Por Mondarto
A hepatite C é a doença que causa o maior número de óbitos entre todos os tipos de hepatite, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A doença, que atinge grupos de pessoas mais velhas, em especial contaminadas por transfusão sanguínea, é silenciosa, em 70% dos casos, se torna crônica e não há vacina contra esse tipo de hepatite.Mas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a comercialização do antiviral boceprevir, do laboratório Merck Sharp & Dohme (MSD), para tratamento da hepatite C. O remédio será usado em terapia tripla, ou seja, em combinação com o tratamento disponível hoje, que usa as drogas peginterferon e ribavirina.
O novo medicamento aumenta em duas a três vezes as chances de cura destes grupos e impede a replicação do vírus causador da doença. É indicado para portadores do genótipo 1 do HCV que nunca foram tratados e para os que não tiveram sucesso com o tratamento atual.
Raymundo Paraná, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, diz que o remédio chega em um momento muito oportuno, mas ainda não será definitivo, já que novas drogas poderão surgir conforme as pesquisas avançam.
O médico explica que a nova droga precisa ser usada três vezes por dia e associada aos outros, totaliza quase 20 comprimidos contando os outros remédios que o doente deverá manter para o controle da doença. O paciente precisa ser bem educado e motivado para aderir ao tratamento e não deixar de consumir nenhum remédio, afirma o médico.
O presidente da sociedade lembra que a droga tem outra vantagem: pode potencializar os efeitos colaterais do peginterferon e da ribavirina, como anemia e distúrbios gastrointestinal. O antiviral sozinho já provoca mudança no paladar, explica Paraná.
O medicamento ainda não está disponível para comercialização e segundo o laboratório MSD, deve estar à venda em três meses, embora ainda não tenha data oficial.
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