A nova terapia usa laser associado a um medicamento para eliminar os tumores, sem causar os severos efeitos colaterais de terapias tradicionais
Idoso em consulta médica (iStock/Getty Images)
Cerca de 20% dos tumores malignos da próstata apresentam comportamento indolente e crescem lentamente, sem impor riscos imediatos aos pacientes atingidos. Esses casos podem ser apenas acompanhados com exames periódicos e em torno de 50% nunca precisam ser tratados. Na outra metade, realiza-se cirurgia ou radioterapia porque os pacientes sentem-se inseguros ou por indícios de piora da doença.
Recentemente, uma nova técnica de tratamento menos agressiva foi idealizada para os casos indolentes. Trata-se da chamada terapia fotodinâmica, que consiste em expor a próstata a feixes de laser após a injeção de uma substância chamada padelipofirna, que se fixa aos vasos sanguíneos do tumor. Como resultado, esses vasos se ocluem, interrompe-se o aporte local de sangue e ocorre a morte das células cancerígenas.
Num estudo inicial desenvolvido em 47 centros europeus, 513 pacientes foram sorteados para se submeter ao tratamento ou apenas realizar exames periódicos. Após dois anos, biópsias da próstata demonstraram ausência de câncer em, respectivamente, 49% e 14% dos pacientes tratados e não tratados. Efeitos adversos foram muito raros e a disfunção sexual, observada nos tratamentos tradicionais, ocorreu em apenas 1% dos casos.
Se esses resultados forem reafirmados, a terapêutica fotodinâmica se consagrará como uma opção bastante atraente para os casos de câncer indolente da próstata.
Por Miguel Srougi
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