Fonte: Correio Braziliense
ONU diz que 0,7% dos Brasileiros | entre 12 e 65 anos usam pílulas |
Publicação: 17/08/2010 07:00
Um estudo publicado ontem na revista especializada American Heart Journal serve de alerta para quem abusa das anfetaminas, substâncias estimulantes usadas em dietas de perda de peso e em condições como o distúrbio do deficit de atenção. De acordo com pesquisadores do Centro Médico da Universidade do Texas, jovens adultos que tomam anfetaminas em excesso têm grande risco de sofrer um rompimento na aorta, a maior e principal artéria do organismo. No Brasil, um relatório das Nações Unidas mostrou que 0,7% da população entre 12 e 65 anos consome esse tipo de substância, o maior percentual da América do Sul.
Os cientistas examinaram dados médicos de 31 milhões de pessoas entre 18 e 49 anos, hospitalizadas em estabelecimentos de saúde dos Estados Unidos entre 1995 e 2007. Eles descobriram que o abuso da anfetamina triplica as chances de um indivíduo sofrer de dissecção aguda da aorta, condição na qual o revestimento interno da parede da artéria sofre uma laceração. “É um problema raro em jovens, mas que, quando os acomete, frequentemente os leva à morte”, disse, no estudo, Arthur Westover, professor de psiquiatria da Universidade do Texas e principal autor do artigo.
De acordo com Westover, casos isolados já sugeriam uma relação entre a dissecção aguda da aorta e o abuso da anfetamina, mas esse foi o primeiro estudo epidemiológico em larga escala a investigar os efeitos da substância na artéria. Segundo o estudo, a anfetamina, também utilizada ilegalmente como droga recreativa, age no corpo de forma similar à cocaína, droga associada a efeitos adversos no coração. Entre outras consequências, a substância aumenta a pressão sanguínea, um dos fatores de risco para a dissecção aguda da aorta.
Os pesquisadores da Universidade do Texa também analisaram dados de 49 milhões de pessoas com mais de 50 anos, entre 1995 e 2007. “Descobrimos que a dissecção aguda da aorta está aumentando em jovens adultos, mas não nos mais velhos. O motivo ainda não está claro”, afirma o artigo. Os cientistas também notaram que na Califórnia, no Havaí, em Oregon e no estado de Washington, o percentual de casos de dissecção aguda da aorta ligados ao abuso de anfetamina em jovens adultos foi três vezes maior, quando comparado à média dos Estados Unidos. “Isso mostra que nesses locais o abuso da substância é mais comum e que esse padrão de consumo traz graves consequências para a saúde”, afirmou Westover.
De acordo com Westover, casos isolados já sugeriam uma relação entre a dissecção aguda da aorta e o abuso da anfetamina, mas esse foi o primeiro estudo epidemiológico em larga escala a investigar os efeitos da substância na artéria. Segundo o estudo, a anfetamina, também utilizada ilegalmente como droga recreativa, age no corpo de forma similar à cocaína, droga associada a efeitos adversos no coração. Entre outras consequências, a substância aumenta a pressão sanguínea, um dos fatores de risco para a dissecção aguda da aorta.
Os pesquisadores da Universidade do Texa também analisaram dados de 49 milhões de pessoas com mais de 50 anos, entre 1995 e 2007. “Descobrimos que a dissecção aguda da aorta está aumentando em jovens adultos, mas não nos mais velhos. O motivo ainda não está claro”, afirma o artigo. Os cientistas também notaram que na Califórnia, no Havaí, em Oregon e no estado de Washington, o percentual de casos de dissecção aguda da aorta ligados ao abuso de anfetamina em jovens adultos foi três vezes maior, quando comparado à média dos Estados Unidos. “Isso mostra que nesses locais o abuso da substância é mais comum e que esse padrão de consumo traz graves consequências para a saúde”, afirmou Westover.
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