Estatísticas mostram que, em 2050, pessoas com mais de 65 anos representarão 18% da população nacional. Esses números revelam a importância, cada vez maior, de políticas de Saúde voltadas para a Terceira Idade.
De acordo com o Instituto Brasileira de Geografia e Estatística - IBGE -, a queda combinada das taxas de fecundidade e mortalidade vem ocasionando uma mudança nas estruturas etárias, com a diminuição relativa da população mais jovem e o aumento proporcional dos idosos. No entanto, chegar à terceira idade com saúde e disposição exige um esforço multidisciplinar, com atividades físicas, boa alimentação, convívio social e acompanhamento médico preventivo.
Confira algumas dicas para viver mais e melhor:
Ações preventivas
Na promoção da saúde do idoso, é muito importante a análise da carga genética (antecedentes familiares), para saber que doenças o paciente tem maior propensão - principalmente neuropsiquiátricas, cardiovasculares e osteoarticulares.Com o avanço da idade, ocorre uma perda de musculatura, que, sem os devidos cuidados com a alimentação e a prática de exercícios físicos, pode ser substituída por gordura.
Neste período há diminuição da absorção de nutrientes. Por isso, é preciso avaliar se o idoso não está emagrecendo muito. Outro problema é a alteração do paladar, que pode levar o idoso a evitar certos alimentos. O uso crônico de remédios contra a ansiedade e a insônia na terceira idade devem ser evitados, porque pode causar dependência química para o resto da vida.
Atividade física
De maneira geral, pessoas fisicamente ativas são mais saudáveis do que as inativas. A inatividade pode, por exemplo, provocar doenças reumatológicas, como artrite ou fibromialgia. É considerado um bom exercício aquele que não causa dor.
A prática de atividades físicas é importante para fortalecer o sistema músculo-esquelético, ossos, músculos e tendões. Além disso, produz hormônios, neurotransmissores e citosinas, que atuam na diminuição de inflamações e dores e ajudam a combater a depressão. Vale lembrar que antes de iniciar qualquer atividade física é preciso fazer um teste ergométrico, analisar as condições cardiovasculares prévias e ter o acompanhamento de um profissional. Confira alguns tipos de exercícios aconselhados para idoso:
Alongamento - São indicados alongamentos suaves, que aumentam a flexibilidade dos músculos, a amplitude de movimento da articulação e a resistência para tarefas cotidianas.
Exercícios de Resistência - Servem para aumentar a força e a resistência muscular, sendo muito importantes para o reforço da musculatura que dá sustento à coluna e às articulações em geral.
Condicionamento aeróbio - Realizar caminhadas, praticar natação ou hidroginástica e andar de bicicleta são bons exemplos de exercícios que melhoram a condição cardiovascular. Também combatem a depressão e auxiliam no controle do peso. O ideal é começar com sessões de, no máximo, 20 minutos, aumentando gradualmente com o decorrer das semanas.
Alimentação de qualidade
Manter uma alimentação equilibrada e que supra as necessidades energéticas diárias é fundamental para o idoso. Escolher o cardápio adequado pode auxiliar no combate, por exemplo, das dores reumáticas. Alguns alimentos ajudam a combater inflamações comuns a essas doenças como os peixes e vegetais verdes (como os brócolis), que são ricos em ômega-3. No caso da osteoporose, alimentos ricos em cálcio são importantes. Deve-se ter sempre uma dieta balanceada para evitar o ganho de peso, rica em legumes, verduras, frutas e cereais, fontes de vitaminas e minerais.
Fonte: Dr. Danilo Bernardinello Junior, médico geriatra do Hospital Samaritano
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