O governo anunciou a ampliação do público alvo de 6 vacinas: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, meningocócica C e hepatite A
O governo anunciou a ampliação do público alvo de 6 vacinas válidas já para estes ano. As alterações têm como objetivo aumentar a proteção de crianças, ampliar a imunidade de adolescentes e diminuir a circulação de doenças na população. (iStock/Getty Images)
O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira algumas mudanças válidas para o calendário de vacinação deste ano. Houve ampliação do público alvo de seis vacinas: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, meningocócica C e hepatite A. As alterações têm como objetivo aumentar a proteção de crianças, garantindo elevada cobertura vacinal, além de ampliar a imunidade de adolescentes e diminuir a circulação de doenças na população.
“Não adianta a vacina estar disponível no posto de saúde. É necessário que pelo menos 95% das crianças do município recebam a dose”, destacou Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações.
Entre os adultos, a meta é manter a eliminação do sarampo e da rubéola e diminuir o número de casos de caxumba e coqueluche.
Ampliação do público alvo
A vacina contra hepatite A passa a ser disponibilizada para crianças até 5 anos. Antes, a idade máxima era 2 anos. Segundo o ministério, a imunização é considerada altamente eficaz, com taxas de soroconversão de 94% a 100%.
Já a tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) será administrada dos 15 meses até quatro anos de idade. Antes da mudança, a vacina só era oferecida para crianças com, no máximo, dois anos de idade. A recomendação é uma primeira dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) aos 12 meses e uma segunda dose da tetra viral aos 15 meses.
A partir deste ano a vacina contra o papilomavírus humano (HPV), será ofertada também para meninos. Desde 2014, a dose é oferecida a meninas de 9 a 13 anos. Este ano, além dos meninos, a vacina será oferecida a homens que vivem com HIV e aids entre 9 e 26 anos e para imunodeprimidos, como transplantados e pacientes oncológicos.
A vacina meningocócica C passa a ser disponibilizada para adolescentes de 12 e 13 anos. A faixa etária será ampliada gradativamente até 2020, quando serão incluídos crianças e adolescentes de 9 a 13 anos. O esquema vacinal será de um reforço ou uma dose única, conforme situação vacinal.
Também há mudança na aplicação da vacina dTpa adulto (difteria, tétano e coqueluche) que passa a ser recomendada para as gestantes a partir da 20ª semana. As mulheres que perderam a oportunidade de se vacinar durante a gravidez devem receber a dose durante o puerpério (até 40 dias após o parto). A medida busca garantir que os bebês já nasçam protegidos contra a coqueluche por conta de anticorpos transferidos pela mãe ao feto frente a gestação.
Ainda a partir deste ano, pessoas de 20 a 29 anos receberão a segunda dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) . Anteriormente, o reforço era aplicado apenas em pessoas com até 19 anos. A mudança leva em consideração surtos de caxumba registrados nos últimos anos no país, sobretudo entre adolescentes e adultos jovens. As duas doses passam a ser indicadas para pessoas de 12 meses a 29 anos. Para adultos de 30 a 49 anos, permanece a indicação de apenas uma dose.
Economia
De acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, as alterações só foram possíveis em razão de uma economia de 66,5 milhões de reais obtida a partir da negociação de três vacinas: hepatite B, HPV e dTpa.
Calendário
Atualmente, são ofertadas gratuitamente via Sistema Único de Saúde (SUS) 19 vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde.
(Com Agência Brasil)
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