Da EFE
Anxo Lamela.
Copenhague, 3 set (EFE).- Um estudo do Instituto Karolinska de Estocolmo afirma que um dos culpados pela infidelidade dos homens é um gene, o alelo 334, que administra a vasopressina, hormônio que se reproduz naturalmente através, por exemplo, dos orgasmos.
Desta forma, os homens que possuem esta variante do gene dificilmente conseguiriam manter uma relação estável, diz o estudo dos cientistas suecos divulgado ontem.
Para os infiéis que sempre buscam uma desculpa, o estudo pode levar a uma razão científica para este comportamento: "Amor, a culpa é do alelo".
O alelo 334 é o responsável pelo receptor da arginina-vasopressina (AVP), um hormônio que está presente no cérebro da maior parte dos mamíferos, diz esta pesquisa.
A descoberta é importante, pois "é a primeira vez que se associa o variante de um gene específico à forma como os homens se comportam com seus parceiros", explicou à Agência Efe Hasse Walum, do Departamento de Epidemiologia Médica e Bioestatística do Karolinska e um dos responsáveis pela pesquisa.
A análise aconteceu durante pelo menos cinco anos com pares heterossexuais - mais de mil, dos quais 550 eram gêmeos - que relataram em testes psicológicos se sentiam-se felizes, como era sua convivência, se riam ou beijavam freqüentemente e sobre o futuro de sua relação.
O resultado foi então que os homens com o alelo 334 - cerca de 40% dos estudados - afirmaram que têm laços menos fortes com suas mulheres e, além disso, elas reconheceram que se sentiam menos satisfeitas com seus cônjuges que as que se casaram com homens sem esta variante genética.
Foi verificado pelo estudo que os homens que possuem duas cópias do alelo 334 tiveram em sua vida mais crises de relacionamento e suas esposas afirmaram que estão mais insatisfeitas.
Walum disse que a influência dos níveis do hormônio vasopressina nas relações sociais é "modesta" e insuficiente para que seja previsto de forma exata o comportamento futuro de um homem em um relacionamento, já que também há a intervenção de fatores socioculturais.
Ter o alelo 334 "não significa necessariamente que estejam menos capacitados para o amor, mas que possuem uma limitação na capacidade social", afirmou Walum.
Embora isto não equivalha a estar "condenado" a fracassar em um relacionamento, significa sim que há um aumento da probabilidade de que isto ocorra e que o homem seja mais infiel.
A pesquisa sobre a promiscuidade masculina começou com um estudo sobre o comportamento dos ratos-do-campo machos, que são monogâmicos de acordo com a recepção da vasopressina em seu cérebro.
O receptor deste hormônio está conectado ao sistema de recompensas do cérebro, de forma que se torna ativo cada vez que se acasalam com uma rata da mesma espécie.
Esta dinâmica que acontece com estes ratos se parece muito com o comportamento dos homens. Entretanto, segundo os cientistas do Karolinska - onde anualmente se escolhe o ganhador do Nobel de Medicina - é apenas uma especulação.
Esta descoberta pode servir futuramente para ajudar na pesquisa de patologias que dificultam as relações sociais como o autismo ou a fobia social, declarou o pesquisador. EFE
Copenhague, 3 set (EFE).- Um estudo do Instituto Karolinska de Estocolmo afirma que um dos culpados pela infidelidade dos homens é um gene, o alelo 334, que administra a vasopressina, hormônio que se reproduz naturalmente através, por exemplo, dos orgasmos.
Desta forma, os homens que possuem esta variante do gene dificilmente conseguiriam manter uma relação estável, diz o estudo dos cientistas suecos divulgado ontem.
Para os infiéis que sempre buscam uma desculpa, o estudo pode levar a uma razão científica para este comportamento: "Amor, a culpa é do alelo".
O alelo 334 é o responsável pelo receptor da arginina-vasopressina (AVP), um hormônio que está presente no cérebro da maior parte dos mamíferos, diz esta pesquisa.
A descoberta é importante, pois "é a primeira vez que se associa o variante de um gene específico à forma como os homens se comportam com seus parceiros", explicou à Agência Efe Hasse Walum, do Departamento de Epidemiologia Médica e Bioestatística do Karolinska e um dos responsáveis pela pesquisa.
A análise aconteceu durante pelo menos cinco anos com pares heterossexuais - mais de mil, dos quais 550 eram gêmeos - que relataram em testes psicológicos se sentiam-se felizes, como era sua convivência, se riam ou beijavam freqüentemente e sobre o futuro de sua relação.
O resultado foi então que os homens com o alelo 334 - cerca de 40% dos estudados - afirmaram que têm laços menos fortes com suas mulheres e, além disso, elas reconheceram que se sentiam menos satisfeitas com seus cônjuges que as que se casaram com homens sem esta variante genética.
Foi verificado pelo estudo que os homens que possuem duas cópias do alelo 334 tiveram em sua vida mais crises de relacionamento e suas esposas afirmaram que estão mais insatisfeitas.
Walum disse que a influência dos níveis do hormônio vasopressina nas relações sociais é "modesta" e insuficiente para que seja previsto de forma exata o comportamento futuro de um homem em um relacionamento, já que também há a intervenção de fatores socioculturais.
Ter o alelo 334 "não significa necessariamente que estejam menos capacitados para o amor, mas que possuem uma limitação na capacidade social", afirmou Walum.
Embora isto não equivalha a estar "condenado" a fracassar em um relacionamento, significa sim que há um aumento da probabilidade de que isto ocorra e que o homem seja mais infiel.
A pesquisa sobre a promiscuidade masculina começou com um estudo sobre o comportamento dos ratos-do-campo machos, que são monogâmicos de acordo com a recepção da vasopressina em seu cérebro.
O receptor deste hormônio está conectado ao sistema de recompensas do cérebro, de forma que se torna ativo cada vez que se acasalam com uma rata da mesma espécie.
Esta dinâmica que acontece com estes ratos se parece muito com o comportamento dos homens. Entretanto, segundo os cientistas do Karolinska - onde anualmente se escolhe o ganhador do Nobel de Medicina - é apenas uma especulação.
Esta descoberta pode servir futuramente para ajudar na pesquisa de patologias que dificultam as relações sociais como o autismo ou a fobia social, declarou o pesquisador. EFE
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