Quando o diâmetro de uma artéria ultrapassa mais de 50% do tamanho considerado como normal surge um aneurisma – dilatação anormal da parede de uma artéria – que em estágios avançados, pode romper e causar sangramento interno e pode ser fatal, conforme alerta o cardiologista Fernando Abrão Adura do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André.
A aorta é a principal artéria do organismo e responsável por conduzir o sangue ejetado pelo coração para todos os órgãos. O diâmetro normal está entre dois e três centímetros, mas se chegar a seis centímetros há risco eminente de complicações.
Vários fatores contribuem para a formação do aneurisma de aorta, em especial a aterosclerose – processo inflamatório que leva à deposição de placas de colesterol na parede das artérias, acometendo a sua elasticidade normal. A evolução da aterosclerose pode estar associada a hipertensão arterial, tabagismo, idade avançada, distúrbios hereditários, altos níveis de colesterol e diabetes.
Segundo o Cardiologista o aneurisma de aorta pode manifestar-se em qualquer um dos seus seguimentos – porção torácica ou abdominal – e na maioria dos casos não provoca sintoma, muitas vezes é diagnosticado durante exames de rotina. “Por vezes ele pode levar a sintomas secundários à compressão de estruturas que se localizam próximas a aorta. Os mais comuns são rouquidão, dificuldade para deglutir e dor local”, explica o médico.
Além da ruptura, outra grave complicação é a dissecção da aorta, onde a parede interna sofre uma laceração, porém mantendo o revestimento externo íntegro. Habitualmente provoca uma dor intensa, súbita, irradiada para o dorso, que se não for tratada rapidamente, também é fatal.
Para o diagnóstico os exames mais comuns são o ecocardiograma, tomografia computadorizada, ultrassonografia, angioressonância e o cateterismo cardíaco com aortografia.
“Todos os pacientes com fatores de risco ou evidência de aterosclerose, que apresentem sintomas sugestivos, devem ser submetidos a exames de triagem para investigação do aneurisma de aorta” alerta o Cardiologista.
Quando diagnosticado precocemente, o tratamento clínico com controle dos fatores de risco possui excelentes resultados evitando a progressão e complicações do aneurisma. Já em fases avançadas pode haver a necessidade do tratamento cirúrgico, cuja decisão depende do diâmetro da aorta, presença de sintomas, demais doenças e do estado clínico do paciente.
Por Lais
http://www.corposaun.com/aneurisma-aorta-fatal/16699/
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