Por Lais
Psicólogo aponta caminhos para a redução do impacto pisíquico do câncer de mama temido pelas mulheres, o câncer de mama está cada vez mais presente. No Brasil, 49 mil novos casos são diagnosticados a cada ano e esse número tende a crescer, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Compreender os aspectos psíquicos presentes no quadro de enfrentamento da patologia contribui de forma efetiva para que a paciente passe por esse período de maneira menos dolorosa.
A atenção integral – física, emocional e social – deve ocorrer desde o diagnóstico, é o que defende a psicóloga e doutoranda pela UnB Cristiane Decat, que integra o corpo clínico do Centro de Câncer de Brasília. “É necessário que a paciente receba informações que a suportem dentro de seus medos, fantasias e crenças. Ela precisa de conforto e da certeza de que será cuidada, tratada e atendida em suas necessidades. Para se minimizar o impacto, é necessário um acompanhamento conjunto por toda a equipe envolvida: oncologista, cirurgião, psicólogo, enfermeiros e fisioterapeuta”, descreve.
A mastectomia, cirurgia para retirada da mama ou parte dela, e a queda do cabelo em decorrência da quimioterapia afetam a auto-imagem, a auto-estima e, muitas vezes, a relação com o companheiro. “A dificuldade em lidar com esse diagnóstico vai muito além da perda da mama. Quando adoecemos, não é apenas a doença do órgão que nos faz sofrer, há significados associados, em particular ao seio e ao que ele possa vir a significar. Isso se desenrola dentro da história pessoal, sexual e social de cada um. O suporte terapêutico é valioso, pois a perda da mama desencadeia um processo de luto e a forma como a paciente vivencia esse período de diagnóstico e tratamento influenciará na retomada da rotina”, ressalta a especialista. Tamanho é o impacto, que por lei o SUS custeia a reconstrução da mama, com vistas a colaborar para o restabelecimento da saúde psíquica da paciente.
Dra. Cristiane destaca ainda, a importância do acolhimento à família, que passa a viver um processo de ansiedade, angústia e sofrimento. “Para que ela possa dar o apoio necessário, também precisa passar por acompanhamento psicológico. Todos os que participam do processo necessitam cuidar de seus próprios sentimentos, medos, dúvidas e questionamentos. Além disso, a família deve ser orientada quanto à melhor forma de cuidar e atender aos anseios da paciente” conclui.
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