Problemas na tireóide podem estar relacionados ao diabetes.
Uma importante glândula do organismo humano, a tireóide é responsável pela produção de hormônios reguladores do metabolismo. Quando esta glândula não funciona adequadamente pode levar a repercussões em todo o corpo em graus de severidade que variam desde sintomas que muitas vezes passam despercebidos até alterações orgânicas graves, trazendo riscos à saúde.
De acordo com a Dra. Denise Reis Franco, endocrinologista, mestre pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), diretora científica da Associação de Diabetes Juvenil, a tireóide produz os hormônios T4 e T3, que possibilitam a utilização adequada de energia do corpo.
Em geral, é possível encontrar diferentes alterações na tireóide. O excesso de hormônio tireoidiano, conhecido como hipertireoidismo, e a falta dele, o hipotireoidismo, são os principais distúrbios e é preciso estar atento aos sintomas. No hipertireoidismo, os mais comuns são palpitações, nervosismo, aumento da transpiração, fraqueza muscular, perda de peso e de cabelo. E no hipotireoidismo, a lentidão, cansaço, sensação de frio, depressão, sonolência durante o dia, mesmo após uma noite bem dormida, ganho de peso, cabelos secos e finos, pele seca e áspera são os sintomas mais freqüentes.
Alguns estudos evidenciam que as doenças da tireóide acometem 12% da população geral. Aproximadamente 10% das mulheres acima de 40 anos e em torno de 20% acima de 60 anos manifestam algum problema na tireóide.
A Dra. Denise explica que os problemas tireoidianos podem estar mais presentes nos pacientes com diabetes do tipo 1 que é uma doença auto-imune e pode estar associada a outras auto-imunes, como as doenças da tireóide. “Estudos evidenciam uma chance de 25% de diabéticos do tipo 1 apresentarem os anticorpos contra a tireóide que podem estar presentes em doenças como o hipotireoidismo e o hipertireoidismo. Por isso, checamos a tireóide de quem tem diabetes tipo 1 uma vez por ano”, conta a especialista, destacando que a estimativa de problemas na tireóide é de 23,4% para pacientes com diabetes tipo 1 e 10,8% para portadores de diabetes tipo 2.
A médica ressalta que no hipertireoidismo o aumento dos hormônios da tireóide provoca a elevação na produção de glicose no organismo. “Em uma pessoa que não tem diabetes essa alteração é compensada pela produção de insulina, mas em quem tem diabetes isso pode significar piora para o controle glicêmico, exigindo um acompanhamento mais freqüente”, diz.
No hipotireoidismo, ao contrário, os hormônios da tireóide estão diminuídos no limite mínimo da normalidade e o hormônio da hipófise, o TSH, encontra-se elevado. Além dos sintomas comuns, o controle da glicemia também pode ficar difícil, com maior incidência de episódios de hipoglicemia. E o hipotireoidismo também provoca acúmulo de gorduras no sangue (colesterol), acarretando em risco de complicações do diabetes.
Controlando a glicemia
A Dra. Denise afirma que o tratamento da doença tireoidiana dependerá da disfunção hormonal, ou seja, varia conforme houver excesso ou falta de hormônio. No caso de hipertireoidismo, o especialista prescreverá uma determinada medicação para redução da produção do hormônio. No hipotireoidismo, o hormônio será substituído pela medicação na forma oral, que é calculada de acordo com o peso do paciente, resultando na dose semelhante ao índice que deveria estar produzindo.
“Em pacientes com diabetes, a monitorização da glicemia é fundamental no tratamento, pois a pessoa poderá ter o seu controle glicêmico alterado com o ajuste das doses da medicação e estabilização da alteração da tireóide”, lembra a médica.
A endocrinologista enfatiza que o acompanhamento da função da tireóide pode ser feito com dosagens hormonais de TSH, T4 livre e T3, além do ultra-som da tireóide. A avaliação do médico é importante no seguimento do tratamento para o ajuste das doses, tanto das medicações para tireóide quanto para o diabetes.
Prevenindo o surgimento
Nos casos de diabetes tipo 1, a Dra. Denise informa que, devido à freqüência da associação com outras doenças auto-imunes, é necessário investigar a possibilidade da existência da doença tireoidiana, principalmente, quando há dificuldade em ajustar a dose da insulina ou de manter o controle adequado. “O simples exame de TSH pode ser suficiente para detectarmos a presença de uma doença tireoidiana associada ao diabetes. Mesmo para aqueles que já têm hipotireoidismo ou hipertireoidismo é possível verificar se há necessidade de ajuste na dose da medicação do controle da tireóide e com isso auxiliar no controle da glicemia”.
No diabetes tipo 2, a avaliação das dosagens de TSH é necessária para afastar os quadros de doença subclínica que podem estar associados a maior risco cardiovascular e de arritmias.
Fonte: Revista “De Bem com a Vida”
Uma importante glândula do organismo humano, a tireóide é responsável pela produção de hormônios reguladores do metabolismo. Quando esta glândula não funciona adequadamente pode levar a repercussões em todo o corpo em graus de severidade que variam desde sintomas que muitas vezes passam despercebidos até alterações orgânicas graves, trazendo riscos à saúde.
De acordo com a Dra. Denise Reis Franco, endocrinologista, mestre pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), diretora científica da Associação de Diabetes Juvenil, a tireóide produz os hormônios T4 e T3, que possibilitam a utilização adequada de energia do corpo.
Em geral, é possível encontrar diferentes alterações na tireóide. O excesso de hormônio tireoidiano, conhecido como hipertireoidismo, e a falta dele, o hipotireoidismo, são os principais distúrbios e é preciso estar atento aos sintomas. No hipertireoidismo, os mais comuns são palpitações, nervosismo, aumento da transpiração, fraqueza muscular, perda de peso e de cabelo. E no hipotireoidismo, a lentidão, cansaço, sensação de frio, depressão, sonolência durante o dia, mesmo após uma noite bem dormida, ganho de peso, cabelos secos e finos, pele seca e áspera são os sintomas mais freqüentes.
Alguns estudos evidenciam que as doenças da tireóide acometem 12% da população geral. Aproximadamente 10% das mulheres acima de 40 anos e em torno de 20% acima de 60 anos manifestam algum problema na tireóide.
A Dra. Denise explica que os problemas tireoidianos podem estar mais presentes nos pacientes com diabetes do tipo 1 que é uma doença auto-imune e pode estar associada a outras auto-imunes, como as doenças da tireóide. “Estudos evidenciam uma chance de 25% de diabéticos do tipo 1 apresentarem os anticorpos contra a tireóide que podem estar presentes em doenças como o hipotireoidismo e o hipertireoidismo. Por isso, checamos a tireóide de quem tem diabetes tipo 1 uma vez por ano”, conta a especialista, destacando que a estimativa de problemas na tireóide é de 23,4% para pacientes com diabetes tipo 1 e 10,8% para portadores de diabetes tipo 2.
A médica ressalta que no hipertireoidismo o aumento dos hormônios da tireóide provoca a elevação na produção de glicose no organismo. “Em uma pessoa que não tem diabetes essa alteração é compensada pela produção de insulina, mas em quem tem diabetes isso pode significar piora para o controle glicêmico, exigindo um acompanhamento mais freqüente”, diz.
No hipotireoidismo, ao contrário, os hormônios da tireóide estão diminuídos no limite mínimo da normalidade e o hormônio da hipófise, o TSH, encontra-se elevado. Além dos sintomas comuns, o controle da glicemia também pode ficar difícil, com maior incidência de episódios de hipoglicemia. E o hipotireoidismo também provoca acúmulo de gorduras no sangue (colesterol), acarretando em risco de complicações do diabetes.
Controlando a glicemia
A Dra. Denise afirma que o tratamento da doença tireoidiana dependerá da disfunção hormonal, ou seja, varia conforme houver excesso ou falta de hormônio. No caso de hipertireoidismo, o especialista prescreverá uma determinada medicação para redução da produção do hormônio. No hipotireoidismo, o hormônio será substituído pela medicação na forma oral, que é calculada de acordo com o peso do paciente, resultando na dose semelhante ao índice que deveria estar produzindo.
“Em pacientes com diabetes, a monitorização da glicemia é fundamental no tratamento, pois a pessoa poderá ter o seu controle glicêmico alterado com o ajuste das doses da medicação e estabilização da alteração da tireóide”, lembra a médica.
A endocrinologista enfatiza que o acompanhamento da função da tireóide pode ser feito com dosagens hormonais de TSH, T4 livre e T3, além do ultra-som da tireóide. A avaliação do médico é importante no seguimento do tratamento para o ajuste das doses, tanto das medicações para tireóide quanto para o diabetes.
Prevenindo o surgimento
Nos casos de diabetes tipo 1, a Dra. Denise informa que, devido à freqüência da associação com outras doenças auto-imunes, é necessário investigar a possibilidade da existência da doença tireoidiana, principalmente, quando há dificuldade em ajustar a dose da insulina ou de manter o controle adequado. “O simples exame de TSH pode ser suficiente para detectarmos a presença de uma doença tireoidiana associada ao diabetes. Mesmo para aqueles que já têm hipotireoidismo ou hipertireoidismo é possível verificar se há necessidade de ajuste na dose da medicação do controle da tireóide e com isso auxiliar no controle da glicemia”.
No diabetes tipo 2, a avaliação das dosagens de TSH é necessária para afastar os quadros de doença subclínica que podem estar associados a maior risco cardiovascular e de arritmias.
Fonte: Revista “De Bem com a Vida”
Nenhum comentário:
Postar um comentário