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Por Dr. Renato Slomka.
Especial para o portal Comunidade Diabetes.
Especial para o portal Comunidade Diabetes.
Esta matéria tem o objetivo de trazer ao paciente com diabetes e seus familiares, através de uma linguagem simples, o conhecimento mínimo e essencial, no que se refere aos cuidados dos pés. Com o passar dos anos, o paciente portador de diabetes poderá desenvolver o que chamamos de neuropatia que é uma alteração do funcionamento normal dos nervos.
Esta neuropatia poderá ser de 3 tipos: sensitiva, motora ou autonômica. A neuropatia sensitiva faz com que a pessoa não tenha sensibilidade adequada e, portanto, perca a capacidade de defender-se de situações que possam ferir o pé, sem perceber o que está acontecendo, pois não existe o mecanismo de alerta provocado pela dor.
A neuropatia motora faz com que músculos do pé não funcionem normalmente e, consequentemente, surjam deformidades que, muitas vezes, instalam-se rapidamente. As deformidades mais freqüentes são as dos dedos onde existe predomínio de um grupo muscular sobre outro que perdeu função e leva à formação de "dedos em garra".
Como o Sistema Autônomo responde pela umidade e qualidade da pele, a neuropatia autonômica leva a uma pele seca e quebradiça que pode ser a porta de entrada de infecções.
A neuropatia motora faz com que músculos do pé não funcionem normalmente e, consequentemente, surjam deformidades que, muitas vezes, instalam-se rapidamente. As deformidades mais freqüentes são as dos dedos onde existe predomínio de um grupo muscular sobre outro que perdeu função e leva à formação de "dedos em garra".
Como o Sistema Autônomo responde pela umidade e qualidade da pele, a neuropatia autonômica leva a uma pele seca e quebradiça que pode ser a porta de entrada de infecções.
Um dos primeiros sinais de alerta de uma neuropatia, em seu início, é a dormência nas pernas e pés ou a sensação de choques ou agulhadas, mais comuns à noite. A maioria dos pacientes relata que tem a sensação de terem esquecido de retirar as meias ao deitar e quando examinam os seus pés notam que estão sem elas. Este é o momento ideal para o paciente procurar recurso médico.
O ortopedista, especializado em pé diabético, deverá, então, testar a sensibilidade dos pés, o que poderá ser feito com um método extremamente simples, indolor, não invasivo e barato, que é o teste do mono filamento. Trata-se de um filamento de nylon com o qual o especialista toca em determinados pontos da perna e do pé e o paciente vai comunicar se sente ou não este toque. Se não sente, trata-se de uma neuropatia em fase de instalação. Estes dados são anotados na ficha de exame para comparação futura.
O ortopedista, especializado em pé diabético, deverá, então, testar a sensibilidade dos pés, o que poderá ser feito com um método extremamente simples, indolor, não invasivo e barato, que é o teste do mono filamento. Trata-se de um filamento de nylon com o qual o especialista toca em determinados pontos da perna e do pé e o paciente vai comunicar se sente ou não este toque. Se não sente, trata-se de uma neuropatia em fase de instalação. Estes dados são anotados na ficha de exame para comparação futura.
O fato de ter neuropatia não significa que o paciente, necessariamente, vai desenvolver problemas mais sérios, porem requer um ritual de cuidados que passamos a descrever:
1 - Lavar os pés, diariamente, e secar cuidadosamente, especialmente entre os dedos. Evitar temperaturas extremas.
2 - Os pés devem ser examinados, diariamente, em busca de arranhões, feridas, bolhas ou qualquer outra alteração da pele. Como muitos diabéticos não têm boa visão, convém solicitar a um familiar que o faça. Se necessário, usar um espelho para ver melhor a sola do pé.
3 - Cortar as unhas retas. Utilizar, quando julgado necessário pelo médico, um podólogo com experiência em pé diabético.
2 - Os pés devem ser examinados, diariamente, em busca de arranhões, feridas, bolhas ou qualquer outra alteração da pele. Como muitos diabéticos não têm boa visão, convém solicitar a um familiar que o faça. Se necessário, usar um espelho para ver melhor a sola do pé.
3 - Cortar as unhas retas. Utilizar, quando julgado necessário pelo médico, um podólogo com experiência em pé diabético.
4 - Nunca andar de pés descalços, especialmente em superfícies quentes, tal como: areia de praia, ao redor de piscinas, etc. A falta de sensibilidade pode produzir importantes queimaduras sem que a pessoa perceba.
5 - Não usar agentes químicos para remover calosidades. É preferível o uso de pedra pome ou lixa.
6 - Se estiver frio à noite, nunca utilizar bolsa de água quente. Utilizar meias de lã.
7 - Usar meias sem costura, de tecido que não seja sintético e, preferentemente, brancas ou claras que, facilmente, sinalizarão a presença de alguma ferida ou corte.
5 - Não usar agentes químicos para remover calosidades. É preferível o uso de pedra pome ou lixa.
6 - Se estiver frio à noite, nunca utilizar bolsa de água quente. Utilizar meias de lã.
7 - Usar meias sem costura, de tecido que não seja sintético e, preferentemente, brancas ou claras que, facilmente, sinalizarão a presença de alguma ferida ou corte.
8 - Verifique, diariamente, se não existem objetos dentro dos sapatos antes de calçá-los. Não é incomum que moedas ou outros objetos caiam dos bolsos ao tirar as calças e, no dia seguinte, ao calçar o sapato a pessoa poderá caminhar o dia inteiro com o objeto dentro do calçado sem perceber.
9 - Os sapatos devem ser confortáveis no momento da compra, não se podendo esperar que o sapato ceda. Devido à insensibilidade do pé o tamanho do sapato deve ser testado com o dedo da mão sentindo se o comprimento do sapato é correto.
9 - Os sapatos devem ser confortáveis no momento da compra, não se podendo esperar que o sapato ceda. Devido à insensibilidade do pé o tamanho do sapato deve ser testado com o dedo da mão sentindo se o comprimento do sapato é correto.
10 - Consultar o ortopedista com regularidade para que os pés e a sensibilidade sejam examinados.
Seguindo estes 10 itens o paciente com um "pé em risco" poderá viver tranqüilo com seus pés protegidos.
Seguindo estes 10 itens o paciente com um "pé em risco" poderá viver tranqüilo com seus pés protegidos.
Dr. Renato Slomka é diretor do Serviço de Ortopedia do Hospital Mãe de Deus, presidente do Comitê de Reconstrução Óssea e Alongamentos da SOT RS e criou e desenvolveu o Centro de Prevenção e Tratamento do Pé Diabético e a Clínica de Feridas.
Clínica Slomka
Rua Tobias da Silva, 149 / 501
(51) 3378-9990
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