Depois de ler esse texto, você vai ter um novo tipo de suspeita toda vez que seu filho se queixar de dor de barriga: pode ser que ele esteja com enxaqueca. A constatação é de um hospital pediátrico em Norfolk (Virgínia, EUA), cujos médicos passaram a observar constantes casos em que as crianças se queixavam de dor abdominal sem razão aparente.
Normalmente, os doutores receitam analgésicos e passam dietas, mas quase sempre esta não é a raiz do problema. Uma pesquisa recente indica que duas de cada cem crianças americanas sofrem com essa enxaqueca abdominal.
Checando arquivos médicos de 450 crianças atendidas no hospital, eles constataram que a maior parte dos sintomas não foi identificada corretamente. É um problema mais grave do que parece: assim como a encefálica, a enxaqueca abdominal é feita de ataques crônicos e esporádicos. Alguns deles duram “apenas” uma hora, embora já deva ser ruim para a criança suportar uma hora de dor abdominal aguda, acompanhada de náuseas e vômitos. Mas as crises mais drásticas chegam a durar 72 horas, número que espanta os médicos especialistas no assunto.
Alguns médicos associam a doença à genética, porque uma pesquisa recente revelou que os pais em questão geralmente sofriam do mesmo problema quando eram crianças. E a maioria dos adultos não hesita em levar os filhos ao médico logo que os sintomas começam, já que uma das consequências é a criança ficar “fantasmagoricamente pálida”, como definiram os médicos. [Reuters]
Por Bruno Calzavara em 25.04.2011 as 17:40
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