De acordo com pesquisas realizadas por cientistas da Universidade de Michigan – Estados Unidos – o paratormônio evita nos ursos a lixiviação do cálcio e o enfraquecimento dos ossos além de ser mais eficaz do que o hormônio humano responsável pela mesma função.
A osteoporose é uma doença que afeta os ossos, suas características estão relacionadas com o desenvolvimento de ossos ocos e fracos devido à perda substancial de massa óssea. A enfermidade faz parte do processo natural do envelhecimento e sua maior incidência está nas mulheres em fase de menopausa, período em que ocorrem alterações nas taxas hormonais femininas. O sedentarismo também contribui para o desenvolvimento da doença.
Os cientistas ficaram intrigados com o fato de os ursos passarem grande parte do tempo em estado de hibernação e ainda assim conseguirem manter seus ossos fortes e saudáveis. Após análises os pesquisadores identificaram que esse quadro se deve ao trabalho eficiente realizado pelo hormônio da paratireóide. A fim de compreender todos os mecanismos desta substância foram utilizadas versões recombinantes do material genético do paratormônio e amostras deste hormônio foram inseridas em células humanas responsáveis pela síntese ósseas – os osteoblastos.
Os dados encontrados demonstram que o hormônio dos ursos evita a morte das células e funciona melhor sobre a via de sinalização responsável pela formação óssea quando comparado com os resultados do hormônio produzido pelos homens. O próximo passo da pesquisa é analisar o efeito do hormônio da paratireóide em mulheres na menopausa. O estudo será conduzido através de experiências com camundongos e posteriormente ocorrerão testes em humanos. Os cientistas acreditam que se os testes apresentarem resultados positivos poderão utilizar o paratormônio dos ursos como forma de prevenção da osteoporose.
Seg, 18 de Abril de 2011 05:12
Érika Rodrigues
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