RIO - A diabetes aumenta em até três vezes as chances de se contrair tuberculose ativa e pode ser a causa de mais de 10% dos casos da doença na China e Índia, anunciaram ontem pesquisadores da Harvard no PLoS Medicine, periódico publicado pela Public Library of Science. A relação foi observada em vários países, independentemente de região geográfica.
Segundo o pneumologista Celso Villela Fernandes, o resultado da pesquisa é bem racional.
– A diabetes é uma doença crônica que causa uma imunodeficiência. Portanto, o paciente está mais suscetível a infecções – explicou.
O pneumologista Marcelo Bicalho concorda e acrescenta que outras causas de imunodepressão, tal como a pneumonia ou um procedimento cirúrgico, também podem aumentar o risco da tuberculose, doença transmitida por tosse ou espirro de alguém que esteja doente.
Pesquisadores da Harvard analisaram dados de mais de 1,7 milhão de pessoas no Canadá, México, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Rússia, Taiwan, Índia e Coréia do Sul.
– Existem provas de que a diabetes predispõe pessoas a infecções tuberculosas e prejudica a capacidade de responder a infecções – disse Megan Murray, epidemiologista que conduziu as investigações junto sua colega de Harvard, Christie Jeon. – Com cerca de 171 milhões de diabéticos, um valor que está previsto a duplicar até 2030, fica claro que a diabetes contribui de forma significativa ao atual e futuro problema da tuberculose a nível mundial.
Atualmente, a tuberculose só perde para a Aids na lista de doenças contagiosas que causam maior número de mortes. Calcula-se que um terço da população mundial esteja contagiada com a bactéria, que normalmente ataca os pulmões.
Fatores de risco
Para controlar a doença, cientistas anseiam entender os fatores que desencadeiam o desenvolvimento da tuberculose ativa em pessoas aparentemente saudáveis mas que carregam a infecção de forma latente.
A Aids tem ajudado a manter a incidência da tuberculose em alta, e o estudo sugere que a diabetes produz efeito igual.
Em casos de diabetes, os níveis de açucar no sangue são altos demais, podendo prejudicar os olhos, rins e nervos, assim como causar doenças cardíacas, infarto e amputação de membros.
– A contribuição da diabetes para o problema da tuberculose pode ser ainda mais alto em países em desenvolvimento como a Índia e a China, onde a incidência da tuberculose é maior e a idade média dos afetados é mais baixa – acrescentou Murray.
A tuberculose mata cerca de 1,7 milhão de pessoas por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde. A Ásia tem o maior número de casos enquanto a África tem as taxas mais elevadas.
– As regiões mais afetadas são aquelas onde a diabetes ocorre com muita freqüência e a tuberculose permanece ativa. Isso inclui a Índia, partes da América Latina e populações específicas como algumas tribos indígenas dos Estados Unidos – afirmou Murray.
Segundo o pneumologista Celso Villela Fernandes, o resultado da pesquisa é bem racional.
– A diabetes é uma doença crônica que causa uma imunodeficiência. Portanto, o paciente está mais suscetível a infecções – explicou.
O pneumologista Marcelo Bicalho concorda e acrescenta que outras causas de imunodepressão, tal como a pneumonia ou um procedimento cirúrgico, também podem aumentar o risco da tuberculose, doença transmitida por tosse ou espirro de alguém que esteja doente.
Pesquisadores da Harvard analisaram dados de mais de 1,7 milhão de pessoas no Canadá, México, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Rússia, Taiwan, Índia e Coréia do Sul.
– Existem provas de que a diabetes predispõe pessoas a infecções tuberculosas e prejudica a capacidade de responder a infecções – disse Megan Murray, epidemiologista que conduziu as investigações junto sua colega de Harvard, Christie Jeon. – Com cerca de 171 milhões de diabéticos, um valor que está previsto a duplicar até 2030, fica claro que a diabetes contribui de forma significativa ao atual e futuro problema da tuberculose a nível mundial.
Atualmente, a tuberculose só perde para a Aids na lista de doenças contagiosas que causam maior número de mortes. Calcula-se que um terço da população mundial esteja contagiada com a bactéria, que normalmente ataca os pulmões.
Fatores de risco
Para controlar a doença, cientistas anseiam entender os fatores que desencadeiam o desenvolvimento da tuberculose ativa em pessoas aparentemente saudáveis mas que carregam a infecção de forma latente.
A Aids tem ajudado a manter a incidência da tuberculose em alta, e o estudo sugere que a diabetes produz efeito igual.
Em casos de diabetes, os níveis de açucar no sangue são altos demais, podendo prejudicar os olhos, rins e nervos, assim como causar doenças cardíacas, infarto e amputação de membros.
– A contribuição da diabetes para o problema da tuberculose pode ser ainda mais alto em países em desenvolvimento como a Índia e a China, onde a incidência da tuberculose é maior e a idade média dos afetados é mais baixa – acrescentou Murray.
A tuberculose mata cerca de 1,7 milhão de pessoas por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde. A Ásia tem o maior número de casos enquanto a África tem as taxas mais elevadas.
– As regiões mais afetadas são aquelas onde a diabetes ocorre com muita freqüência e a tuberculose permanece ativa. Isso inclui a Índia, partes da América Latina e populações específicas como algumas tribos indígenas dos Estados Unidos – afirmou Murray.
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