha-se a concentração, atenção, raciocínio e o aprendizado motor”, finaliza o especialista do HCor.
Benefícios dos exercícios para os idosos:
Autonomia e bem-estar;
Aumento da massa muscular e óssea;
Redução adiposa;
Estimulo ao metabolismo;
Combate ao processo inflamatório;
Melhora das capacidades funcionais;
Bem-estar físico e psicológico;
Estimula aspectos cognitivos (atenção, memoria e percepção);
Redução de doença.
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