19 de abril de 2011 | 12h 52
estadão.com.br
SÃO PAULO - Um estudo norte-americano comparou os efeitos do consumo de energéticos com bebidas alcoólicas e do consumo de álcool sozinho por um grupo de jovens. De acordo com os dados colhidos, e que serão publicados na edição de julho da revista Alcoholism: Clinical & Experimental Research, a mistura é mais prejudicial porque aumenta a impulsividade das pessoas.
Arquivo AE
Combinação álcool e energético alterou a percepção cognitiva dos jovens participantes do estudo
O que os pesquisadores observaram foi que a combinação alterou a percepção cognitiva dos consumidores, aumentando a sensação de excitação, que já é ativada com a ingestão do álcool. Esta sensação combinada com o comprometimento do controle dos impulsos deixa a mistura perigosa.
"Nós descobrimos que a bebida energética altera a reação ao álcool, em comparação com quem bebe apenas a bebida alcoólica", disse Cécile A. Marczinski, professora assistente de psicologia da Northern Kentucky University e principal autora do estudo. "Uma pessoa que bebe álcool, com ou sem o energético, age impulsivamente. No entanto, o consumidor de álcool e bebida energética se sentiu mais estimulado. Portanto, o consumo de bebida energética combinada com o álcool configura uma cenário arriscado por causa da aumento na sensação do estímulo e níveis de alta impulsividade".
Um detalhe importante relatado neste estudo é que a presença do energético não alterou o nível de comprometimento associado ao consumo de álcool, mas sim a percepção deste comprometimento.
O estudo observou 56 estudantes com idades entre 21 e 33 anos. Eles foram divididos em grupos que receberam dosagens diferentes de álcool, energéticos, uma bebida que mistura os dois e uma mistura placebo.
Os pesquisadores então os submeteram a testes para observar, por exemplo, em quanto tempo eles executavam um tarefa. Eles também tiveram que relatar como se sentiam, se estimulados, sedados, enfraquecidos ou se de alguma forma se sentiam intoxicados.
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