A diabetes é uma doença metabólica caracterizada pela hiperglicemia, ou seja, o aumento do nível de glicose na corrente sanguínea, ou excesso de açúcar no sangue. Essa alta taxa de glicose deve-se a deficiências na produção ou má funcionamento da insulina no organismo. A insulina, produzida pelo pâncreas, é responsável pelo controle da glicose em nosso metabolismo, por isso qualquer deficiência nesse quesito afeta o ser humano de forma expressiva.
O diabetes não pode ser curado, porém, existem tratamentos que asseguram a manutenção das taxas de glicemia, prevenindo sintomas e complicações. Por se tratar de uma doença abrangente, os tratamentos devem ser multidisciplinares, orienta Miguel Gonzáles, médico responsável pelo setor de Endocrinologia da Clínica Medcenter de São Bernardo. "Grande parte destes tratamentos começa a partir da aceitação e do conhecimento sobre a doença, a partir disso o controle torna-se mais rigoroso", garante.
As altas taxas de glicose no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração, por isso a importância de um rigoroso tratamento multidisciplinar. "Os portadores de diabetes devem fazer um acompanhamento com o oftalmologista, nutricionista, com o psicólogo e demais especialistas", indica o médico.
Os tipos mais freqüentes de diabetes são denominados tipos 1 e 2. O tipo 1, com uma incidência entre 5% e 10%, ocorre geralmente nos jovens, enquanto que no tipo 2, a ocorrência chega até 90%, geralmente em pessoas acima de 40 anos. Existe ainda a diabetes gestacional, que surge nas mulheres grávidas a partir de alterações na tolerância da glicose e os casos raros de diabetes, que podem ser adquiridos devido a doenças que causem a hiperglicemia ou ainda a partir do uso de drogas ou produtos químicos, como o alto consumo de álcool e medicamentos que contenha glicocorticoide.
O tipo 1 de diabetes é considerado uma doença auto-imune, caracterizado pela auto-destruição da insulina. Nesse caso, cerca de 40% do total de ocorrências são pessoas com idade abaixo de 20 anos. Pode ser causada por fatores genéticos, ambientais ou ainda devido a alguma lesão do pâncreas.
Nesse caso, vários fatores ambientais podem estar envolvidos, como vírus: caxumba, retrovírus e rubéola, que desencadeiam o sistema imunológico ou ainda bactérias: proteínas do leite e trigo. Os principais sintomas são perda de peso, sede excessiva, desidratação e fome. O tratamento é feito a base de insulina.
O tipo 2 é mais comum, ocorrendo geralmente devido a fatores de risco, como obesidade, histórico familiar, idade (acima de 40 anos), hipertensão arterial, alto índice de glicemia, tabagismo e diabetes gestacional. Não possui sintoma em grande parte dos casos. O tratamento para este caso varia desde medicações específicas (com hipoglicemiantes) até a aplicação de insulina. "As pessoas tem a idéia de que quando se chega na fase de insulina estão no fim da linha e que serão dependentes desta até o fim da vida. A verdade é que a insulina vai atuar junto com a medicação, facilitando o seu controle no pâncreas. Essa medida é apenas mais um tratamento, que pode ser suspenso caso remédio passe a ser suficiente", explica Miguel.
Existem ainda os casos extremos da doença, ocasionados pela falta de tratamento, em geral observados de forma aguda e crônica. A forma crônica pode ser observada a partir de um período de 5 a 10 anos sem o devido tratamento da doença, com o surgimento de glaucoma ou catarata e também doenças relacionadas aos rins e coração. Nos homens pode ser desenvolvida a impotência sexual.
Fator alimentar é a principal causa da hipoglicemia
A hipoglicemia não é uma doença e sim uma alteração laboratorial no organismo que pode ser conseqüência de outras enfermidades, uso de medicamentos ou ainda da má alimentação. Ao contrário do diabetes a alteração ocorre quando há uma queda na taxa de glicose no sangue, ou seja, a partir da falta de açúcar. Os principais sintomas de hipoglicemia são franqueza, tontura, sudorese (suor frio), tremores, mal estar e dor de cabeça. Geralmente as crises hipoglicemicas ocorrem 1h30 após a refeição.
"Na maior parte dos casos a crise hipoglicemica tem início após a ingestão de alimentos muito doces. O organismo que precisava de energia utiliza essa glicose e então se tem uma queda muito brusca na taxa glicêmica", explica o médico Miguel Gonzáles.
O fator alimentar é a principal causa da doença, sendo também o de mais simples tratamento. Sua incidência se dá a partir da má alimentação combinada ao grande consumo de doces. A orientação alimentar, com a imposição de regras nos horários e tipos de alimentos ingeridos é a forma de controle deste caso.
Quando a hipoglicemia ocorre devido a enfermidades específicas deve-se tratar a doença de base para equilibrar a taxa glicose. As principais doenças relacionadas com a hipoglicemia são insuficiência hepática, cardíaca ou renal, doenças endócrinas, insuficiência adrenal, deficiência hormonal do crescimento, anorexia nervosa, desnutrição e algumas infecções.
Já a hipoglicemia medicamentosa, comum em pacientes diabéticos com excesso de medicação (insulina) deve ser tratada a partir de uma alimentação não fragmentada mediante aplicação de insulina.
O nível normal de glicemia no sangue gira em torno de 70 até 99. Fugindo desse padrão, algumas alterações no organismo podem ser observadas, porém, nenhuma medicação ou conclusão deve ser tomada sem a consulta a um especialista. "A consulta com um médico é fundamental para que se estabeleça um diagnóstico correto para o possível tratamento", explica o médico.
Uma é causada pelo excesso de açúcar no sangue e outra pela baixa taxa de açúcar. Diabetes e hipoglicemia podem ter causas contrárias para sua existência, porém o tratamento de ambas baseia-se no mínimo consumo de açúcar.
Cláudia Maria Martinez Jorge, descobriu que era portadora do tipo 1 de diabetes há mais de 10 anos, após exames de rotina. Ela tinha os sintomas normais da doença, como boca seca, mal estar e sede excessiva, além de ter um histórico familiar bastante agravante. "Minha avó morreu em coma diabético, tenho diversos tios e primos com a doença".
A orientação inclui evitar doces e consumir com moderação alimentos que se transformem em glicose, como os carboidratos.
Outro problema é o fato de que produtos especiais para o diabético são muito caros. "O preço de um chocolate diet é mais caro do que uma barra de chocolate comum".
Da mesma forma, Idalina Rodrigues de Almeida Mariano, passou a controlar a alimentação após o anúncio de que era hipoglicemica. "Procuro não comer doces, arroz e não tomar refrigerante normal. Faço uma refeição baseada em verduras e legumes, e consumo sempre uma fruta entre uma refeição e outra. Além disso, criei o hábito de se alimentar várias vezes ao dia", acrescenta.
Idalina explica que sentia sintomas parecidos com os de labirintite, e que por isso o diagnóstico demorou a ser confirmado. "Sentia muita tontura e fraqueza, parecia que a qualquer momento poderia desmaiar. Somente depois do exame da curva glicêmica ficou constatado que a taxa de açúcar do meu organismo caia com muita facilidade", explica.
O tratamento é feito a partir de medicação. "O controle é difícil, mas com o tempo você acostuma e passa a pensar no que quer para sua vida. Tenho em mente que se não cuidar da hipoglicemia a tendência é ter diabetes mais cedo".
FONTE: Portal Diabetes
O diabetes não pode ser curado, porém, existem tratamentos que asseguram a manutenção das taxas de glicemia, prevenindo sintomas e complicações. Por se tratar de uma doença abrangente, os tratamentos devem ser multidisciplinares, orienta Miguel Gonzáles, médico responsável pelo setor de Endocrinologia da Clínica Medcenter de São Bernardo. "Grande parte destes tratamentos começa a partir da aceitação e do conhecimento sobre a doença, a partir disso o controle torna-se mais rigoroso", garante.
As altas taxas de glicose no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração, por isso a importância de um rigoroso tratamento multidisciplinar. "Os portadores de diabetes devem fazer um acompanhamento com o oftalmologista, nutricionista, com o psicólogo e demais especialistas", indica o médico.
Os tipos mais freqüentes de diabetes são denominados tipos 1 e 2. O tipo 1, com uma incidência entre 5% e 10%, ocorre geralmente nos jovens, enquanto que no tipo 2, a ocorrência chega até 90%, geralmente em pessoas acima de 40 anos. Existe ainda a diabetes gestacional, que surge nas mulheres grávidas a partir de alterações na tolerância da glicose e os casos raros de diabetes, que podem ser adquiridos devido a doenças que causem a hiperglicemia ou ainda a partir do uso de drogas ou produtos químicos, como o alto consumo de álcool e medicamentos que contenha glicocorticoide.
O tipo 1 de diabetes é considerado uma doença auto-imune, caracterizado pela auto-destruição da insulina. Nesse caso, cerca de 40% do total de ocorrências são pessoas com idade abaixo de 20 anos. Pode ser causada por fatores genéticos, ambientais ou ainda devido a alguma lesão do pâncreas.
Nesse caso, vários fatores ambientais podem estar envolvidos, como vírus: caxumba, retrovírus e rubéola, que desencadeiam o sistema imunológico ou ainda bactérias: proteínas do leite e trigo. Os principais sintomas são perda de peso, sede excessiva, desidratação e fome. O tratamento é feito a base de insulina.
O tipo 2 é mais comum, ocorrendo geralmente devido a fatores de risco, como obesidade, histórico familiar, idade (acima de 40 anos), hipertensão arterial, alto índice de glicemia, tabagismo e diabetes gestacional. Não possui sintoma em grande parte dos casos. O tratamento para este caso varia desde medicações específicas (com hipoglicemiantes) até a aplicação de insulina. "As pessoas tem a idéia de que quando se chega na fase de insulina estão no fim da linha e que serão dependentes desta até o fim da vida. A verdade é que a insulina vai atuar junto com a medicação, facilitando o seu controle no pâncreas. Essa medida é apenas mais um tratamento, que pode ser suspenso caso remédio passe a ser suficiente", explica Miguel.
Existem ainda os casos extremos da doença, ocasionados pela falta de tratamento, em geral observados de forma aguda e crônica. A forma crônica pode ser observada a partir de um período de 5 a 10 anos sem o devido tratamento da doença, com o surgimento de glaucoma ou catarata e também doenças relacionadas aos rins e coração. Nos homens pode ser desenvolvida a impotência sexual.
Fator alimentar é a principal causa da hipoglicemia
A hipoglicemia não é uma doença e sim uma alteração laboratorial no organismo que pode ser conseqüência de outras enfermidades, uso de medicamentos ou ainda da má alimentação. Ao contrário do diabetes a alteração ocorre quando há uma queda na taxa de glicose no sangue, ou seja, a partir da falta de açúcar. Os principais sintomas de hipoglicemia são franqueza, tontura, sudorese (suor frio), tremores, mal estar e dor de cabeça. Geralmente as crises hipoglicemicas ocorrem 1h30 após a refeição.
"Na maior parte dos casos a crise hipoglicemica tem início após a ingestão de alimentos muito doces. O organismo que precisava de energia utiliza essa glicose e então se tem uma queda muito brusca na taxa glicêmica", explica o médico Miguel Gonzáles.
O fator alimentar é a principal causa da doença, sendo também o de mais simples tratamento. Sua incidência se dá a partir da má alimentação combinada ao grande consumo de doces. A orientação alimentar, com a imposição de regras nos horários e tipos de alimentos ingeridos é a forma de controle deste caso.
Quando a hipoglicemia ocorre devido a enfermidades específicas deve-se tratar a doença de base para equilibrar a taxa glicose. As principais doenças relacionadas com a hipoglicemia são insuficiência hepática, cardíaca ou renal, doenças endócrinas, insuficiência adrenal, deficiência hormonal do crescimento, anorexia nervosa, desnutrição e algumas infecções.
Já a hipoglicemia medicamentosa, comum em pacientes diabéticos com excesso de medicação (insulina) deve ser tratada a partir de uma alimentação não fragmentada mediante aplicação de insulina.
O nível normal de glicemia no sangue gira em torno de 70 até 99. Fugindo desse padrão, algumas alterações no organismo podem ser observadas, porém, nenhuma medicação ou conclusão deve ser tomada sem a consulta a um especialista. "A consulta com um médico é fundamental para que se estabeleça um diagnóstico correto para o possível tratamento", explica o médico.
Uma é causada pelo excesso de açúcar no sangue e outra pela baixa taxa de açúcar. Diabetes e hipoglicemia podem ter causas contrárias para sua existência, porém o tratamento de ambas baseia-se no mínimo consumo de açúcar.
Cláudia Maria Martinez Jorge, descobriu que era portadora do tipo 1 de diabetes há mais de 10 anos, após exames de rotina. Ela tinha os sintomas normais da doença, como boca seca, mal estar e sede excessiva, além de ter um histórico familiar bastante agravante. "Minha avó morreu em coma diabético, tenho diversos tios e primos com a doença".
A orientação inclui evitar doces e consumir com moderação alimentos que se transformem em glicose, como os carboidratos.
Outro problema é o fato de que produtos especiais para o diabético são muito caros. "O preço de um chocolate diet é mais caro do que uma barra de chocolate comum".
Da mesma forma, Idalina Rodrigues de Almeida Mariano, passou a controlar a alimentação após o anúncio de que era hipoglicemica. "Procuro não comer doces, arroz e não tomar refrigerante normal. Faço uma refeição baseada em verduras e legumes, e consumo sempre uma fruta entre uma refeição e outra. Além disso, criei o hábito de se alimentar várias vezes ao dia", acrescenta.
Idalina explica que sentia sintomas parecidos com os de labirintite, e que por isso o diagnóstico demorou a ser confirmado. "Sentia muita tontura e fraqueza, parecia que a qualquer momento poderia desmaiar. Somente depois do exame da curva glicêmica ficou constatado que a taxa de açúcar do meu organismo caia com muita facilidade", explica.
O tratamento é feito a partir de medicação. "O controle é difícil, mas com o tempo você acostuma e passa a pensar no que quer para sua vida. Tenho em mente que se não cuidar da hipoglicemia a tendência é ter diabetes mais cedo".
FONTE: Portal Diabetes
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