quinta-feira, 7 de junho de 2012

Zumbido nos ouvidos


Considerado um "sintoma fantasma", o zumbido pode causar problemas reais.
Nem sempre a cura é possível, mas há caminhos para amenizá-lo

Estudos diversos apontam que entre 15% e 25% das pessoas têm zumbido no ouvido, ou tinnitus, o nome técnico. Dessas, cerca de 80% não ligam para o problema. Os demais sofrem com ele em maior ou menor grau. O zumbido pode acarretar depressão, insônia, afetar a qualidade de vida e a capacidade de executar atividades rotineiras como trabalhar ou estudar. Ouvir esse barulho que ninguém mais escuta pode tornar-se uma verdadeira tortura. Pior: por ser um "sintoma fantasma", nem sempre merece a devida atenção dos médicos, e o paciente acaba recebendo a frustrante orientação de aprender a conviver com o problema. Contudo, existem, sim, tratamentos que minimizam o zumbido e, em alguns casos, conseguem eliminá-lo.

Em geral, o tinnitus advém de uma atividade neural anormal que afeta os mecanismos de atenção e alarme do cérebro relacionados ao sistema auditivo, fazendo com que a pessoa perceba um som que não está sendo gerado no ambiente. Mais de 90% dos pacientes apresentam também perda auditiva. Outra característica comum é o agravamento à noite, período de maior silêncio. Os sons diurnos ajudam a mascarar o zumbido.

Taxa de glicemia alta, alterações emocionais, problemas cardiovasculares, cigarro, álcool e cafeína em excesso, alguns diuréticos e anti-inflamatórios, cerume e inflamações no ouvido podem favorecer o zumbido. Nesses casos, deve-se tratar a causa. Mas em metade dos pacientes não há causas identificáveis. Também não há exames que permitam medir objetivamente o zumbido.

O tratamento varia caso a caso. Podem, por exemplo, ser prescritos medicamentos que aliviarão o desconforto: tranquilizantes, anticonvulsivantes e antidepressivos. Há, ainda, aparelhos como os geradores de som que, colocados no ouvido, produzem externamente um ruído semelhante ao zumbido interno, mascarando-o e proporcionando algumas horas de alívio. Estudos mostram que a pessoa tolera melhor o som externo do que aquele que vem de dentro. Já o retreinamento do zumbido (TRT) usa um som diferente, com o objetivo de promover a habituação, ou seja, fazer com que o sistema nervoso aprenda a ignorar estímulos sem significado. Assim, quando o paciente deixar de ouvir o barulho do aparelho, deixará de ouvir o zumbido também. Recentemente surgiu um sistema que mistura diferentes sons com a mesma finalidade.

Em resumo, há vários caminhos para tratar o zumbido. Portanto, quem sofre com isso não deve dar ouvidos ao conselho de "aprender a conviver com o problema". Deve buscar as soluções que a medicina oferece.

Artigo publicado na Página Einstein da revista VEJA - edição 2267, ano 45, nº 18, pág. 47, em 02/05/2012
imagem:sexoforte.net
Este site não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado.
Faça sua pesquisa
http://www.facebook.com/profile.php?id=100001544474142

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Conteúdo de terceiros

O http://saudecanaldavida.blogspot.com/ sempre credita fonte em suas publicações quando estas têm como base conteúdos de terceiros, uma vez que não é do nosso interesse apropriar-se indevidamente de qualquer material produzido por profissionais ou empresas que não têm relação com o site. Entretanto, caso seja detentor de direito autoral sobre algo que foi publicado no saudecanaldavida e que tenha feito você e/ou sua empresa sentir-se lesados, ou mesmo deseje que tal não seja mostrado no site, entre em contato conosco (82 999541003 Zap) e solicite a retirada imediata.