Gisele Coutinho, do R7
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Qual tipo de sal é mais sáudável?
Comida sem tempero não tem graça nenhuma. No entanto, sal demais é prejudicial à saúde. Eleva a pressão arterial e prejudica o funcionamento dos pulmões e do coração. Além disso, ajuda a reter líquidos - o que dá aquele ar inchado.
O sal utilizado para cozinhar é composto por dois ingredientes principais, sendo o sódio um deles. E é justamente o que não faz nada bem se consumido em excesso.
Confira dicas para temperar a comida com menos sal
Equilibrar a quantidade de sal nas refeições protege o coração de todos, mesmo dos que não são hipertensos.
Segundo Samantha Caesar de Andrade, nutricionista do Centro de Saúde Geraldo Horácio de Paula Souza e pesquisadora da USP (Universidade São Paulo), a quantidade diária de sódio recomendada costuma ser menor do que muita gente ingere.
- Para um indivíduo adulto, a porção de sódio diária recomendada pelo Ministério da Saúde é 2.000 mg. Isso equivale a 5 g de sal - a medida exata de uma colher de chá rasa por dia.
Mas alimentos salgados não são os únicos que contêm essa substância perigosa. Samantha lembra que está presente até mesmo em doces como bolacha recheada e em refrigerante light e diet.
Para fugir das armadilhas desse tempero, o ideal é incluir nos pratos preparados em casa ervas frescas, cebola, alho e pimenta.
Se você gosta de variar, mostarda em grãos, cardamomo e outras especiarias são outras opções para dar sabor à comida e diminuir a quantidade de sal presente na sua dieta.
- Ao cozinhar prefira os temperos naturais, como orégano, salsinha, coentro e manjericão.
Já os temperos prontos industrializados são mais calóricos e podem trazer sódio em sua composição.
Questão de escolha
O cuidado também deve ser grande na hora de escolher alimentos nas prateleiras dos supermercados.
Entre as opções mais consumidas no dia a dia que trazem grandes quantidades de sódio estão o leite e a carne bovina.
Já as sopas instantâneas, que aliviam a fome principalmente na hora da preguiça de encarar a cozinha, possuem uma dosagem enorme da substância. Portanto, não devem ser consumidas com frequência.
Se o objetivo é emagrecer, fique bem longe delas.
Segundo Madalena Vallinoti, diretora do Sinesp (Sindicato dos Nutricionistas do Estado de São Paulo), a dica essencial é ler os rótulos dos produtos com muita atenção. Um item com menos calorias pode conter mais sódio e ser muito mais prejudicial à saúde.
- Embutidos, conservas e enlatados são os campeões em sódio, que faz o papel de conservante. Não apenas se atente ao número de calorias dos alimentos. Um refrigerante light, por exemplo, tem baixo valor calórico e uma quantidade enorme de sódio.
Além disso, engana-se quem pensa que sucos de fruta industrializados são mais saudáveis do que refrigerantes. Eles também trazem sódio como conservante. Prefira fazer sua bebida em casa e com frutas naturais.
Madalena explica ainda que um biscoito integral possui mais fibras, mais calorias e menos sódio que o tradicional. Portanto, é mais saudável. Outra dica da nutricionista é não temperar saladas com sal.
- Faça um molho usando azeite, mostarda e suco de limão. O gostoso é sentir o sabor natural do alimento; não o do sal. Muita gente tempera a comida em restaurantes sem experimentá-la antes. É um vício.
Que tipo de sal usar em casa?
O mais comum nos mercados e também o mais vendido é o sal refinado. Pode ser o mais barato, mas é o mais perigoso.
Em seu processo de refinamento, são misturados ingredientes como o iodo e o óxido de cálcio, que, em grandes quantidades, pode ajudar a causar pedras nos rins.
Já o sal grosso, preferidos dos CHESF de cozinha, não passa pelo processo de moagem e é uma espécie mais natural.
Mas a opção mais saudável é o sal marinho, que apresenta maior teor de umidade. Utilizado na cozinha macrobiótica, é encontrado com facilidade em redes de supermercado. Segundo Madalena, é mais puro e não passa por tanta química para chegar ao refinamento.
Por fim, Samanta lembra que todos os tipos de sal, quando consumidos em excesso, são prejudiciais à saúde.
- Não adianta fazer substituição por outro produto e continuar o consumo exagerado. O melhor é reduzir a quantidade.
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