O novo remédio Pradaxa pode ser o “santo graal” no combate ao derrame. A esperança dos cardiologistas é que a pílula capaz de evitar milhares de acidentes vasculares cerebrais (AVCs) esteja disponível para até um milhão de pacientes no final deste ano.
O medicamento tem a função de deixar o sangue menos espesso para que possa fluir melhor entre as veias e artérias, sem as obstruir.
Cerca de 1,2 milhão de pessoas na Grã-Bretanha vivem com uma condição chamada de fibrilação atrial (FA) – batimento cardíaco rápido e irregular. No Brasil, a condição afeta principalmente os idosos: 6% das pessoas acima de 60 anos e 9% acima de 80 anos. Quem possui FA também tem maior risco de sofrer um AVC.
6 milhões de pessoas morrem por ano no mundo em decorrência de AVCs. Apenas no Brasil, esse número chega a 100 mil. Trata-se da maior causa de óbitos no país e a segunda no mundo todo.
Cerca de 500 mil vítimas da FA recebem prescrições médicas para tomar varfarina, uma droga para diluir o sangue, tradicionalmente usada – em grandes quantidades – como veneno de rato.
Durante os último 50 anos, o remédio tem sido usado para diminuir o risco de um tipo de derrame causado por coágulos de sangue, conhecido como acidente vascular cerebral isquêmico, entre pessoas com fibrilação atrial.
No entanto, os pacientes necessitam de controles regulares de sangue para garantir que eles estão recebendo a dose certa. Níveis muito altos podem ser perigosos e causar sérias hemorragias. A droga ainda pode interferir em outros medicamentos, como antibióticos, enquanto que alterações na dieta alimentar podem afetar a forma como a varfarina funciona.
Agora, os resultados atualizados de um experimento clínico demonstraram que o Pradaxa, também conhecido pelo seu nome genérico etexilato de dabigatrana, pode reduzir o número de derrames para um terço em relação ao uso de varfarina.
Um estudo com 18 mil pessoas que sofrem de fibrilação atrial concluiu que tomar 150 miligramas de Pradaxa diariamente reduz o risco de AVC entre 30% e 39%, dependendo da severidade da FA.
O medicamento já recebeu a aprovação da entidade americana que fiscaliza remédios, a Administração de Alimentos e Medicamentos (Food and Drugs Administration).
Apesar das maravilhas da pílula, ela pode chegar ao mercado com um custo muito alto. Considerando que os custos da varfarina não passam de cerca de 2,70 reais por mês, a nova droga já está licenciada para uso em pacientes que tiveram substituição de quadril ou joelho, e eles desembolsam o equivalente a 11,30 reais por dia (R$ 340 por mês).
No entanto, um porta-voz da empresa que já produz o remédio garantiu que o custo seria, provavelmente, muito menor para pacientes com fibrilação atrial, tendo em vista que o mercado consumidor é bem maior.[Telegraph]
O medicamento tem a função de deixar o sangue menos espesso para que possa fluir melhor entre as veias e artérias, sem as obstruir.
Cerca de 1,2 milhão de pessoas na Grã-Bretanha vivem com uma condição chamada de fibrilação atrial (FA) – batimento cardíaco rápido e irregular. No Brasil, a condição afeta principalmente os idosos: 6% das pessoas acima de 60 anos e 9% acima de 80 anos. Quem possui FA também tem maior risco de sofrer um AVC.
6 milhões de pessoas morrem por ano no mundo em decorrência de AVCs. Apenas no Brasil, esse número chega a 100 mil. Trata-se da maior causa de óbitos no país e a segunda no mundo todo.
Cerca de 500 mil vítimas da FA recebem prescrições médicas para tomar varfarina, uma droga para diluir o sangue, tradicionalmente usada – em grandes quantidades – como veneno de rato.
Durante os último 50 anos, o remédio tem sido usado para diminuir o risco de um tipo de derrame causado por coágulos de sangue, conhecido como acidente vascular cerebral isquêmico, entre pessoas com fibrilação atrial.
No entanto, os pacientes necessitam de controles regulares de sangue para garantir que eles estão recebendo a dose certa. Níveis muito altos podem ser perigosos e causar sérias hemorragias. A droga ainda pode interferir em outros medicamentos, como antibióticos, enquanto que alterações na dieta alimentar podem afetar a forma como a varfarina funciona.
Agora, os resultados atualizados de um experimento clínico demonstraram que o Pradaxa, também conhecido pelo seu nome genérico etexilato de dabigatrana, pode reduzir o número de derrames para um terço em relação ao uso de varfarina.
Um estudo com 18 mil pessoas que sofrem de fibrilação atrial concluiu que tomar 150 miligramas de Pradaxa diariamente reduz o risco de AVC entre 30% e 39%, dependendo da severidade da FA.
O medicamento já recebeu a aprovação da entidade americana que fiscaliza remédios, a Administração de Alimentos e Medicamentos (Food and Drugs Administration).
Apesar das maravilhas da pílula, ela pode chegar ao mercado com um custo muito alto. Considerando que os custos da varfarina não passam de cerca de 2,70 reais por mês, a nova droga já está licenciada para uso em pacientes que tiveram substituição de quadril ou joelho, e eles desembolsam o equivalente a 11,30 reais por dia (R$ 340 por mês).
No entanto, um porta-voz da empresa que já produz o remédio garantiu que o custo seria, provavelmente, muito menor para pacientes com fibrilação atrial, tendo em vista que o mercado consumidor é bem maior.[Telegraph]
Por Bruno Calzavara em 9.08.2011 as 18:00
http://hypescience.com
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