Medicamentos usados para tratar a acne grave estão relacionados a um risco duas vezes maior de desenvolvimento de problemas oculares, tais como conjuntivite e olhos secos. A informação é proveniente de um estudo israelense, publicado no Archives of Dermatology.
A isotretinoína – que tem diversos nome comerciais, incluindo Roacutan, Claravis e Amnesteem – é conhecida por seus efeitos colaterais graves, como atrasos no crescimento ósseo em adolescentes e abortos e defeitos congênitos, quando ingerida por mulheres grávidas. Os medicamentos à base desta substância são muito populares para o tratamento de casos de acne severa, em adolescentes e adultos.
“Alguns problemas oculares são mais comuns em pessoas com acne, mas o novo estudo, realizado com 15.000 adolescentes e jovens adultos, traz números relevantes: 14% dos participantes que tomaram isotretinoína foram tratados para doenças oculares, dentro de um ano, após o início da medicação. Isso comparado a 7% do grupo controle (livre de acne) e 9,6% de indivíduos com acne que nunca haviam tomado a isotretinoína”, diz Virgílio Centurion, oftalmologista, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.
Efeitos colaterais
Dentre os participantes do estudo, a queixa ocular mais comum foi a conjuntivite. Quatro em cada 100 pessoas em tratamento com isotretinoína foram diagnosticadas com conjuntivite, enquanto cerca de dois em cada 100 pessoas, que não usavam qualquer medicação para acne, foram tratadas para conjuntivite.
Depois da conjuntivite, o olho seco foi outra queixa recorrente. “Isto porque a isotretinoína pode alterar o funcionamento das glândulas Meibomius nas pálpebras. Estas glândulas são responsáveis pela produção de uma substância lubrificante que impede que os olhos se tornem secos. Se as glândulas não funcionam corretamente, os olhos podem ficar irritados ou inflamados”, explica a oftalmologista Meibal Junqueira, que também integra o corpo clínico do IMO.
Além disso, a presença da isotretinoína e de seus metabolitos no filme lacrimal pode ter um efeito irritante sobre a superfície do olho.
Tratando a acne com segurança
“Para que o tratamento da acne no adolescente seja feito com segurança, o ideal é consultar um dermatologista e um oftalmologista, ao mesmo tempo. Eu aconselharia os pais a levarem seus filhos ao oftalmologista, antes do início da medicação e a cada três meses, no primeiro ano de uso da droga. Porque o quanto antes os problemas oculares forem detectados, mais cedo podemos fazer uma intervenção efetiva”, afirma a oftalmologista Meibal Junqueira.
Apesar de seus riscos potenciais, a droga é a única opção terapêutica para alguns pacientes. “Vários estudos têm mostrado que a acne pode afetar muito a qualidade de vida de uma pessoa. Por isto, precisamos tratá-la. Muitos dos efeitos adversos da isotretinoína podem ser evitados ou minimizados se medidas apropriadas forem introduzidas com, ou logo após, a introdução da droga. Por exemplo, a prescrição destes medicamentos para acne deve ser feita junto com a de lubrificantes oculares para evitar ressecamento e irritação dos olhos”, defende a médica.
“Os efeitos benéficos preventivos e terapêuticos do uso de lágrimas artificiais também devem ser discutidas com os pacientes, especialmente entre os usuários de lentes de contato”, diz a oftalmologista do IMO.
A isotretinoína – que tem diversos nome comerciais, incluindo Roacutan, Claravis e Amnesteem – é conhecida por seus efeitos colaterais graves, como atrasos no crescimento ósseo em adolescentes e abortos e defeitos congênitos, quando ingerida por mulheres grávidas. Os medicamentos à base desta substância são muito populares para o tratamento de casos de acne severa, em adolescentes e adultos.
“Alguns problemas oculares são mais comuns em pessoas com acne, mas o novo estudo, realizado com 15.000 adolescentes e jovens adultos, traz números relevantes: 14% dos participantes que tomaram isotretinoína foram tratados para doenças oculares, dentro de um ano, após o início da medicação. Isso comparado a 7% do grupo controle (livre de acne) e 9,6% de indivíduos com acne que nunca haviam tomado a isotretinoína”, diz Virgílio Centurion, oftalmologista, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.
Efeitos colaterais
Dentre os participantes do estudo, a queixa ocular mais comum foi a conjuntivite. Quatro em cada 100 pessoas em tratamento com isotretinoína foram diagnosticadas com conjuntivite, enquanto cerca de dois em cada 100 pessoas, que não usavam qualquer medicação para acne, foram tratadas para conjuntivite.
Depois da conjuntivite, o olho seco foi outra queixa recorrente. “Isto porque a isotretinoína pode alterar o funcionamento das glândulas Meibomius nas pálpebras. Estas glândulas são responsáveis pela produção de uma substância lubrificante que impede que os olhos se tornem secos. Se as glândulas não funcionam corretamente, os olhos podem ficar irritados ou inflamados”, explica a oftalmologista Meibal Junqueira, que também integra o corpo clínico do IMO.
Além disso, a presença da isotretinoína e de seus metabolitos no filme lacrimal pode ter um efeito irritante sobre a superfície do olho.
Tratando a acne com segurança
“Para que o tratamento da acne no adolescente seja feito com segurança, o ideal é consultar um dermatologista e um oftalmologista, ao mesmo tempo. Eu aconselharia os pais a levarem seus filhos ao oftalmologista, antes do início da medicação e a cada três meses, no primeiro ano de uso da droga. Porque o quanto antes os problemas oculares forem detectados, mais cedo podemos fazer uma intervenção efetiva”, afirma a oftalmologista Meibal Junqueira.
Apesar de seus riscos potenciais, a droga é a única opção terapêutica para alguns pacientes. “Vários estudos têm mostrado que a acne pode afetar muito a qualidade de vida de uma pessoa. Por isto, precisamos tratá-la. Muitos dos efeitos adversos da isotretinoína podem ser evitados ou minimizados se medidas apropriadas forem introduzidas com, ou logo após, a introdução da droga. Por exemplo, a prescrição destes medicamentos para acne deve ser feita junto com a de lubrificantes oculares para evitar ressecamento e irritação dos olhos”, defende a médica.
“Os efeitos benéficos preventivos e terapêuticos do uso de lágrimas artificiais também devem ser discutidas com os pacientes, especialmente entre os usuários de lentes de contato”, diz a oftalmologista do IMO.
Por Lais
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