18.06.2010
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Paulo de Araújo/CB/D.A Press
Se você não abre mão de temperar a comida com bastante sal, é bom ficar atento. Uma dieta salgada pode aumentar em 10% o risco de desenvolver câncer de estômago, alerta um estudo de larga escala publicado no American Journal of Clinical Nutrition.
A pesquisa estudo sul-coreana avaliou informações sobre a dieta e estilo de vida de mais de 2,2 milhões de pessoas daquele país, com idades entre os 30 e 80 anos. De acordo com o Coreia Central Cancer Registry, ao longo de sete anos, 9.620 homens e 2.773 mulheres desenvolveram câncer de estômago. E, segundo o líder da investigação, Jeongseon Kim, do National Cancer Center Research Institute, em Goyang-si, Coreia do Sul, as pessoas que preferiam alimentos salgados tiveram um aumento de 10% no risco de desenvolver cancro gástrico.
A forma como o sal é consumido pode ser um fator importante no risco de desenvolvimento da doença. Um estudo japonês mostrou que o sódio em forma de sal de mesa aumenta os riscos de doenças cardíacas, mas não de câncer. Por sua vez, os alimentos já salgados, como o peixe processado (incluindo o bacalhau), estariam associados ao câncer de estômago, mas não a problemas cardiovasculares.
Por isso, os especialistas alertam as pessoas de países cujas taxas da doença são mais elevadas, especialmente os asiáticos, para tomarem cuidados especiais com a alimentação, de forma a reduzir esses riscos.
As diretrizes de saúde da Europa e dos EUA, por exemplo, recomendam que se evite a ingestão excessiva de sal com o objetivo de reduzir os níveis da pressão arterial, responsáveis por doenças cardiovasculares que podem ter consequências fatais.
Crianças e o excesso de sal
Os bebês que aumentam de peso rapidamente nos primeiros meses depois do nascimento correm um maior risco de desenvolver pressão arterial elevada na idade adulta – fato já conhecido por investigadores britânicos há algum tempo.
Assim foi assinalado em um estudo da Universidade de Bristol, no Reino Unido, publicado na revista Hypertension. A pesquisa teve como objetivo determinar a relação entre o aumento de peso e o aumento da pressão sanguínea (hipertensão). Os especialistas avaliaram 679 bebês de até dois anos.
A equipe relatou que as crianças que elevaram o peso mais rápido nos primeiros cinco meses de vida, e entre dois e os cinco anos, são mais propensos a ter a pressão sanguínea sistólica elevada.
“Quando se trata de compreender por que as pessoas têm hipertensão na fase adulta, se deve considerar a idade precoce e os fatores de riscos, como o sal na dieta e a obesidade”, disse Yoay Bem-Shlomo, que dirigiu o estudo.
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