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Quem pode doar o órgão?
A opção de uma pessoa tornar-se doadora de órgãos deve constar em seu documento de identidade e a família deve concordar explicitamente com a doação. Não existe limite para idade do doador. É necessário que sejam excluídos aqueles portadores de doenças cardíacas e de estados infecciosos atuais ou antigos como hepatite B, C, AIDS e outros que formalmente contra-indicam a doação, sob pena de repassá-los a quem receber o órgão.
O doador poderá estar no mesmo hospital ou à distância, na mesma região ou em outro estado. Por isso, é necessário o estabelecimento de logística de busca, sempre levando em conta que o coração resiste até 4 horas sem funcionar. Esse tempo deverá incluir a retirada cirúrgica do órgão no doador, seu acondicionamento em recipiente específico, transporte terrestre ou aéreo até o hospital e, finalmente, o implante cirúrgico do órgão no receptor. Não pode ocorrer falhas, tudo deve ser previsto!
Como ter certeza que o doador está morto e seus órgãos podem ser retirados?
A morte é um processo dinâmico que leva algum tempo para se completar, ou seja, do ponto de vista biológico, ela não é instantânea. O corpo humano é formado por inúmeros tecidos orgânicos diferentes. Por exemplo, o tecido mais sensível e que não suporta mais do que poucos minutos a ausência de circulação de sangue é o cérebro, enquanto que a pele e seus componentes resistem a muitas horas sem circulação sangüínea, a ponto de se observar o crescimento dos pelos e unhas após o falecimento.
Quando alguém sofre um trauma na cabeça ou um derrame que comprometa o chamado tronco encefálico, configura-se o coma encefálico profundo e irreversível. Nessas condições, esse indivíduo é considerado cadáver, apesar de o restante do organismo funcionar bem. Obrigatoriamente são realizados exames de eletroencefalograma, ultra-som vascular ou angiografia central, que comprovam que o encéfalo deste paciente está irreversivelmente danificado. Somente nessa condição de coma encefálico é que órgãos de uma pessoa podem ser retirados, com a devida autorização de seus familiares.
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