Por Mondarto
Um grupo de pesquisadores americanos conseguiu recriar em laboratório o processo de formação do câncer de ovário, produzindo evidências sólidas de que os tumores começam nas trompas de falópio, e não nos próprios ovários.
Entre as mulheres, o câncer nos ovários é o quinto mais mortífero, afetando, ao todo, 200 mil pessoas por ano, matando cerca de 115 mil em média no mundo.
A hipótese já havia sido cogitada em estudos anteriores, dando conta de que este carcinoma pode, na verdade, ter origem em algum outro órgão, mas a pesquisa dos cientistas do Instituto do Câncer Dana-Farber, de Boston, nos Estados Unidos, é a primeira a mostrar como a doença começa no tecido das trompas de falópio.
As trompas de falópio – ou tubas uterinas — são os canais por onde o óvulo desce dos ovários para o útero durante o ciclo reprodutivo feminino.
Ronny Drapkin, principal autor do estudo disse que análises anteriores feitas com tecido tubário de mulheres com predisposição a desenvolver o câncer de ovário já haviam mostrado “traços de células que eram antecessores de sérios tipos de câncer”. Assim, sua equipe decidiu tentar replicar o processo de formação do câncer dentro do laboratório.
Os pesquisadores usaram células tubárias e alteraram sua programação genética para que elas se dividissem como células cancerosas. Da mesma forma que as células de um tumor, estas células cancerosas ‘artificiais’ se proliferaram rapidamente e conseguiram deixar seu tecido de origem para crescer em outro local. Implantadas em cobaias animais, as células também deram origem a tumores estrutural, genética e comportamentalmente semelhantes ao HGSOC (sigla científica para câncer de ovário) humano.
Para Drapkin, a descoberta mostra que as células tubárias são a fonte do câncer de ovário, e dá pistas para o desenvolvimento de futuros tratamentos.
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