O Brasil começa a produzir o genérico do anti-retroviral Efavirenz - o primeiro medicamento antiaids fabricado no país após a quebra de patente. A Fiocruz protocolou nesta terça-feira, na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o pedido do registro da versão genérica do remédio, cuja patente foi quebrada em maio de 2007. Os primeiros lotes do medicamento devem chegar ao mercado no primeiro semestre de 2009. O Efavirenz é um dos 17 remédios que compõem o coquetel de drogas capazes de inibir a reprodução do HIV.
Antes da quebra de patente, o país gastava cerca de 90 milhões de reais com a compra do remédio, usado por 77.000 pacientes. Depois, com a aquisição do genérico produzido na Índia, a economia superou os 25 milhões anuais. Os estoques do genérico indiano duram até meados de 2009. A idéia é que, terminado o estoque, a Fiocruz possa abastecer toda a demanda nacional com o produto nacional.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse ao jornal O Estado de S.Paulo que o genérico do Efavirenz terá um custo "competitivo" com o medicamento que hoje é importado da Índia. "Mesmo que (o preço) seja um pouco superior, a estratégia é importante. Reforça a indústria nacional, dá independência ao país", disse.O remédio é feito em conjunto com três laboratórios nacionais: Cristália, Nortec e Globequímica. As empresas ficaram encarregadas de produzir a matéria-prima e a Fiocruz, o produto final.
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