Um novo dispositivo capaz de mudar o tratamento de artérias coronárias com estreitamento, causado por placas de gordura acumuladas, o stent bioabsorvível já está sendo utilizado no Brasil, um dos 15 países que conta com o dispositivo inovador e que tem como vantagem sua absorção pelo organismo em até dois anos e meio. Apenas duas cirurgias no País foram praticadas com o dispositivo, uma realizada no Instituto do Coração do Triângulo Mineiro e a outra no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo. Até agora, 341 pacientes em todo o mundo testaram a nova tecnologia.
Os bons resultados apresentados fez com que a Europa aprovasse a comercialização do dispositivo, que deve chegar ao mercado no fim do ano.
No Brasil, a pesquisa continua e a aprovação depende da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão capacitado para tal. De acordo com o cardiologista do Instituto do Coração do Triângulo Mineiro, Roberto Botelho, responsável pelo procedimento em seu estado, os pacientes que têm outro tipo de stent não precisam sair correndo para trocá-lo. O bioabsorvível é um avanço, mas não significa que vai substituir o que existe. Ele vem para melhorar o que já estava bom, esclarece o médico.
Os cientistas já vinham observando que o stent metálico tinha alguns inconvenientes. O principal deles é o fato de o vaso sanguíneo não recuperar sua função normal com o implante, que permanece para sempre no corpo do paciente. Com o stent bioabsorvível, feito de ácido polilático, uma substância que faz parte do corpo humano e é facilmente absorvida pelo organismo. O processo de absorção se inicia seis meses depois da cirurgia e pode demorar até dois anos e meio para chegar ao fim.
O período em que o implante permanece no coração é suficiente para devolver à artéria sua forma original e sua motricidade, necessária para se adaptar às mais diversas emoções, sem o apoio de qualquer estrutura metálica.
Por Mondarto
http://www.corposaun.com/brasil-procedimento-alta-tecnologia-stent-bioabsorvivel/16834/
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