Qui, 16 Dez, 07h42
Cientistas americanos detectaram em uma mulher uma rara doença cerebral que faz com que não tema nada --nem uma serpente que se aproxima de seus filhos nem uma faca em seu pescoço.
A mulher não experimenta a sensação de medo porque tem destruída a parte de seu cérebro em que os cientistas acreditam que esse sentimento seja gerado.
Nas últimas duas décadas, os cientistas acompanharam a mulher, identificada como SM, em busca de dados sobre sua condição que podem fornecer pistas para o tratamento do estresse pós-traumático, particularmente em soldados que retornam da guerra.
"É bastante surpreendente que ainda esteja viva", disse Justin Feinstein, cujo estudo é publicado no jornal Current Biology.
"A natureza do medo é a sobrevivência e a amídala cerebral nos ajuda a evitar as situações, as pessoas ou os objetos que colocam nossa vida em perigo", assegurou.
"Ao perder sua amídala, SM perdeu também a sua capacidade de detectar e evitar o perigo".
Em lugar de medo, SM, cuja rara condição é conhecida como doença de Urbach-Wiethe, mostra um incontível sentimento de curiosidade".
Para estudar suas reações, os pesquisadores a levaram a uma loja de animais exóticos cheia de aranhas e cobras, animais dos que havia dito repetidamente que "odeia" e tenta evitar.
"Assim que entrou no local, SM se dirigiu ao serpentário e ficou fascinada com a grande coleção de cobras", indicou o estudo.
Consultada sobre se queria segurar uma cobra, SM respondeu afirmativamente e brincou com uma durante três minutos.
Os cientistas ressaltaram que a mulher "nunca foi condenada por um delito, mas que foi vítimas de vários".
Feinstein disse que espera que a experiência de SM possa ajudar a tratar pessoas com estresse pós-traumático, um problema comum entre soldados que retornaram do Iraque e do Afeganistão.
"Suas vidas estão marcadas pelo medo, muitas vezes são incapazes inclusive de sair de suas casas devido à sempre presente sensação de perigo", disse.
"Se entendermos como o cérebro processa o medo, talvez algum dia sejamos capazes de conceber tratamentos voltados para áreas selecionadas do cérebro que permitem que o medo se apodere de nossas vidas".
Cientistas americanos detectaram em uma mulher uma rara doença cerebral que faz com que não tema nada --nem uma serpente que se aproxima de seus filhos nem uma faca em seu pescoço.
A mulher não experimenta a sensação de medo porque tem destruída a parte de seu cérebro em que os cientistas acreditam que esse sentimento seja gerado.
Nas últimas duas décadas, os cientistas acompanharam a mulher, identificada como SM, em busca de dados sobre sua condição que podem fornecer pistas para o tratamento do estresse pós-traumático, particularmente em soldados que retornam da guerra.
"É bastante surpreendente que ainda esteja viva", disse Justin Feinstein, cujo estudo é publicado no jornal Current Biology.
"A natureza do medo é a sobrevivência e a amídala cerebral nos ajuda a evitar as situações, as pessoas ou os objetos que colocam nossa vida em perigo", assegurou.
"Ao perder sua amídala, SM perdeu também a sua capacidade de detectar e evitar o perigo".
Em lugar de medo, SM, cuja rara condição é conhecida como doença de Urbach-Wiethe, mostra um incontível sentimento de curiosidade".
Para estudar suas reações, os pesquisadores a levaram a uma loja de animais exóticos cheia de aranhas e cobras, animais dos que havia dito repetidamente que "odeia" e tenta evitar.
"Assim que entrou no local, SM se dirigiu ao serpentário e ficou fascinada com a grande coleção de cobras", indicou o estudo.
Consultada sobre se queria segurar uma cobra, SM respondeu afirmativamente e brincou com uma durante três minutos.
Os cientistas ressaltaram que a mulher "nunca foi condenada por um delito, mas que foi vítimas de vários".
Feinstein disse que espera que a experiência de SM possa ajudar a tratar pessoas com estresse pós-traumático, um problema comum entre soldados que retornaram do Iraque e do Afeganistão.
"Suas vidas estão marcadas pelo medo, muitas vezes são incapazes inclusive de sair de suas casas devido à sempre presente sensação de perigo", disse.
"Se entendermos como o cérebro processa o medo, talvez algum dia sejamos capazes de conceber tratamentos voltados para áreas selecionadas do cérebro que permitem que o medo se apodere de nossas vidas".
WASHINGTON (AFP)
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