Getty ImagesGetty Images
Praticidade e facilidade de digestão foram apontadas pelos entrevistados na pesquisa como principais motivos da preferência por bebidas derivadas do leite
Brasileiro adora laticínios. Além do queijo e do requeijão, as bebidas prontas derivadas do leite também fazem parte da alimentação local.
Elas fazem parte da dieta diária de quase 50% da população do país, aponta uma pesquisa realizada pelo instituto alemão GfK nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
O estudo envolveu 1.500 pessoas com idades de um a 55 anos e detectou que o consumo desse tipo de alimento é concentrado no café da manhã (chega a 43% dos brasileiros nos meses frios e a 46% no verão).
Para entender como são feitas e quais são os seus benefícios para a saúde, o R7 ouviu duas especialistas. Segundo Madalena Vallinoti, diretora do Sinesp (Sindicato dos Nutricionistas do Estado de São Paulo), há uma diferença entre bebida láctea, iogurte e leite fermentado, embora todos venham da mesma matéria-prima.
- Apesar de iogurte, leite fermentado e bebidas lácteas, popularmente, serem conhecidos como a mesma coisa, por definição oficial, são diferentes. Bebida láctea é qualquer produto obtido a partir do leite e do soro de leite. Para um alimento fazer parte dessa categoria, sua base láctea deve representar pelo menos 51% da massa do total de ingredientes usados. Já o iogurte tem por base principal unicamente o leite e é mais nutritivo. E o leite fermentado recebe outros tipos de lactobacilos vivos ao ser produzido.
Definições à parte, essas bebidas são, assim como o leite, uma boa fonte de cálcio e de proteína para o organismo, explica a nutricionista Eliana Cristina de Almeida, da Unifesp.
- O cálcio e as proteínas são importantíssimos para a formação e a manutenção do corpo. Cálcio é fundamental para a saúde dos ossos e dos dentes, combate a osteoporose. Já a proteína ajuda na composição de músculos, no funcionamento do sistema imunológico, na construção do tecido epitelial. Portanto, deve fazer parte da dieta principalmente de crianças, adolescentes e gestantes.
Além disso, muitos desses alimentos vêm acrescidos de bactérias benéficas para o funcionamento do intestino e são a alternativa ideal para quem tem intolerância a lactose (açúcar natural presente no leite), afirma Eliana.
- No processo de produção dessas bebidas, ocorre a quebra da lactose, que, no final, aparece em uma concentração muito menor do que no leite. Consequentemente, fica mais fácil de digerir.
Mesmo assim, quem sofre do problema deve restringir a dose ingerida, sugere Madalena. Pacientes hepatopatas – que têm algum mal no fígado – e renais também devem evitar o consumo dessas bebidas, recomenda a diretora do Sinesp.
Para obter todos os benefícios desses alimentos, o cuidado com a conservação e com a higiene é fundamental. No mercado, devem ser a última coisa a serem colocados no carrinho de compras. Em casa, precisam ser colocados imediatamente no refrigerador.
- Todos eles, iogurtes, bebidas lácteas e leites fermentados, têm alguma porcentagem de bactérias positivas em sua composição. Em temperatura ambiente, essas colônias se proliferam e podem até colocar em risco a vida de quem as consome.
Mariana Garcia, do R7
Nenhum comentário:
Postar um comentário