Por Mondarto
A indústria farmacêutica está apostando numa nova droga para combater a obesidade. O medicamento que combina uma substância anticonvulsiva e um derivado da anfetamina foi testado em um estudo com mais de 2.400 pessoas que apresentavam obesidade ou sobrepeso e que tinham pelo menos duas doenças associadas, como hipertensão e diabetes.A pesquisa foi conduzida pela Universidade Duke, nos Estados Unidos, e financiada pelo laboratório Vivus, que aguarda a aprovação do medicamento pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora americana.
Os participantes foram divididos em três grupos e acompanhados durante 56 semanas. No grupo que tomou a dose maior da droga, a perda de peso média foi de 9,8%. No grupo que tomou a dose menor, a média foi de 7,8%. Já no grupo placebo, que só se submeteu a um programa de dieta, a média da perda de peso foi de 1,2%.
Os endocrinologistas acreditam que a medicação é a nova promessa no combate à obesidade. Mas, segundo o clínico-geral Paulo Olzon, da Unifesp, a droga pode causar dependência. Para ele, ainda há falhas na metodologia do trabalho. E afirma que o estudo não justifica os critérios que usou para determinar os efeitos colaterais.
Olzon afirma, também, que o remédio pode causar dependência, já que a pessoa pode se condicionar psicologicamente a emagrecer só por meio do remédio.
O médico Alfredo Halpern, chefe do grupo de obesidade do Hospital das Clínicas, afirma que a associação das duas drogas é “uma excelente opção”.
Ricardo Meirelles, membro da Sociedade Brasileira de Endocrionologia e Metabologia, defende o remédio e afirma que os emagrecedores que conseguem causar mais do que 5% de perda de peso são promissores. E esse beirou os 10%, reforça.
Os efeitos colaterais já observados para essa associação de drogas incluem insônia, irritabilidade, depressão, dor de cabeça e tontura.
O estudo foi publicado na edição virtual do periódico Lancet.
http://www.corposaun.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário