Por Mondarto
O tratamento de diabetes tipo1 ganhou um novo aliado: o pâncreas artificial. O “órgão” monitora os níveis de açúcar no sangue e libera, automaticamente, quantidades adequadas de insulina para combater a diabetes tipo 1. Nesse tipo de diabetes, o paciente precisa tomar várias injeções diárias de insulina para controlar a doença.
O pâncreas artificial foi testado por pesquisadores da Universidade de Cambridge que afirmaram que o aparelho está pronto para ser usado por diabéticos em casa. A afirmação está baseada na pesquisa efetuada com 24 pacientes hospitalizados com resultados satisfatórios e publicada no periódico British Medical Journal.
O aparelho combina um sensor de glicose implantado no corpo a uma bomba com cateter, que libera a insulina. Ao detectar variações nos níveis de açúcar, o sensor dispara sinais de radiofrequência para a bomba, que libera a quantidade de insulina adequada.
Os pacientes que testaram o dispositivo foram divididos em dois grupos: um se alimentou com quantidades razoáveis de comida e outro comeu excessivamente e bebeu álcool. Embora muita comida e bebida aumentem a quantidade de açúcar no sangue, mais insulina é necessária. O pâncreas artificial detectou corretamente as diferentes necessidades e conseguiu controlar os níveis de glicemia nos dois grupos.
Quando o suprimento de insulina é excessivo, as taxas de glicose diminuem e podem levar a desmaios, convulsões e até causar a morte. E o risco é maior à noite, porque dormindo o paciente pode não sentir os sintomas. Mas, o pâncreas artificial é uma forma segura de controlar açúcar no sangue e diminuir esse risco. Nos diabéticos, esse controle é muito delicado e no paciente com diabetes tipo 1 é a insulina que o mantém vivo, por isso, o cálculo da quantidade a ser injetada é importantíssimo.
Muitos endocrinologistas estão otimistas e consideram o aparelho uma evolução dos tratamentos de diabetes, mas ainda é preciso testá-lo em mais pessoas, para avaliar a segurança.
A estimativa dos médicos é que o pâncreas artificial estará disponível no mercado daqui a três anos.
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