Por Mondarto
A cirurgia para perda de peso aumenta em seis vezes o risco de morte. E, segundo pesquisadores americanos, após analisar dados de mais de 105 mil pessoas submetidas ao procedimento, existem seis fatores que mais aumentam o risco de o paciente morrer antes de receber alta.O fator que apresentou maior peso foi o tipo de cirurgia realizada. Pacientes submetidos à técnica do by-pass gástrico apresentaram 5,8 vezes mais risco de morrer. O aumento foi de 4,8 vezes quando compararam a cirurgia aberta (na qual é feito um grande corte na barriga) com a laparoscopia – menos invasiva.
Nas cirurgias realizadas na rede particular entre pacientes do sexo masculino, o risco foi cerca de três vezes maior. Aqueles com 60 anos ou mais apresentaram o dobro de risco dos mais jovens. E o risco dos diabéticos foi 1,5 vez maior.
O principal autor do trabalho, Ninh Nguyen, da Universidade da Califórnia em Irvine, afirma que a cirurgia bariátrica é muito segura, mas ainda se pode fazer mais para melhorar as chances de sobrevivência dos pacientes de alto risco.
O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Ricardo Cohen, explica que embora a banda gástrica ajustável ofereça menos risco – por não haver cortes no estômago -, sua eficácia também é menor e, por isso, é menos realizada. A cirurgia aberta – única opção disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) é bem mais comum no Brasil que a laparoscopia.
Outro estudo mostrou que apenas 1 em cada 1 mil pacientes submetidos à colocação de banda gástrica ajustável por laparoscopia morre. O número sobe para 2 em cada 1 mil no caso dos que fizeram by-pass gástrico por laparoscopia.
Estudos anteriores também apontaram que o risco de conviver com as doenças causadas pela obesidade superam os riscos associados à cirurgia bariátrica. Após a operação, pacientes podem aumentar sua expectativa de vida em até 89%.
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