sexta-feira, 12 de junho de 2009

A função do intestino na manutenção do peso

Fonte:Vida Feminina
Nossa sociedade é dominada pelo conceito de que beleza é sinônimo de magreza. Muitas mulheres recorrem a dietas e medicamentos milagrosos sem perceber que esta atitude pode não contribuir para o emagrecimento, além de causar um desequilíbrio em todas as funções do organismo. “A restrição calórica e o uso indevido e banalizado de medicamentos desequilibram nutricionalmente o organismo, que fica mais suscetível ao aparecimento de doenças e nem sempre contribui para o emagrecimento. O que poucas pessoas sabem é que uma providência importante para o emagrecimento efetivo é o cuidado com a função intestinal”, explica Juliana Trevilini Garcia, nutricionista da Clínica Contato.

O intestino tem o papel definitivo para nossa saúde, pois é o centro da regulação do organismo. De acordo com a nutricionista, o órgão responde por 80% da imunidade do organismo, portanto, se o intestino não funciona corretamente, nosso sistema de defesa fica mais frágil, e passamos a ficar mais suscetíveis a doenças. “Este órgão também é capaz de sintetizar aproximadamente 90% da serotonina – hormônio do bem-estar, o que significa que um bom funcionamento intestinal faz com que a pessoa seja mais tranqüila, e tenha um comportamento e estilo de vida mais equilibrado”, comenta.

Uma dieta rica em alimentos industrializados e com baixo consumo de fibras produz diversas toxinas que desequilibram a microflora do intestino, o que causa um aumento da permeabilidade intestinal. “Na parede intestinal temos bactérias “boas” e bactérias “ruins”. Quando existe uma alimentação inadequada, acabamos alimentando essas bactérias “ruins”, fazendo com que a parede intestinal não tenha mais proteção, e passe toxinas e radicais livres para a corrente sanguínea. Isto é chamado de hipermeabilidade intestinal, ou seja, o intestino está sem proteção”, esclarece Juliana Garcia. “Este aumento da permeabilidade do intestino também colabora para o acúmulo de toxinas nas células adiposas, e pode dificultar a eliminação de peso”, acrescenta.

Alguns medicamentos também influenciam no funcionamento intestinal. Remédios com hipotensores, diuréticos, vitaminas em excesso, alguns analgésicos, antiácidos, antidepressivos, e suplementos de sais de cálcio quando usados sem recomendação e acompanhamento médico, podem ser prejudiciais ao organismo. “O uso crônico de laxantes, por exemplo, pode lesar a parede intestinal, causando a perda total dos movimentos que causam a propulsão das fezes ao longo do intestino”, afirma a nutricionista. O uso abusivo e prolongado dos laxantes cria uma inércia intestinal e o órgão passa a funcionar somente com a ingestão de doses cada vez mais elevadas. “Além disso, o uso contínuo desse medicamento pode levar à desidratação e ao desequilíbrio de sais minerais, entre outras consequências”, alerta.

Alergia alimentar

Outro fator que pode alterar o funcionamento do intestino é a alergia alimentar. Quando uma pessoa é alérgica a algum tipo de alimento, eles não são processados pelo intestino, indo para a corrente sanguínea, o que pode gerar um processo inflamatório. “O maior problema é que nem sempre essas reações são imediatas, e muitas vezes, a pessoa convive a vida toda com sintomas incômodos, sem suspeitar que são causados por alergia à algum alimento”, diz Juliana Garcia. E a alergia alimentar também tem participação no aumento de peso. Caso um indivíduo seja alérgico a algum alimento, pode engordar mesmo consumindo poucos alimentos. “Isto porque o ganho de peso é uma das conseqüências da alergia alimentar”, considera.

A alimentação saudável é a única maneira de manter um peso saudável, ou mesmo emagrecer quando necessário. “É fundamental que as pessoas prestem mais atenção na qualidade da alimentação, procurando consumir mais frutas, vegetais, ingerir pelo menos 2 litros de água, privilegiar o consumo de alimentos integrais, pois são fontes riquíssimas em nutrientes”, aponta a nutricionista. Deste modo, o intestino irá funcionar de forma regular e melhorar a imunidade, facilitando a absorção de substancias úteis e a eliminação das toxinas, tendo como conseqüência a eliminação de peso e o equilíbrio orgânico. “No caso de uma pessoa não conseguir perder peso mesmo mantendo uma dieta saudável, é necessário procurar a ajuda de um profissional capacitado, que poderá avaliar o cliente e descobrir se possui alguma disfunção, como uma alergia alimentar”, observa Juliana Garcia.
Fonte: expressa@expressacom.com.br

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