Érika Rodrigues
O conjunto de células identificado apresenta relações com a diabetes tipo 1 e com a Síndrome de Sfogren, ambas as doenças autoimunes. Este tipo de patologia surge quando os mecanismos de defesa do nosso organismo se tornam hiperativos e passam a atacar as próprias células do sistema imunológico.
No caso da diabetes do tipo 1 o corpo ataca células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina; já a síndrome de Sfogren as células das glândulas salivares são os alvos.
Os cientistas analisaram dois grupos de camundongos, um com diabetes do tipo 1 e outro com síndrome de Sfogen. Observaram que existia um número elevado de células imunes nos órgãos afetados. As células fazem parte de um subgrupo dos glóbulos brancos e são comumente encontradas em grande quantidade no intestino, nas outras partes do corpo elas se apresentam em pequeno número. No momento em que um indivíduo adquire à doença as células TCCR9 (como foram denominadas) são ativadas e se difundem para estruturas complementares do sistema digestivo, como as glândulas salivares e o pâncreas. Os cientistas identificaram ainda que em pessoas que desenvolveram uma dessas doenças o número de células TCCR9 é maior do que o considerado normal.
Os resultados do estudo foram publicados na Revista Internacional de Imunidade. Mas para que as resoluções da pesquisa se configurem em uma tendência geral é preciso realizar pesquisas com amostras maiores. Atualmente os pesquisadores estão elaborando novos estudos a fim de determinar se a expansão na quantidade dessas células pode representar um biomarcador das doenças.
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