Ele anunciou que Vale doará US$ 4,5 milhões para estrutura.
Brasil deve fazer investimento total de R$ 31 milhões.
O presidente Lula visita fábrica de medicamentos
em Moçambique (Foto: Benoit Marquet/AFP)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou nesta quarta-feira (10) as instalações da primeira fábrica de medicamentos contra a Aids na África, financiada pelo Brasil. "O fato de estarmos construindo a primeira fábrica de medicamentos para combater a Aids no continente africano pode ser apreciado quase como uma revolução", afirmou o presidente na cerimônia oficial.em Moçambique (Foto: Benoit Marquet/AFP)
Lula anunciou que a companhia Vale doará US$ 4,5 milhões que faltavam da contrapartida de Moçambique para agilizar a conclusão das obras de adequação do prédio. “Era para eu estar hoje inaugurando a fábrica. Mas faltou dinheiro para o governo de Moçambique e, agora, a Vale vai ajudar. No Brasil, entregamos remédio gratuitamente para 138 mil pessoas com aids. Aqui há 400 mil que não recebem remédio”, disse o presidente.
Na primeira fase do projeto, o Ministério da Saúde fez o aporte de R$ 13,6 milhões para aquisição de equipamentos e formação da equipe da futura Sociedade Moçambicana de Medicamentos S/A. O investimento total previsto é de R$ 31 milhões.
"Eu espero que as máquinas chegando entre março e junho, comecem a ser montadas. As pessoas já estão sendo preparadas, e eu espero que, quem sabe, no final de 2011, começo de 2012, a fábrica esteja produzindo 250 milhões de comprimidos, por ano, para cuidar da Aids", disse o presidente em coletiva aos jornalistas.
Com a implementação da fábrica, Moçambique inicia a aquisição do conhecimento da tecnologia na produção publica de medicamentos, de acordo com os atuais padrões de Boas Práticas de Fabricação (BPF), o que deve reduzir a dependência e ampliar a autonomia neste setor, com a possibilidade de converter os atuais doadores em parceiros desta nova iniciativa.
O ministro da Saúde moçambicano, Alexandre Manguele, elogiou a iniciativa. "Significa muito, significa que para enfrentarmos um dos mais graves problemas de saúde pública, podíamos contar apenas com medidas preventivas", disse. "Com a fábrica instalada aqui vamos produzir os medicamentos que precisamos, então vamos poder multiplicar a vida das pessoas que enfrentam uma doença mortal numa doença crônica que podemos tratar", completou. "No momento posso garantir que estamos tratando quase 210.000 pessoas, mas acreditamos que isso deve ser talvez cerca de 50% dos que necessitam".
(* com informações de agências internacionais)
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