Por Mondarto
O Instituto do Coração (InCor) desenvolveu um novo modelo de tratamento contra o cigarro, com menos chances de recaídas. O Programa de Assistência ao Fumante (PAF) envolve três etapas: um diagnóstico mais preciso do grau de dependência, uma combinação de medicamentos e o uso de uma escala em que o médico vai medindo e tratando o desconforto causado pela abstinência do cigarro.
A cardiologista Jacqueline Scholz Issa, criadora do método, há 18 anos à frente do ambulatório de tratamento do tabagismo do InCor, diz que a taxa de eficácia do programa, no período de um ano, é de 55% – contra 34% da que existia cinco anos atrás. Os índices de desistência e de recaída caíram de 40% para 26%.
Os dados são os primeiros resultados, obtidos a partir de 400 pacientes atendidos. As informações também serviram de base para a elaboração de um software, que pode ser acessado via internet por médicos de todo o país e os centros públicos terão acesso grátis.
O sistema permite saber quantos fumantes desistiram do tratamento, quantos sofreram efeitos colaterais dos remédios, quantos tiveram sucesso ou recaídas e quais as causas dos insucessos. O médico poderá ainda avaliar melhor o grau de dependência do tabaco, levando em conta não só o número de cigarros fumados, mas também as emoções (prazer, ansiedade, tristeza) associadas a ele.
A partir desses dados, a cardiologista desenvolveu uma metodologia de tratamento que considera, entre outras coisas, o grau de desconforto do paciente durante o período de abstinência. Dependendo disso associa ou não remédios.
O tratamento dura, em média, três meses e demanda de quatro a cinco consultas. O acompanhamento também pode ser feito por telefone ou por e-mail, explica Jacqueline Issa.
Médicos que trabalham com tratamento de tabagismo dizem que as taxas de sucesso do PAF são superiores às verificadas em outros centros, entre 30 e 40%.
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