Por Mondarto
Um estudo sueco mostra que um novo método para diagnosticar câncer de próstata promete ser mais preciso do que o teste usado hoje, o PSA (antígeno prostático específico, na sigla em inglês).
O PSA detecta a elevação de uma proteína produzida pela próstata. É um indicativo de câncer, mas é criticado por dar falsos-positivos, já que uma dosagem alta de PSA pode significar também infecção ou crescimento benigno exagerado da próstata.
O novo teste, chamado de 4PLA, foi desenvolvido pela Universidade Uppsala, na Suécia e o exame detecta, no sangue, a quantidade de prostassomas, microvesículas produzidas na próstata. Normalmente, essas estruturas são liberadas no sêmen para aumentar a mobilidade dos espermatozoides. Se há câncer, a produção das microvesículas aumenta, e elas caem na corrente sanguínea.
Nos testes efetuados pelo grupo de pesquisadores foram verificados níveis até sete vezes maiores dessas estruturas no sangue de 20 pacientes com câncer, em comparação com outras 20 pessoas sem câncer. O exame conseguiu ainda distinguir a gravidade da doença. A diferença foi vista em 59 pacientes com câncer de próstata com graus de 5 a 9 na escala de Gleason. A graduação vai de 2 a 10 e mostra a agressividade da doença.
A primeira versão do teste foi mais precisa para detectar cânceres de média e alta gravidades do que tumores menos agressivos.
Os especialistas veem os resultados iniciais do teste como promissores. Segundo o urologista Anuar Ibrahim Mitre, do Hospital Sírio-Libanês, esse teste pode ser de grande utilidade clínica, porque o PSA alto nem sempre significa câncer, e muitos pacientes fazem biópsias desnecessárias. A dosagem do PSA e do exame de toque, além de fatores como história familiar levam os médicos a submeter o paciente a uma biópsia para saber se tem ou não câncer de próstata o que com o novo exame não ocorrerá, afirma Mitre.
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