RIO - Cientistas encontraram túmulos de 4.600 anos de idade na Alemanha, identificando o mais antigo registro genético de uma família no mundo. Em relato publicado na revista científica PNAS, os pesquisadores disseram que os ossos quebrados dessas pessoas da Idade da Pedra mostram que elas foram mortas violentamente.
Através de uma análise de DNA, os pesquisadores identificaram quatro corpos como sendo uma mãe, um pai e seus dois filhos, de 8 ou 9 anos e 4 ou 5 anos.
A descoberta corresponde ao mais antigo registro genético molecular já identificado de uma família no mundo.
- Estamos certos mesmo, com base em evidências biológicas, não estamos supondo ou assumindo - disse Wolfgang Haak, do Centro Australiano para DNA Antigo, em Adelaide, que conduziu as análises de DNA.
O filho e a filha foram enterrados abraçados a seus pais. Ao todo, foram necontrados quatro jazigos que continham 13 corpos - oito de crianças de entre seis meses a 9 anos de idade, e cinco adultos de entre 25 a 60 anos.
" Eles tinham grandes buracos na cabeça, dedos e punhos quebrados "
- Ao estabelecer um vínculo genético entre dois adultos e duas crianças enterrados juntos em um mesmo túmulo, demonstramos a presença de uma unidade familiar clássica em um contexto pré-histórico na Europa central - explicou o arqueólogo Wolfgang Haak da Universidade de Adelaida, principal autor do estudo.
Em duas covas, o DNA estava bem preservado, o que permitiu comparações entre os códigos genéticos de seus ocupantes.
- Até onde sabemos, esta é a mais antiga amostra genética molecular de uma célula familiar - disse.
pesquisador afirmou ter ficado "tocado" na primeira vez que viu os corpos.
- Você sente um tipo de simpatia por eles, é uma coisa humana, alguém realmente deve ter tido cuidado com eles - diz o especialista.
- Normalmente deve-se ser cuidadoso em pesquisas arqueológicas para não permitir que os sentimentos nos deixe fazer julgamentos com base nas idéias modernas. Não sabemos o quão dura a vida deles era e se havia algum espaço para o amor.
Segundo os pesquisadores, o aspecto mais "apavorante" da descoberta foi identificar a causa da morte.
- Com certeza eles foram assassinados - diz Alistair Pike, da Universidade de Bristol. - Eles tinham grandes buracos na cabeça, dedos e punhos quebrados.
O que o pesquisador quis dizer com o fato de haver ou não espaço para o amor na vida dessa família pré-histórica?
ResponderExcluirOra,por mais dura que a vida seja,um ser humano sempre terá sentimentos,ele não é apenas uma criação que tem extintos,não importando a época em que viveram!
Estou de acordo com o fato de que,os pesquisadores devem tomar cuidado com a interferencia dos seus sentimentos para o caso de não deixar que isso influencie na formulação de hipóteses contemporaneas sobre a vida dessas pessoas,mas uma coisa é eu querer estudar a forma de vida e a cultura desses povos e outra é achar que por que são antigos,são praticamente um E.T.que poderia não ter em comum,as nossas emoções...
Ah!faça o favor...