“Infelizmente, na maioria dos casos, os pacientes não apresentam sintomas. Alguns sentem dor, que pode ser no abdômen, nas costas, ou no peito, mas a grande maioria não sente nada”, afirma o Prof. Dr. Pedro Puech Leão, professor titular de Cirurgia Vascular e Endovascular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). “Além disso, a doença não é muito conhecida do público em geral e isso contribui para a resistência em buscar tratamento preventivo”, complementa.
Hipertensão arterial, tabagismo, traumatismos, doenças inflamatórias da aorta e hereditariedade são considerados fatores de risco do aneurisma da aorta, e a melhor prevenção é manter os vasos sanguíneos saudáveis, o que implica no controle da pressão arterial, em não fumar, na prática de exercícios regulares e na redução de colesterol. O tabagismo, além de ser considerado fator de risco para aneurisma, também contribui para o crescimento do segmento dilatado.
É importante detectar o aneurisma antes que as paredes se rompam, o que significa visitar periodicamente o médico e fazer check ups regulares. Identificada a doença e tamanho do aneurisma, o paciente é submetido a uma cirurgia – que pode ser mais ou menos invasiva -, para retirar o segmento dilatado. No Brasil, já estão disponíveis duas endopróteses (stent-grafts) para aneurismas de aorta abdominal e torácica, respectivamente, que representam um grande avanço no tratamento por serem alternativas modernas à cirurgia convencional aberta (que pressupõe uma incisão abdominal), pois são pouco invasivas, o que facilita a recuperação do paciente.
Estima-se que no Brasil sejam feitas mais de 15 mil cirurgias para reparo desses aneurismas, mas apenas cerca de 50% são minimamente invasivas. Já nos Estados Unidos, por exemplo, de 60% a 80% das cirurgias são endovasculares (minimamente invasivas), e na Austrália esse número chega a aproximadamente 95%.
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