Por Mondarto
A Food and Drug Administration (FDA), agência que regula remédios e alimentos nos Estados Unidos, está revisando os resultados de dois estudos que apontam um risco maior de formação de coágulos sanguíneos em mulheres que tomam anticoncepcional contendo o hormônio drospirenona. De acordo com os trabalhos, os medicamentos como YAZ e Yasmin, que contêm a substância, duplicam ou até triplicam o risco de trombose em relação a outros anticoncepcionais orais.O laboratório fabricante dos medicamentos, a Bayer, já enfrenta ação nos Estados Unidos pela morte de uma garota de 18 anos por um coágulo supostamente vinculado ao uso do YAZ. A jovem morreu depois de sofrer uma parada cardíaca, em setembro do ano passado.
A Bayer, em nota oficial, esclareceu que forneceu informações à agência americana e ressaltou que a própria FDA recomenda que pacientes não parem de usar os contraceptivos, mas devem procurar o seu médico para autorização. Afirmou ainda que a totalidade dos anticoncepcionais, de todos os laboratórios fabricantes, oferece risco de trombose, e que YAZ e Yasmin não diferem dos outros medicamentos, portanto não acentua o risco de coágulos.
Os especialistas, no entanto, recomendam as mulheres não usarem anticoncepcionais por conta própria, sem indicação de seus médicos. Segundo eles, o efeito das pílulas já não se resume à contracepção somente, como há 50 anos. E a que é ótima para Maria não deve ser usada por Clarissa, cada organismo reage diferente aos remédios, afirmam.
A maioria dos anticoncepcionais combinados tem o mesmo estrogênio e diferentes tipos de progesterona — gestodeno, drospirenona e levonorgestrel. A drospirenona, por exemplo, piora a circulação segundo estudos, mas não causa retenção de líquido.
O médico Hugo Miyahira, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ginecologia, diz que todo remédio tem seu efeito colateral. Assim como o anticoncepcional, por isso deve ser prescrito por um médico.
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