Abby Solomon, de 21 anos, nunca sentiu fome devido a uma doença rara. Sua condição pode ajudar na busca de uma 'cura' para a obesidade
Abby Solomon nasceu com síndrome progeroide neonatal. condição deforma olhos e nariz, provoca o envelhecimento precoce e inibe a produção de asprosin, hormônio que regula o açúcar no sangue e desempenha um papel importante no estímulo do apetite. (Facebook/Reprodução)
Já imaginou não sentir fome? Esse, que é o desejo de muitas pessoas, é a realidade de Abby Solomon. Desde quando nasceu, a americana de 21 anos sofre de uma doença rara que faz com que ela praticamente não sinta fome. Ou melhor, embora sinta, sacia-se após poucas mordidas. Sua condição, uma mutação no gene FBN1 que afeta uma em um bilhão de pessoas, faz com que, uma hora após comer algo, ela já esteja morrendo de fome. Por isso, sua bolsa está sempre cheia de comida.
“Minha vida basicamente gira em torno da comida”, disse Abby à rede americana CBS News.
Embora sempre carregue comida, Abby ingere menos da metade da quantidade de calorias necessárias para uma pessoa de sua idade e como se satisfaz após poucas mordidas, ela se alimenta o necessário apenas para não desmaiar. Sua condição é conhecida como síndrome progeroide neonatal. A condição deforma olhos e nariz, provoca o envelhecimento precoce e inibe a produção de asprosin, hormônio que regula o açúcar no sangue e desempenha um papel importante no estímulo do apetite.
Como a mutação causa o envelhecimento precoce, a jovem é um dos raros casos de pessoas com a síndrome que conseguiram sobreviver até a idade adulta. Mas, quando questionada se gostaria que seu gene defeituoso fosse consertado, ela afirmou, sem hesitar, ao jornal americano The New York Times que “não mudaria por nada nesse mundo”.
Esperança contra a obesidade
Apesar das terríveis consequências da doença para seus portadores, a síndrome é uma esperança para a busca de uma ‘cura‘ para a obesidade. Atul Chopra, geneticista na Escola Baylor de Medicina em Houston, nos Estados Unidos, está trabalhando no desenvolvimento de um anticorpo projetado para desligar o efeito do aprosin no corpo. Para isso, o especialista analisou o DNA de Abby e replicou sua condição em ratos.
“A esperança aqui seria injetar anticorpos contra o asprosin em diabeticos obesos e, se isso funcionar tão bem quanto funciona em rato, nós temos uma importante descoberta que irá mudar a forma como tratamos a obesidade.”, disse Chopra à rede
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